Domingo, 25 de junho de 2023
“Otimismo é esperar pelo melhor. Confiança é
saber lidar com o pior.” (Roberto Simonsen)
EVANGELHO DE HOJE
Mt 10,26-33
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós,
Senhor!
- Um escravo não pode
servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou
será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também
servir ao dinheiro.
- Por isso eu digo a
vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem
com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais
importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as
roupas? Vejam os passarinhos que voam pelo céu: eles não semeiam, não colhem,
nem guardam comida em depósitos. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu,
dá de comer a eles. Será que vocês não valem muito mais do que os passarinhos?
E nenhum de vocês pode encompridar a sua vida, por mais que se preocupe com
isso.
- E por que vocês se
preocupam com roupas? Vejam como crescem as flores do campo: elas não
trabalham, nem fazem roupas para si mesmas. Mas eu afirmo a vocês que nem mesmo
Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores. É Deus
quem veste a erva do campo, que hoje dá flor e amanhã desaparece, queimada no
forno. Então é claro que ele vestirá também vocês, que têm uma fé tão pequena!
Portanto, não fiquem preocupados, perguntando: "Onde é que vamos arranjar
comida?" ou "Onde é que vamos arranjar bebida?" ou "Onde é
que vamos arranjar roupas?" Pois os pagãos é que estão sempre procurando
essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo
isso. Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo
que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas. Por isso, não fiquem
preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias
preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades.
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR
Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua
justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo.
Neste Evangelho, Jesus nos pede duas coisas
importantes. A primeira é para não servirmos a dois senhores, isto é, a Deus e
ao dinheiro. Ninguém consegue fazer isso, pois acaba pendendo para um dos dois,
deixando o outro de lado.
Veja que Jesus usa a palavra servir, não amar.
Isso porque nós temos a tendência de separar o dinheiro da fé, dizendo que uma
coisa não tem nada a ver com a outra. Sendo que “a raiz de todos os males está
no amor ao dinheiro. Por causa dele, muitos se afastaram da fé” (1Tm 6,10). O
dinheiro traz uma felicidade ilusória.
Nós, na nossa malandragem de pecadores,
poderíamos dizer que servimos ao dinheiro, mas não amamos a ele, e sim a Deus.
Por isso que Jesus coloca a opção, não entre servir a Deus e servir ao
dinheiro, mas entre servir aos dois e servir a Deus.
A segunda coisa que Jesus nos pede é: “Não vos
preocupeis com o dia de amanhã”.
Um pouco na frente, Jesus nos pede para sermos
como as crianças. “Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não
entrará nele” (Mc 10,15). A criança não se preocupa nem com o passado nem com o
futuro. Ela vive o momento presente.
O passado e o futuro devemos jogar nas mãos de
Deus. A nossa tarefa é cuidar do momento presente da nossa vida, e ponto final.
Isso elimina grande parte das nossas preocupações, pois mais ou menos 90% delas
são, ou com o nosso passado, ou com o nosso futuro. E assim deixamos de lado o
principal, que é a dedicação ao momento presente, o único que está em nossas
mãos.
“Os pagãos
é que procuram essas coisas”. Isso porque eles não tem fé, e por isso querem
carregar toda a própria vida nas costas, o que ninguém dá conta.
A preocupação exagerada com o ontem ou com o
amanhã nos causa stress, justamente porque não temos poder sobre esses dois
períodos. E sabemos que a stress se transforma facilmente em depressão, tirando
a nossa alegria e felicidade. E o pior: A preocupação exagerada com o passado
ou o futuro nos afasta do principal, que é cuidar do momento presente. Se nós,
por falta de confiança em Deus, queremos assumir também a parte dele, que é
cuidar do nosso passado e do nosso futuro, certamente a nossa cruz se tornará
muito mais pesada. E não precisa, porque Jesus disse: “O meu jugo é suave e o
meu fardo é leve”.
A lembrança de como Deus nos tem acompanhado até
aqui, dá-nos tranqüilidade em relação ao nosso futuro. O mesmo Deus que estava
ontem comigo, estará amanhã também. Ele não muda, não morre e não trai a si
mesmo. A única coisa que ele pede é a nossa confiança, que é fruto do amor.
Vamos deixar o amanhã para amanhã; lá Deus nos
orientará. Ele não nos dá esta orientação hoje, porque a nossa memória é fraca
e podemos nos esquecer.
Certa vez, um homem estava dirigindo o seu carro
numa cidade grande e desconhecida, e se perdeu.
Viu um senhor que vinha na calçada, encostou o
carro e lhe perguntou: “Por favor, como que eu chego a tal lugar?”
O senhor começou a explicar: “Siga aqui em
frente, na terceira travessa vire à esquerda e no segundo farol entre à
direita. Você vai chegar a uma pracinha. Lá...”
O homem olhou para o rosto do motorista e
percebeu que ele estava tão preocupado que já havia se esquecido da primeira
explicação. Olhou no seu relógio e lhe disse: “Pode deixar, eu vou com você até
lá”.
O motorista deu um sorriso agradecido. O senhor
entrou no carro e os dois foram conversando sobre os assuntos do momento.
Quando ia chegando onde deviam virar, ele
avisava: “Por favor, na próxima vire à esquerda”.
O motorista nem precisava olhar as placas das
ruas; sua preocupação era apenas com o trânsito, isto é, com o momento
presente.
Em nossa vida de peregrinos, Deus é esse nosso
acompanhante que sabe o caminho. Ele não nos explica o que vai acontecer
amanhã, porque amanhã ele estará conosco e nos dirá na hora certa. “Não vos
preocupeis com o dia de amanhã. Olhai as aves do céu!”
Peçamos a Maria Santíssima que nos ensine a amar
e confiar mais no seu Filho.
Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua
justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Existe uma lenda que conta que, quando a grande
biblioteca de Alexandria foi queimada, um livro foi salvo. Mas não era um livro
de muito valor, por isso um homem pobre, que pouco sabia ler, comprou-o por uns
tostões.
O livro não era realmente muito bom, mas nele
havia algo interessantíssimo. Era um tipo de pergaminho, no qual estava escrito
o segredo da "pedra de toque".
A pedra de toque era uma pedrinha comum, que
podia transformar qualquer metal em ouro puro. No pergaminho estava escrito que
era encontrada nas praias do Mar Negro, misturada a outras milhares e milhares
de pedras exatamente iguais a ela. Mas o segredo era este: a pedra real era quente, enquanto as outras
eram frias. Então, o homem vendeu os seus poucos pertences, comprou alguns
mantimentos e foi acampar na praia, onde começou a testar as pedras.
Esse era seu plano: ele sabia que se pegasse as
pedras comuns e as jogasse de volta ao chão, poderia pegar a mesma pedra
centenas de vezes. Então, quando pegava
uma fria, ele a jogava ao mar. Assim, passou uma semana, um mês, um ano, três
anos... e o homem não encontrava a pedra de toque.
Mas, mesmo assim, ele continuava: pegava uma
pedra, era fria, jogava-a no mar... e assim por diante. Imagine o homem fazendo
isso por anos e anos: pegar uma pedra, senti-la fria, jogá-la no mar... de
manhã até a noite, por anos e anos.
Mas, uma manhã, ele pegou uma pedra que estava
quente, e jogou-a no mar. Ele criara o hábito de jogar as pedras no mar, vocês
compreendem, e o hábito fez com que ele jogasse a pedra quente também, quando
finalmente a encontrara. Pobre homem!
É assim que a mente funciona. A confiança é uma
pedra de toque. Muito raramente você
encontra alguém em quem você pode
confiar. Muito raramente você encontra um coração quente, amoroso, no
qual pode confiar. Normalmente, você encontra pedras que parecem a pedra de
toque, quase iguais, mas São frias. Por anos, desde a infância, você pega uma pedra, sente-a fria, e a joga no
mar.
Um dia é um fenômeno muito raro - você
encontra a verdadeira pedra de toque. Você a pega, sente que é quente,
mas, mesmo assim, você a joga. Então, você irá chorar, sem saber como isso pôde
acontecer. É um simples mecanismo. Desde a infância, você aprende a desconfiar.
Você é educado de tal maneira que não pode
confiar. A dúvida foi colocada bem fundo no seu ser. Na verdade, é uma medida
de segurança: se não duvidar, não sobreviverá.
Você tem que olhar o mundo com olhos hostis, como se todos fossem seus
inimigos. Ninguém é quente, ninguém é uma pedra de toque. Você não pode confiar
nem em seus pais. Aos poucos, a criança percebe que não existe ninguém em quem
pode confiar. Os pais são muito contraditórios: dizem uma coisa e fazem outra.
A criança sente-se confusa; é difícil para ela
entender o que realmente a mãe quer.
Na verdade, nem a própria mãe sabe. E, cada vez
mais, a criança sente que é impossível confiar em alguém.
Osho
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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