quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Quinta-feira 01-12-2022

 Quinta-feira, 01 de dezembro de 2022

 

"Diante do belo colar, admirei, sobretudo o fio que unia as pedras e se imolava, anônimo, para que todos fossem um. " D.Helder

 

 

EVANGELHO DE HOJE

MT 7,21.24-27

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus

— Glória a vós, Senhor!

 

 

Disse Jesus aos que o ouviam: "Nem todos aqueles que me dizem: "Senhor, Senhor!", entrarão no Reino dos céus, mas apenas os que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática pode comparar-se ao homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu muita chuva, vieram as cheias e os ventos sopraram com força contra aquela casa. Mas ela não caiu, porque os seus alicerces estavam assentes na rocha. Porém, aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática pode comparar-se ao homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu muita chuva, vieram as cheias e os ventos sopraram com força contra aquela casa: ela caiu e ficou toda desfeita."

 

 

Palavras da Salvação

Glória a vós Senhor

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Pe.Antonio Queiroz (In Memorian)

 

Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos céus.

Este Evangelho narra a belíssima parábola da casa construída sobre a rocha. Jesus identifica por em prática a sua palavra com por em prática a vontade de Deus Pai. Identifica também construir sobre a rocha com entrar no Reino dos Céus. Fica clara a importância de praticarmos as palavras de Jesus para podermos receber a salvação eterna. Em vez de fazer, Jesus usa a expressão por em prática a vontade de Deus. Isso para deixar bem claro que não basta também conhecermos ou até divulgarmos os mandamentos de Deus.

 “Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus.” A nossa salvação não depende da nossa oração. Ela é meio. A nossa salvação depende mesmo é de por em prática as palavras de Jesus.

Também a nossa salvação não depende de ouvirmos as palavras de Jesus, e sim, de a colocarmos em prática. Os dois que constroem suas casas – um sobre a rocha e o outro sobre a areia – ouvem a Palavra de Deus. De fato, hoje é muito fácil ouvir as palavras de Jesus, e também de lê-las. Por isso, freqüentemente percebemos certa distância entre a Palavra de Deus que ouvimos e a vida que levamos. Mas não nos importamos muito com isso. Aí que mora o perigo.

Com esta parábola, Jesus derruba todas as nossas desculpas e subterfúgios, e centraliza a nossa salvação no por em prática as suas palavras.

No fundo, a parábola nos pega de cheio e nos chama a todos de imprudentes, porque gostamos muito mais de ouvir a Palavra de Deus do que de praticá-la. Ouvir é até gostoso, se for bem apresentada. Em outras palavras, o que gostamos mesmo é de construir sobre a areia.

Quantas pessoas conseguem enganar os outros, fazendo falcatruas em segredo. Mas cuidado: “Não há nada de oculto que um dia não seja revelado”.

Olhando-nos com sinceridade, temos de reconhecer que existe certa distância entre os ensinamentos de Jesus e a vida que levamos. Apesar disso, continuamos ouvindo, ouvindo, ouvindo... e pouco nos preocupando com a conversão de vida. Em outras palavras, continuamos construindo sobre a areia. Portanto, se, após a nossa morte, nos sairmos bem no Juízo, será por pura misericórdia de Deus.

Quem constrói uma casa sem alicerce é sem juízo; além de jogar dinheiro fora, ainda arrisca a própria vida e da família. O mesmo acontece com quem quer levar uma vida dupla, com dois comportamentos diferentes: na sociedade e na igreja.

 “Quem avisa amigo é.” Ao nos contar esta parábola, Jesus mostrou que é nosso amigo, a fim de não termos surpresas desagradáveis depois.

Que as pessoas, quando se referirem a nós, não tenham de dizer como Jesus falava a respeito dos fariseus: “Sigam o que ele ou ela fala, mas não imitem suas ações”.

Se a nossa casa tiver alguma rachadura, que a reforcemos neste tempo do advento para que, quando Jesus chegar, ele não nos chame de sem juízo.

Certa vez, um homem disse ao seu amigo: “Eu tenho ido à igreja por trinta anos, ouvi uns três mil sermões, e não consigo me lembrar de nem um. Estou preocupado com isso”.

O amigo respondeu: “Eu estou casado há trinta anos. Durante este tempo, minha esposa deve ter cozinhado umas trinta e duas mil refeições para mim. Mas eu não consigo me lembrar do cardápio de nem uma. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram e me deram a força necessária para eu fazer o meu trabalho. Se minha esposa não me tivesse dado essas refeições, eu já teria morrido há muito tempo. Da mesma maneira, se você não tivesse ouvido esses tantos sermões, hoje você seria um marginal”.

A Palavra de Deus é como a semente que, quando semeada, cresce por si mesma. Basta não colocarmos obstáculos, que a Palavra de Deus cresce e produz fruto em nós por si mesma, sem que percebamos. O problema é que o maligno também semeia em nós a sua cizânia, e esta, devido ao pecado que existe dentro de nós e no mundo, cresce mais rápido e tende a abafar a Palavra de Deus.

 “Feliz aquela que acreditou” – disse Santa Isabel a respeito de Maria Santíssima - “pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,45). Que a nossa Mãe do céu nos ajude a acreditar, de corpo e alma, nas palavras do seu Filho.

Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos céus.

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Estou preparando a minha árvore de Natal....

Quero que ela seja viva, mas não quero que seja exterior.

Eu a quero dentro de mim.

Tenho medo das exterioridades. Elas nos condenam.

Ando pensando que o silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra. Quero que minha árvore seja feita de silêncios.

Silêncios que façam intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.

Neste Natal não quero mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia e o acerto do sentimento.

A vida é mais bonita no improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.

Quero que minha árvore seja feita de realidades.

Neste Natal quero descansar de meus inúmeros planos.

Quero a simplicidade que me faça voltar às minhas origens.

Não quero muitas luzes.

Quero apenas o direito de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de vista.

Tenho medo de que as árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.

Não quero Papai Noel por perto. Aliás acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Pólo Norte desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos pastores com seus presentes sinceros.

Papai Noel faz muito barulho quando chega. Ele acorda o menino Jesus, o faz chorar assustado. Os pastores não. Eles chegam silenciosos. São discretos e não incomodam...Os presentes que trazem nos recordam a divindade do menino que nasceu. São presentes que nos reúnem em torno de uma felicidade única.

O ouro que brilha, o incenso que perfuma o ambiente e a mirra com suas composições miraculosas.

O papai Noel chega derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, retiram a paz dos adultos.

Os brinquedos tão espalhafatosos retiram a tranqüilidade da noite que deveria ser silenciosa e feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é aquela que acontece no silêncio.

É por isso que neste Natal eu não quero muita coisa.

Quero apenas o direito de recolher o pequenino menino na manjedoura...

Quero acolhê-lo nos braços, cantar-lhe canções de ninar, afagar-lhe os cabelos, apertar-lhe as bochechas, trocar-lhe as fraldas para que não tenha assaduras e dizer nos seus ouvidos que ele é a razão que me faz acreditar que a noite poderá ser verdadeiramente feliz. Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com Maria os cuidados com o pequeno menino.

Quero cuidar dele por ela. Enquanto eu cuido dele, ela pode descansar um pouquinho ao lado de José.

Ando desfrutando nos últimos dias o desejo mais intenso de que a vida vença a morte. Talvez seja por isso que ando desejando uma árvore invisível.

O único jeito que temos de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da vida. Façam o mesmo!

 

Descubram a beleza que as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fechem as suas chaminés. Visita que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente.

Na noite de Natal fujam dos tumultos e dos barulhos.

Descubram a felicidade silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhes garanto!

Não tenham a ilusão de que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente.

O que alegra um coração humano é tão pouco que parece ser quase nada.

Ousem dar o quase nada. Não dá trabalho, nem custa muito...E não se surpreendam, se com isso, a sua noite de Natal tornar-se inesquecível.

 

Padre Fábio de Melo

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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