Terça-feira, 25 de outubro de 2022
“A todos os que sofrem e estão sós,
dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados,
mas também o vosso coração.” (Madre Teresa de Calcutá)
EVANGELHO DE HOJE
LC
13,18-21
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Jesus
disse:
-
Com o que o Reino de Deus é parecido? Que comparação posso usar? Ele é como uma
semente de mostarda que um homem pega e planta na sua horta. A planta cresce e
fica uma árvore, e os passarinhos fazem ninhos nos seus ramos.
Jesus
continuou:
-
Que comparação poderei usar para o Reino de Deus? Ele é como o fermento que uma
mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por
toda a massa.
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
A semente cresce e
torna-se uma grande árvore.
Neste Evangelho, através
das parábolas da semente de mostarda e do fermento, Jesus nos explica como que
cresce o Reino de Deus.
Reino de Deus é esse
projeto de vida nova instituído por Jesus: um mundo vivendo na verdade, na
justiça, na paz, na fraternidade e na graça de Deus. É um projeto que tem aqui
na terra apenas a primeira fase. Seu desabrochar pleno será no céu.
No Reino de Deus há um
contraste entre a pequenês e a fraqueza do início, e a magnitude e força dele
depois de desenvolvido. Isso porque existe alguém agindo nele e apoiando os
cristãos, que é o Espírito Santo.
O fermento, depois de
misturado na massa de farinha, a gente não o vê agindo. Assim acontece com o
Reino de Deus: as pessoas não o vêem, a não ser pela fé. Mas vêem o seu
resultado. É o que os pagãos diziam dos primeiros cristãos: “Vede como eles se
amam!”
Percebe-se nas duas
parábolas, pela maneira de Jesus contar, que Jesus quis acentuar mais o êxito
final do que o processo de desenvolvimento. É a semente de mostarda tornando-se
uma árvore tão grande que os passarinhos vêm fazer ninhos em seus galhos. E é o
fermento, pelo qual ninguém dava nada, que fermenta toda a massa. A conclusão
que se tira é a paciência. É esperar e confiar no resultado final, mesmo que
não se vêem indícios agora. É não abandonar a luta nem sair dos critérios
evangélicos de ação.
Em toda a história
bíblica, especialmente nos Evangelhos, percebe-se a predileção de Deus pela
debilidade, pequenês e pobreza. É Judite que vence Holofernes, Davi que vence
Golias, o homem nascido na gruta que transformou o mundo, doze homens simples,
a maioria pescadores, que são os primeiros encarregados de levar em frente a
obra a Igreja das catacumbas que depois se desenvolveu e cobre a face da terra,
o líder de Comunidade pobre, doente e sem estudo, que opera maravilhas etc. Na
fragilidade, as pessoas se abrem mais a Deus e o deixam agir. Essas duas
parábolas nos trazem uma mensagem de esperança, de otimismo e de paciência.
Nós temos uma sede de
êxitos imediatos, e isso nos torna impacientes, diante da lentidão do Reino de
Deus. Essa impaciência tem levado muitos a trabalhar à margem dos critérios
cristãos. Vamos, então, continuar firmes na luta, apesar dos precários
resultados.
Havia, certa vez, um fazendeiro
que tinha três filhos homens. Quando ele estava bem idoso e com a saúde
debilitada, o filho mais novo quis assumir a coordenação de tudo: dos
funcionários, das lavouras, do comércio, da sede da fazenda...
Vendo aquilo, o pai
estava preocupado. Deu muitos conselhos ao filho, argumentou, mas não o
convenceu. Um dia, os dois estavam sentados no pátio da fazenda, e o pai teve
uma idéia: Saiu, pegou uma varinha, deu-a para o filho e disse: “Quebre para
mim esta vara”. O rapaz quebrou na hora.
O pai saiu, pegou um
punhado de varinhas e deu o feixe para o filho, com o mesmo pedido. O rapaz
lutou, colocou o feixe no joelho... mas não conseguiu. O pai então lhe disse:
“Meu filho, se você
assumir tudo sozinho aqui na fazendo, vai ser como aquela varinha isolada. Você
não conseguirá vencer todos o problemas e dificuldades, e será quebrado. Agora,
se você trabalhar junto com seus irmãos, vocês serão fortes e tudo poderão
vencer.”
A união faz a força. É
preferível o bom, juntos, do que o ótimo, sozinho. Caminhando com a Comunidade,
os resultados poderão ser mais lentos, mas serão mais seguros.
A semente cresce e
torna-se uma grande árvore.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Feridas na alma são
aquelas que doem mesmo quando não vemos mais o machucado; quando o que causou a
ferida não está mais presente e, portanto, no silêncio da noite voltam e
incomodam.
Às vezes impedem o sono.
E doem... dói o peito,
doem os olhos, dói o coração...
São aquelas causadas na
infância por abusos, desamor, indiferenças, incompreensão.
Ou causadas pela perda
irreparável de alguém que era especial na vida da gente.
Ou pela mágoa causada
por traições de pessoas nas quais depositávamos toda a nossa confiança.
Todos os anos possíveis
gastos em terapia podem até amenizar o sentimento doloroso, mas não apagar.
O tempo também não
apaga.
Mesmo se a memória
procura mil facetas de “esquecer”, há sempre aquele dia em que um fato ou
qualquer outra coisa pode trazer tudo à tona.
Infelizmente, as
centenas de mensagens de auto-ajuda também não conseguem curar esse tipo de
doença que consome a alma. Remédios são inúteis, quando não prejudiciais mesmo.
E então? Estamos
condenados a viver o resto das nossas vidas carregando essa “bola” acorrentada
nos pés, como prisioneiros condenados?
Não necessariamente...
O primeiro grande passo
é a vontade de se curar.
Sem isso, nada feito.
Ninguém pode fazer por
nós o que não desejamos nós mesmos.
Sabe-se que mesmo
fisicamente uma pessoa
não pode curar-se sem
que haja uma íntima vontade e desejo de se estar curado.
Não são os médicos que
fazem milagres, eles fazem a parte deles.
Mas o maior trabalho
fica por conta da própria pessoa.
Depois... só há um meio
de apagar essas cicatrizes que se abrem com freqüência: entregar, inteiramente,
nossos males nas Mãos dAquele que
“verdadeiramente tomou
sobre si todas as nossas dores.”
Ainda assim não é fácil,
pois para entregarmos é necessário tirar uma
parte da gente e se desligar dela.
E o ser humano não está
preparado para isso.
Não que ele não queira,
mas porque não é mesmo fácil.
É necessário uma enorme
força de vontade e um amor profundo por si mesmo e por aqueles que nos amam e
querem que estejamos bem.
É necessário tentar
esquecer uma página do livro da própria vida, rasgá-la, queimá-la.
E depois, é preciso
aprender a viver sem essa parte, viver uma vida nova e diferente.
É realmente difícil...
mas possível!
É possível somente se a
própria pessoa se dispõe a isso.
É algo pessoal, muito
pessoal... pessoal, entre Deus e nós.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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