Quarta-feira
30/04/2025
“A luz que me guia é muito mais forte
que os olhos que me cercam.”
EVANGELHO DE HOJE
Jo
3,16-21
— O
Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
16Deus
amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo que
nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao
mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem
nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não
acreditou no nome do Filho unigênito.
19Ora,
o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à
luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se
aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age
conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são
realizadas em Deus.
Palavra
da Salvação
Glória
a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antonio Queiroz
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
Neste Evangelho, Jesus nos apresenta o motivo da Redenção, por que ela
aconteceu. Não partiu de algum mérito do ser humano, mas unicamente de Deus, do
seu amor a nós. Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito.
Deus nos ama com um amor tão grande, que nem o pecado conseguiu estancar
esse amor, ao contrário, o fez crescer ainda mais. “Acaso uma mulher esquece o
seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça,
eu de ti jamais me esquecerei!” (Is 49,15).
Jesus veio expressar com a sua vida, morte e ressurreição, esse amor de
Deus por nós: “Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o
fim” (Jo 13,1).
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
Devemos ver Jesus como o nosso melhor amigo, que vê o nosso lado bom e faz de
tudo para que sejamos nesta vida e na outra.
Entretanto, “quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz”.
Aí está a explicação de todos os males deste mundo e por que muitos não vão
para o céu. Somos livres, e aqueles que praticam o mal preferem agir no escuro
ou escondido, para que ninguém descubra suas más ações. Veja, por exemplo, os
ladrões que sempre agem escondido. Ao evitar que os outros descubram o que
fazem, os maus se condenam a si mesmos, pois mostram que sabem que suas ações
são más.
Mas o amor de Deus por nós é maior que o nosso pecado. Por isso todos
nós, santos e pecadores, podemos nos aproximar de Jesus com confiança, pois ele
nos ama a todos com um amor misericordioso e infinito. Ninguém deve ter medo de
Jesus, pois ele não para condenar, mas para salvar.
Quando somos amados por alguém, sentimos o desejo de retribuir. Amor com
amor se paga. A nossa melhor retribuição é a obediência à sua Palavra e o
engajamento cada vez maior na sua Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Vamos, neste tempo pascal, acolher este presente de amor que Deus nos
deu e nos deixar transformar por ele, o fogo do amor que veio ao mundo para queimar
o pecado e purificar a prata.
Um dia, um senhor que estava viajando de carro do Rio para S. Paulo,
entrou na cidade de Aparecida, comprou uma vela do seu tamanho, dirigiu-se à
capela das velas no Santuário, acendeu a vela e fez a seguinte oração: “Senhor,
eu precisava rezar muito aqui, mas não tenho tempo. Por isso, aceite as minhas
preces, simbolizadas nesta vela, pela intercessão de N. Sra. Aparecida”.
Colocou a vela no lugar apropriado e continuou sua viagem.
Foi uma oração simbólica, com toda certeza aceita e agradável a Deus. A
vela era do seu tamanho porque era ele mesmo que ficava ali rezando,
representado pela vela. Nós gostamos de usar símbolos, e Deus também gosta. A
Bíblia é todinha cheia de símbolos.
Inclusive, a vela se parece com o cristão. Ambos se consomem para
iluminar e servir o seu ambiente. Até as lágrimas da vela simbolizam as nossas
lágrimas, na luta pelo Reino de Deus. O amor sempre custa lágrimas.
De um jeito ou de outro, nós precisamos rezar, e muito, a fim de não
praticarmos obras más, afastando-nos da luz.
Maria Santíssima ajudou o seu Filho a executar o plano de amor de Deus
Pai. Que ela nos ajude também a acolher com generosidade esse plano. Santa
Maria, rogai por nós.
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele.
MOMENTO DE REFLEXÃO
(...)
Tudo o que existe precisa dormir. O simples existir cansa. A se acreditar nos
poetas e nas crianças, até mesmo as coisas.
Minha
filha de quatro anos, olhando os vales e montanhas que se perdiam de vista nos
horizontes de Campos do Jordão, fez-me essa pergunta metafísica: “Papai, as
coisas não se cansam de serem coisas?’
Fernando
Pessoa teve suspeita semelhante e escreveu: “Tenho dó das estrelas luzindo há
tanto tempo, há tanto tempo... Tenho dó
delas. Não haverá um cansaço das coisas, de todas as coisas, como das pernas ou
de um braço? Um cansaço de existir, de ser, só de ser, o ser triste, brilhar ou
sorrir..”
Ele,
poeta, estava cansado. Olhava para as estrelas que luziam havia tanto tempo e
tinha dó delas. Elas deveriam estar muito cansadas. Suas pálpebras jamais se
fechavam. Seus olhos estavam sempre abertos, sem poder dormir jamais...
Pergunto-me
então se não haverá um simples cansaço de viver. Será que não chega o momento
em que a vida diz, das profundezas do seu ser, como um pedido de socorro aos
que entendem sua fala:
“Estou cansada. Quero dormir o grande
sono...?”
Os
especialistas na arte da tortura descobriram que uma das técnicas mais eficazes
e discretas para se obter a confissão de um torturado era a de impedir que ele
dormisse. Assentando numa poltrona confortável, o prisioneiro espera. O tempo
passa em silêncio, sem interrogatório. Vem o sono. As pálpebras pesam e querem
se fechar. Mas alguém que o vigia o sacode para impedir que ele durma. E assim
o tempo vai passando. O desejo de dormir vai crescendo, as pálpebras pesam até
um ponto insuportável. Nesse momento, a necessidade de dormir é tão terrível
que o prisioneiro está pronto para confessar qualquer coisa só para poder
dormir.
Foi
coisa parecida que fizeram com a Eluana Englaro, mulher italiana com 38 anos de
idade, dos quais 17 em vida vegetativa. Seu sono sem despertar dizia que ela
desejava dormir. Mas os torturadores, a ciência, as leis e a religião lhe
negavam esse direito. Obrigavam-na a continuar viva contra a vontade do seu
corpo, que ansiava pelo grande sono. Ligaram seu corpo a máquinas que impediam
que ela dormisse. Vivia mecanicamente.
Finalmente
o direito de dormir lhe foi concedido. Fantasio que ela dormiu como uma
criança, ouvindo a berceuse de Brahms.
“Folha
de S.Paulo”, 17 de fevereiro de 2009.
UM
ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ!
E
até que nos encontremos novamente,
que
Deus lhe guarde serenamente
na
palma de Suas mãos.
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