Segunda-feira, 14 de novembro de 2022
“Os quatro Evangelhos, todos eles,
dão-nos o retrato de uma personalidade muito definida, obrigando-nos a dizer:
“Esse homem existiu. Isso não pode ser inventado.” H. G. Wells
EVANGELHO DE HOJE
LC
18,35-43
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Quando
Jesus se aproximou de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho,
pedindo esmola. Ouvindo a multidão passar, perguntou o que estava acontecendo.
Disseram-lhe: "Jesus Nazareno está passando". O cego então gritou:
"Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!" As pessoas que iam na
frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: "Filho
de Davi, tem compaixão de mim!" Jesus parou e mandou que lhe trouxessem o
cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou: "Que queres que eu te faça?"
O cego respondeu: "Senhor, que eu veja". Jesus disse:" Vê! A tua
fé te salvou". No mesmo instante, o cego começou a enxergar de novo e foi
seguindo Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu glória a Deus.
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
O que queres que eu faça
por ti? Senhor, eu quero enxergar de novo.
Este Evangelho narra a
cura do cego de Jericó. Jesus estava caminhando. Ele era assim, sempre
caminhava, não ficava parado, esperando que as pessoas viessem até ele, pois
queria levar vida a todos.
O cego estava à beira do
caminho. Os marginalizados, como o próprio nome diz, ficam na margem dos
caminhos. Para este, era a cegueira que o impedia de caminhar e de vencer na
vida.
Ao ouvir dizer que era
Jesus que passava, ele gritou: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!” Nós
conhecemos aquela frase de Jesus: “Pedi e recebereis”.
“As pessoas que iam na
frente mandavam que ele ficasse calado.” Esses que iam na frente, até de Jesus,
pois não seguiam a ele, já que seguir é ir atrás, eram cegas; cada uma só
pensava em si e em receber graças de Jesus. Além de serem insensíveis diante do
sofrimento do próximo, queriam impedir que outros o ajudassem. Que coisa
triste!
Já o cego físico não era
cego espiritual. Ele conhecia o catecismo, pois chamou Jesus de Filho de Davi.
Não dando ouvidos aos egoístas, gritou mais ainda. Lição para nós; não vamos
nos deixar intimidar por pessoas que querem tapar a nossa boca.
Jesus, ao contrário da
multidão, sentiu compaixão do cego. Jesus não era “maria-vai-com-as-outras”,
seguindo a miltidão. Ele fazia o que achava certo, ainda que sozinho.
“O que queres que eu
faça por ti?” Jesus assume a atitude de servo do cego; o servo não determina o
serviço que vai prestar, e sim o patrão. O cego virou patrão de Jesus!
“Senhor, eu quero ver de
novo.” Para aquele cego, o maior problema era a cegueira. Pode ser que para
outros cegos, a cegueira não seja o maior problema, mas para este era.
“Enxerga, pois, de novo.
A tua fé te salvou. No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia a
Jesus, glorificando a Deus.” Como é bom acreditar que Deus pode nos libertar de
nossos males, sejam eles quais forem. A fé é fundamental na vida.
Que felicidade daquele
moço! Agora não precisa ficar sentado na beira do caminho. E a primeira coisa
que ele fez foi seguir a Jesus, glorificando a Deus.
A fé do ex-cego aumentou
ainda mais, pois passou a seguir a Jesus. Ele recebeu dupla graça: a cura
física e o aumento da fé.
A exemplo dele, digamos
a Jesus: Senhor, eu quero enxergar de novo! Eu tenho fé, mas quero um aumento
dela. Quero ser seu (sua) discípulo e missionário, para que o nosso povo tenha
mais vida.
E vamos aprender também
de Jesus a sua humilde disponibilidade: que queres que eu faça por ti?
Vendo o fato, e o
comportamento de Jesus, todo o povo deu louvores a Deus. Um gesto de amor
aproxima as pessoas de Deus, não só a pessoa beneficiada, mas os que ficam
sabendo.
Apresentemos a Jesus
todos os nossos problemas, físicos, psicológicos ou espirituais, grandes ou
pequenos, pois ele é Deus e para ele não há problema sem solução. Afinal, todos
nós somos cegos em alguma coisa, e precisamos ver.
Havia, certa vez, um
homem que todos os dias ia à banca comprar jornal. O homem que atendia naquela
banca era grosseiro e sempre tratava mal o comprador. Era sempre mesma cena. Um
dia, um amigo do homem que comprava o jornal chamou-o de lado e disse:
“Amigo, eu tenho
observado que todo dia você compra o jornal nesta banca e todo dia esse
vendedor trata você mal! Não entendo por que você ainda continua comprando
jornal nesta banca... no outro quarteirão do bairro, à mesma distância da sua
casa, há outra banca de jornais e revistas. O vendedor lá é muito simpático e
atende bem as pessoas. Por que você não compra o jornal nessa outra banca?”
Ouvindo isso, o homem
respondeu: “E por que iria ser esse vendedor, que, segundo você, me trata mal,
a decidir por mim o local onde vou comprar meu jornal?”
Não são as pessoas
mesquinhas que vão determinar ou modificar o nosso modo de agir. Vamos seguir o
exemplo do cego de Jericó, que não deu ouvidos à multidão egoísta que o mandava
calar a boca.
Maria Santíssima era
também uma mulher firme servidora. Se fizermos como Jesus e Maria, não haverá
mais cegos no meio de nós!
O que queres que eu faça
por ti? Senhor, eu quero enxergar de novo.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Ainda bem que o tempo
passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que
suportar uma segunda feira eterna?
A beleza de cada dia só
existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado,
porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que
havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um
pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que
não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a
alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para
o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na
gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que
a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina
descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre. O encanto
estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na
janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina
pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência...Aprisionado, ela o
possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o
canto!
Fico pensando que nem
sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o
encantador, e então o matamos de tristeza.
Amar talvez seja isso:
Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.
Precisamos descobrir,
que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, à medida em
que nos empenharmos em não reter a vida.
Viver é exercício de
desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique
só o necessário para continuarmos as novas descobertas.
Há uma beleza escondida
nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se
revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a
vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade. Talvez seja
por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos
entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à
medida em que os dividimos...
E enquanto dividimos,
eles passam, assim como tudo precisa passar.
Não se prenda ao
acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma
redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há
encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miudos, mas constantes.
Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história.
Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só
pra você. Ele só é encantado porque você não o possui.
E nisto consiste a
beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode
recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o pássaro encantado,
quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.
Padre Fábio de Melo
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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