Quinta-feira, 01 de dezembro de 2022
"Diante do belo colar, admirei,
sobretudo o fio que unia as pedras e se imolava, anônimo, para que todos fossem
um. " D.Helder
EVANGELHO DE HOJE
MT
7,21.24-27
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
—
Glória a vós, Senhor!
Disse
Jesus aos que o ouviam: "Nem todos aqueles que me dizem: "Senhor,
Senhor!", entrarão no Reino dos céus, mas apenas os que fazem a vontade de
meu Pai que está nos céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em
prática pode comparar-se ao homem sensato que construiu a sua casa sobre a
rocha. Caiu muita chuva, vieram as cheias e os ventos sopraram com força contra
aquela casa. Mas ela não caiu, porque os seus alicerces estavam assentes na
rocha. Porém, aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática pode
comparar-se ao homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu
muita chuva, vieram as cheias e os ventos sopraram com força contra aquela
casa: ela caiu e ficou toda desfeita."
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe.Antonio Queiroz (In Memorian)
Aquele que faz a vontade
de meu Pai entrará no reino dos céus.
Este Evangelho narra a
belíssima parábola da casa construída sobre a rocha. Jesus identifica por em
prática a sua palavra com por em prática a vontade de Deus Pai. Identifica
também construir sobre a rocha com entrar no Reino dos Céus. Fica clara a
importância de praticarmos as palavras de Jesus para podermos receber a
salvação eterna. Em vez de fazer, Jesus usa a expressão por em prática a
vontade de Deus. Isso para deixar bem claro que não basta também conhecermos ou
até divulgarmos os mandamentos de Deus.
“Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor,
entrará no Reino dos Céus.” A nossa salvação não depende da nossa oração. Ela é
meio. A nossa salvação depende mesmo é de por em prática as palavras de Jesus.
Também a nossa salvação
não depende de ouvirmos as palavras de Jesus, e sim, de a colocarmos em
prática. Os dois que constroem suas casas – um sobre a rocha e o outro sobre a
areia – ouvem a Palavra de Deus. De fato, hoje é muito fácil ouvir as palavras
de Jesus, e também de lê-las. Por isso, freqüentemente percebemos certa
distância entre a Palavra de Deus que ouvimos e a vida que levamos. Mas não nos
importamos muito com isso. Aí que mora o perigo.
Com esta parábola, Jesus
derruba todas as nossas desculpas e subterfúgios, e centraliza a nossa salvação
no por em prática as suas palavras.
No fundo, a parábola nos
pega de cheio e nos chama a todos de imprudentes, porque gostamos muito mais de
ouvir a Palavra de Deus do que de praticá-la. Ouvir é até gostoso, se for bem
apresentada. Em outras palavras, o que gostamos mesmo é de construir sobre a
areia.
Quantas pessoas
conseguem enganar os outros, fazendo falcatruas em segredo. Mas cuidado: “Não
há nada de oculto que um dia não seja revelado”.
Olhando-nos com
sinceridade, temos de reconhecer que existe certa distância entre os
ensinamentos de Jesus e a vida que levamos. Apesar disso, continuamos ouvindo,
ouvindo, ouvindo... e pouco nos preocupando com a conversão de vida. Em outras
palavras, continuamos construindo sobre a areia. Portanto, se, após a nossa
morte, nos sairmos bem no Juízo, será por pura misericórdia de Deus.
Quem constrói uma casa
sem alicerce é sem juízo; além de jogar dinheiro fora, ainda arrisca a própria
vida e da família. O mesmo acontece com quem quer levar uma vida dupla, com
dois comportamentos diferentes: na sociedade e na igreja.
“Quem avisa amigo é.” Ao nos contar esta
parábola, Jesus mostrou que é nosso amigo, a fim de não termos surpresas
desagradáveis depois.
Que as pessoas, quando
se referirem a nós, não tenham de dizer como Jesus falava a respeito dos
fariseus: “Sigam o que ele ou ela fala, mas não imitem suas ações”.
Se a nossa casa tiver
alguma rachadura, que a reforcemos neste tempo do advento para que, quando
Jesus chegar, ele não nos chame de sem juízo.
Certa vez, um homem
disse ao seu amigo: “Eu tenho ido à igreja por trinta anos, ouvi uns três mil
sermões, e não consigo me lembrar de nem um. Estou preocupado com isso”.
O amigo respondeu: “Eu
estou casado há trinta anos. Durante este tempo, minha esposa deve ter
cozinhado umas trinta e duas mil refeições para mim. Mas eu não consigo me
lembrar do cardápio de nem uma. Mas de uma coisa eu sei: todas elas me nutriram
e me deram a força necessária para eu fazer o meu trabalho. Se minha esposa não
me tivesse dado essas refeições, eu já teria morrido há muito tempo. Da mesma
maneira, se você não tivesse ouvido esses tantos sermões, hoje você seria um
marginal”.
A Palavra de Deus é como
a semente que, quando semeada, cresce por si mesma. Basta não colocarmos
obstáculos, que a Palavra de Deus cresce e produz fruto em nós por si mesma,
sem que percebamos. O problema é que o maligno também semeia em nós a sua
cizânia, e esta, devido ao pecado que existe dentro de nós e no mundo, cresce
mais rápido e tende a abafar a Palavra de Deus.
“Feliz aquela que acreditou” – disse Santa
Isabel a respeito de Maria Santíssima - “pois o que lhe foi dito da parte do
Senhor será cumprido!” (Lc 1,45). Que a nossa Mãe do céu nos ajude a acreditar,
de corpo e alma, nas palavras do seu Filho.
Aquele que faz a vontade
de meu Pai entrará no reino dos céus.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Estou preparando a minha
árvore de Natal....
Quero que ela seja viva,
mas não quero que seja exterior.
Eu a quero dentro de
mim.
Tenho medo das
exterioridades. Elas nos condenam.
Ando pensando que o
silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra. Quero que
minha árvore seja feita de silêncios.
Silêncios que façam
intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.
Neste Natal não quero
mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo
cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia
e o acerto do sentimento.
A vida é mais bonita no
improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.
Quero que minha árvore
seja feita de realidades.
Neste Natal quero
descansar de meus inúmeros planos.
Quero a simplicidade que
me faça voltar às minhas origens.
Não quero muitas luzes.
Quero apenas o direito
de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de
vista.
Tenho medo de que as
árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.
Não quero Papai Noel por
perto. Aliás acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Pólo Norte
desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não
combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos
pastores com seus presentes sinceros.
Papai Noel faz muito
barulho quando chega. Ele acorda o menino Jesus, o faz chorar assustado. Os
pastores não. Eles chegam silenciosos. São discretos e não incomodam...Os
presentes que trazem nos recordam a divindade do menino que nasceu. São
presentes que nos reúnem em torno de uma felicidade única.
O ouro que brilha, o
incenso que perfuma o ambiente e a mirra com suas composições miraculosas.
O papai Noel chega
derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, retiram a
paz dos adultos.
Os brinquedos tão
espalhafatosos retiram a tranqüilidade da noite que deveria ser silenciosa e
feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é
aquela que acontece no silêncio.
É por isso que neste
Natal eu não quero muita coisa.
Quero apenas o direito
de recolher o pequenino menino na manjedoura...
Quero acolhê-lo nos
braços, cantar-lhe canções de ninar, afagar-lhe os cabelos, apertar-lhe as
bochechas, trocar-lhe as fraldas para que não tenha assaduras e dizer nos seus
ouvidos que ele é a razão que me faz acreditar que a noite poderá ser
verdadeiramente feliz. Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com
Maria os cuidados com o pequeno menino.
Quero cuidar dele por
ela. Enquanto eu cuido dele, ela pode descansar um pouquinho ao lado de José.
Ando desfrutando nos
últimos dias o desejo mais intenso de que a vida vença a morte. Talvez seja por
isso que ando desejando uma árvore invisível.
O único jeito que temos
de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos
fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da
vida. Façam o mesmo!
Descubram a beleza que
as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fechem as suas chaminés. Visita
que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente.
Na noite de Natal fujam
dos tumultos e dos barulhos.
Descubram a felicidade
silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhes garanto!
Não tenham a ilusão de
que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza
verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente.
O que alegra um coração
humano é tão pouco que parece ser quase nada.
Ousem dar o quase nada.
Não dá trabalho, nem custa muito...E não se surpreendam, se com isso, a sua
noite de Natal tornar-se inesquecível.
Padre Fábio de Melo
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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