domingo, 4 de junho de 2023

Segunda-feira 05-06-2023

 

Segunda-feira, 05 de junho de 2023

 

"Em dúvida, diga a verdade." (Mark Twain)

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Mc 12,1-12

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos

— Glória a vós, Senhor!

 

 

1 - E começou a falar-lhes em parábolas. Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a vinhateiros e ausentou-se daquela terra.

2 - A seu tempo enviou aos vinhateiros um servo, para receber deles uma parte do produto da vinha.

3 - Ora, eles prenderam-no, feriram-no e reenviaram-no de mãos vazias.

4 - Enviou-lhes de novo outro servo também este feriram na cabeça e o cobriram de afrontas.

5 - O senhor enviou-lhes ainda um terceiro, mas o mataram. E enviou outros mais, dos quais feriram uns e mataram outros.

6 - Restava-lhe ainda seu filho único, a quem muito amava. Enviou-o também por último a ir ter com eles, dizendo: Terão respeito a meu filho!...

7 - Os vinhateiros, porém, disseram uns aos outros: Este é o herdeiro! Vinde, matemo-lo e será nossa a herança!

8 - Agarrando-o, mataram-no e lançaram-no fora da vinha.

9 - Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e exterminará os vinhateiros e dará a vinha a outro.

10 - Nunca lestes estas palavras da Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular.

11 - Isto é obra do Senhor, e ela é admirável aos nossos olhos (Sal 117,22s)?

12 - Procuravam prendê-lo, mas temiam o povo porque tinham entendido que a respeito deles dissera esta parábola. E deixando-o, retiraram-se.

 

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Padre Queiroz

 

Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha.

Neste Evangelho, Jesus nos conta a parábola dos agricultores assassinos que mataram filho do proprietário que lhes tinha arrendado a vinha.

A vinha representa o Reino de Deus. Os judeus, o Povo de Deus, chegaram a considerar que os interesses de Deus se confundiam com os seus próprios interesses. O povo achava que, como povo escolhido, Deus tinha obrigação de ajudá-los na luta contra seus inimigos. Julgavam-se salvos e não se interessavam com a sorte dos demais povos, que não conheciam a Deus.

Deus havia confiado a eles o seu Reino, isto é, tinha colocado-os diante do mundo como exemplo, como um povo que conhecia melhor a Deus, e o seguia, especialmente na prática da justiça. Mas isso não aconteceu.

Por isso, Deus lhes enviou seus profetas para recordar-lhes a dívida que tinham com Deus. Mas, além de não ouvirem, maltrataram os profetas. Na sua bondade, Deus lhes mandou seu próprio Filho único, ao qual também eles mataram. E mataram “fora da vinha”, isto é, depois de rechaçá-lo.

Então a obra do Reino de Deus lhes foi tirada e entregue a outro povo, a santa Igreja, um povo constituído não baseado em raça ou nação, mas pela fé e pelo sacramento do batismo.

Nós, como Igreja, queremos nos comportar como bons agricultores da vinha do Senhor. Não queremos imitar os pecados do antigo Povo de Deus.

Se as nossas Comunidades começarem a explorar o povo, se elas deixarem de ser o lugar onde existe mais obediência a Deus e mais empenho em cultivar a verdade e a justiça, elas correrão o risco de serem também recusadas por Deus.

Deus nos livre disso! Queremos nos converter. Queremos ser agricultores honestos, que cultivam bem a vinha do Senhor e não se apropriem dela, mas dêem ao proprietário, que é Deus, a parte que lhe pertence. Pois a vinha não é nossa, a Igreja não é nossa, e não podemos usá-la para nos enriquecer ou para ter qualquer vantagem pessoal.

Deus nos ama, ama aqueles a quem entregou a sua vinha. Mas é zeloso pela vinha e por seu povo. Ele nos pedirá contas de tudo. A Comunidade cristã é um povo sagrado, que tem dono e não podemos enganar ou manipular.

A viagem do dono da vinha para longe significa que Deus não interfere no nosso trabalho, mesmo que não sigamos o “contrato de arrendamento”. Naquele tempo, uma pessoa que estava longe não tinha nenhuma condição de acompanhar um trabalho, e de saber como está indo. A responsabilidade é toda nossa, como agricultores da vinha do Senhor. Só no fim Deus nos vai cobrar.

O ato de matar o filho lembra-nos, além da condenação de Jesus, os irmãos de José do Egito que quiseram matá-lo (Gn 37).

Jesus citou o Sl 118,22s: “A pedra que os construtores deixaram de lado tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos”. Citou essa passagem para nos lembrar que Jesus é a pedra principal na construção do Reino de Deus. Hoje esta pedra principal é a santa Igreja, o Corpo místico de Cristo.

Como vemos, a parábola tem dois níveis: no primeiro nível ela se refere aos chefes do Povo de Deus do Antigo Testamento, que eram aquelas autoridades que estavam ali presentes. No segundo nível ela se refere a nós, o Povo sacerdotal da Nova Aliança.

E a parábola pode ser entendida também no nível individual: se eu, ou você, não cumprimos bem a nossa missão como “agricultores da vinha do Senhor”, isto é, como líderes da Comunidade e testemunhas do Cristo no mundo, Deus nos tirará este cargo e o confiará a outro ou outra.

Quantos líderes, enviados por Deus, já trabalharam na nossa Comunidade e deram a vida por ela! Hoje somos nós. Isto é uma alegria, mas é também uma responsabilidade nossa. O povo não é nosso, é de Deus, e Deus espera frutos de justiça, de amor e de vida plena para todos. Não podemos querer tirar proveito pessoal em cima do Povo de Deus, pois, como o próprio nome diz, ele é de Deus e não nosso. Que bom será se nós, líderes atuais, um dia ouvirmos de Deus: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor”.

Quando vemos gansos voando em formação de “V”, ficamos curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma. Eis algumas descobertas feitas pelos cientistas:

À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente. Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe, chegam ao seu destino mais depressa e mais facilmente, porque elas se apóiam na confiança uma das outras.

Outra lição que os gansos nos dão: Sempre que um deles sai fora da formação, ele a maior resistência do ar, e retorna à formação “V”, para tirar vantagem do poder de sustentação da ave imediatamente à frente. Existe força, poder e segurança em grupo, quando se viaja na mesma direção com pessoas que compartilham um objetivo comum.

Ainda uma terceira lição: Quando o ganso líder se cansa, ele vai para a traseira do “V”, enquanto outro ganso assume a ponta. É vantajoso o revezamento, quando se necessita fazer um trabalho árduo.

Quarta lição: Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo e a velocidade. Todos nós necessitamos ser reforçados com apoio ativo e o encorajamento.

Quinta lição: Quando um ganso adoece, ou se fere, e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem, para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e, então, reiniciam a jornada os três ou juntando-se a outra formação, até encontrarem o seu grupo original. Precisamos ser solidários nas dificuldades.

Vamos procurar nos lembrar mais freqüentemente de dar um “grasnado” de encorajamento e nos apoiarmos uns aos outros com a força de uma verdadeira equipe. Vamos ajudar, apoiar quem está nos postos de liderança ou de governo. Eles precisam do nosso apoio, inclusive para que não caiam nas tentações.

Nós, como cristãos, queremos nos ajudar mutuamente a sermos bons agricultores da vinha do Senhor. A nossa ajuda mútua é ampla e inclui a boa palavra, e até a correção fraterna, a fim de que não imitemos os agricultores assassinos.

Maria Santíssima foi também uma agricultora da vinha do Senhor; e ela trabalhou tão bem que foi premiada sendo elevada ao Céu em corpo e alma. Que Nossa Senhora nos ajude a sermos bons agricultores. Que trabalhemos com dedicação e desapego, sem querer nos apropriar da Comunidade cristã, ou usar o nosso cargo em benefício próprio.

Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha. 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Vocês sabem quando sabemos que amamos alguém de verdade? Não é quando está tudo bem, quando nunca houve maré baixa. Assim é muito fácil. Que sejam amigos ou amores, é muito fácil dizer que se ama e desejar a felicidade do outro quando tudo corre como um rio tranqüilo.

Mas o amor mesmo, só pode ser provado quando o coração estiver quebrado em pedacinhos. Não que não exista se nunca ocorrem problemas, claro que existe. Mas quando a adversidade bater na porta da relação, aí então é que podemos estar seguros dos nossos sentimentos.

Amor não se desmancha com mágoa não. Nem com ressentimentos, nem com decepções, nem com problemas. Que amor frágil é esse, se assim for?

Sabemos que amamos alguém quando somos capazes de desejar sua felicidade passando por cima da nossa dor.

E é sobre isso que falo um pouquinho hoje.

E quem nunca sentiu um amor assim de tanta grandeza, ore ao Pai. É um sentimento sublime e só mesmo nosso Divino Pai é capaz de colocar em nosso coração. E Ele não nos dá, Ele nos oferece.Acho que sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando a vemos partir, isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos que ela seja feliz, mesmo se nossos mil pedaços vagam chorando em cada canto. Só o amor nos torna seres assim tão superiores, capazes de tanta grandeza.

Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração não é assim coisa tão fácil. Exige de nós uma força extraordinária. Uma luta se trava em nós: parte nos empurra, nos cega para o bom e abre nosso coração à mágoa e outra parte se enche de ternura com as lembranças do que de bom vivemos. É nosso eu doente e nosso eu são dentro de um mesmo espaço e cada qual tentando falar mais alto. Como desejar a felicidade de quem nos feriu? Como passar por cima? Não somos santos, é o que nos dizemos. Somos feitos de carne, osso, alma e coração. Temos sentimentos... e os bons ficam assim tão miúdos quando os maus aparecem...

Só mesmo um coração maior que nós e nosso eu para vencer uma luta como essa. Só mesmo um amor sem tamanho e uma bondade sem limites.

O amor é uma água bendita! Ele lava as mágoas, ele purifica, deixa branco, sem mácula. Se você for capaz de perdoar a alguém que feriu seu coração e ainda desejar a felicidade dele, saiba que o amor é o dom maior que vive no seu ser e que você é uma pessoa bem-aventurada!

E pessoas bem-aventuradas não só caminham com a felicidade do lado, elas caminham de mãos dadas com ela e vai chegar fatalmente o dia em que essa felicidade vai abraçá-las.

 

LetíciaThompson

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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