terça-feira, 1 de novembro de 2022

Quarta-feira 02-11-2022

 Quarta-feira, 02 de novembro de 2022

 

“O que eu faço é simples: ponho pão nas mesas e compartilho-o”

(Madre Teresa de Calcutá)

 

 

EVANGELHO DE HOJE

MT 25,1-13

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus

— Glória a vós, Senhor!

 

 

"O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: ‘O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!’ Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ Ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’ Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.”

 

 

Palavras da Salvação

Glória a vós Senhor

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Alexandre Soledade

 

 

Bom dia! Contei uma história no ano passado que serve bem para iniciar essa reflexão.

Era uma vez (…)

Certa vez uma jovem moça cansou de acreditar. Preferia a racionalidade a viver da fé naquilo que não podia entender ou ver. Dedicou-se, portanto a focar nas coisas palpáveis e que considerava segura (carreira, financeiro, bens imóveis e moveis) e de certa forma era feliz. Tinha amigos, colegas, reconhecimento, prestigio, (…). Aos seus olhos, nada faltava.

Analisava sua vida como forma de revide para as dificuldades que teve na infância e adolescência. Uma família difícil, pais imaturos e ausentes, dificuldades financeiras, (…); para ela era difícil ver a pessoa de Deus em meio a tamanho sofrimento. Sonhava acordada vendo a vida boa de seus colegas e dessa forma disfarçava a inveja que corria no seu peito e no seu olhar. “Serei grande e rica”! – pensava ela. Não quis casar. Preferiu manter a individualidade e rédeas da sua vida a ter que dividir com alguém suas alegrias, suas memórias, suas dúvidas, (…); não desejava alguém que lhe ajudasse a conduzir sua vida ou a aconselhá-la.

A vida, depois de estabilizada, não mais deu reviravoltas para essa moça. Nunca mais passou por tribulações que não pudessem ser superadas. Progrediu profissionalmente, cresceu, ganhou status e uma promoção. Um dia então, saiu para comemorar com seu carro importado e recém comprado, parou num semáforo e de súbito uma menina bateu-lhe o vidro chamando sua atenção. Algo naquela garota lhe incomodava. Perguntou-lhe então seu nome e surpreendentemente era o mesmo que o seu.

Foi um flashback! Um rio de lágrimas lhe descia aos olhos, imaginava-se naquela criança. Lembrou das dificuldades de criança. O clima nostálgico tomou conta daquele carro ao ponto de desistir de comemorar, preferindo voltar para casa. Lá, abriu a gaveta do armário e escondida entre meias, estava um livro empoeirado e de folhas amareladas. Suas mãos tremiam e por mais que tentasse não conseguia fazê-las parar.

- Quanto tempo não te leio! – Disse ela chorando. Abriu, pois a bíblia e lá numa pagina marcada leu:

 “(…) Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe”. (Mateus 18, 1-5)

Descobriu então o quanto era preciosa desde a sua infância. Questionou-se imediatamente o que fizera para mudar a realidade de outras tantas crianças que não tiveram a mesma sorte ou competência que ela. Não sabia ela que acabava de entender o que é compromisso social.

Saibam que de fato tememos também em conflitar o que fizemos para mudar o nosso redor. Vivemos então uma vida fracionada e não como um todo, O mundo que de fato me preocupo é o que gravita ao redor do meu umbigo. Quem já trabalhou como voluntário em um asilo, num hospital, numa ação social ou para os outros em sua pastoral tem a real noção que NÃO TEMOS PROBLEMA ALGUM se compararmos com esses que REALMENTE precisam de ajuda.

É preciso refletir também um outro lado dessa parábola: “(…) O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!”

É obvio que Jesus aqui não apregoava a individualidade ou a famosa frase “o problema não é meu”, mas faço a seguinte pergunta: O que eu tenho haver com aquele que prefere errar a acertar? O que fiz de concreto para mudar a realidade ao meu redor? De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a vida eterna? Claro que não temos como por juízo na cabeça de tantos desajuizados por ai, mas o que posso fazer além de fechar os olhos a eles?

Não somente os alcoolizados, viciados, mas todos aqueles que partem para o mundo sem medir as conseqüências de seus atos, aqui incluímos os que fazem barbeiragens no trânsito, que vão brigar nos estádios, que acham “lindo” filmar duas colegas brigando na escola e postar no facebook, Orkut, (…). Essa “noiva” que não pensa o que faz podemos dizer que também se apegou ao imediato, ao fútil, ao prazer temporário, mas agora, ou podemos chamar de hedonismo.

 

 “(…) É complicado competir com o hedonismo, ou seja, pela busca desenfreada por algo que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade do evangelho de hoje passamos pouco a pouco a esfriar na crença ou na esperança do que acreditamos. Vendemo-nos ou nos permitimos conquistar facilmente pelas coisas que me façam feliz hoje, agora,…”.

Tudo bem que a história que contamos no começo é um conto criado e não um testemunho, mas por que não aprender com a mensagem que transmite o conto? Até quando seremos noivas que apenas esperam e não planejam ou tem ações proativas para melhor recebê-lo?

No mês de Setembro provavelmente refletiremos muito sobre compromisso, ação e omissão quanto ao anúncio da Boa Nova e quanto estou conservando-a dentro de mim através da fé, da esperança e da caridade.

Um imenso abraço fraterno.

 

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

No dia dois de novembro lembramos as pessoas queridas que nos precederam na eternidade: pai, mãe, avós, esposa,  filhos e filhas.

 Se a morte dos entes queridos nos lembra a nossa morte, a inevitável passagem para a eternidade, a certeza da ressurreição transforma a tristeza em esperança cristã.

Quem amou e viveu em comunidade é uma chama que não se apaga.

 Todos lembram o exemplo, a ajuda e a palavra amiga de um parente ou amigo já falecido.

Pouco importam os desentendimentos, maior foi o amor.

Seu testemunho de vida fica como luz acesa no coração de quem continua a peregrinação.

Esse é um dos significados da vela  que acendemos nos cemitérios. Plantamos nossos mortos como sementes de eternidade e os regamos com lágrimas.

Nossa tristeza é cheia de esperança de ressurreição.

Nossos irmãos florescerão no Jardim do Senhor.

Esse é um dos significados das flores que levamos aos túmulos.

Ao acender uma vela pelos entes queridos, já falecidos, peça a luz do Senhor em seu coração e na sua casa.

Ao colocar flores numa sepultura, ore ao Pai para que sua vida floresça no amor ao próximo e no respeito de si mesmo.

Que Deus nos ajude, em nossa vocação de filhos, a caminhar com confiança para o encontro com Ele e todos os nossos entes queridos, ressuscitados um dia, na alegria da vida eterna.

 

Toda  separação entre pessoas que se querem, se amam, é sempre sofrida, dolorosa, marca fundo.

Só sente saudade, só chora lágrimas verdadeiras quem amou e foi amado.

Saudade é o amor conversando com a ausência, num banco de praça em tarde de outono.

Mas a saudade, para quem crê, é irmã gêmea da esperança.

Juntas, abraçadas, caminham na vida e na morte.

Pobre de quem chega ao fim da vida e não sente saudade de nada, de ninguém.

É alguém que passou pela vida mas não viveu.

E quem não sente saudade também não tem esperança.

A saudade de quem parte, até mesmo nas muitas e cotidianas despedidas na vida, já traz a esperança do reencontro.

Assim é um pouco a despedida definitiva desta vida: diante do túmulo de quem partiu, a saudade é sinal, prenúncio e esperança de um reencontro feliz, um dia, na Casa do Pai.

 

(Attílio Hartmann, SJ)

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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