Segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
“Pai,
não conheço Teus planos, mas Tu conheces meu caminho.”
EVANGELHO DE HOJE
MC
3,22-30
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos
—
Glória a vós, Senhor!
Alguns
mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam:
-
Ele está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá poder a
este homem para expulsar demônios.
Então
Jesus chamou todos e começou a ensiná-los por meio de parábolas. Ele dizia:
-
Como é que Satanás pode expulsar a si mesmo? O país que se divide em grupos que
lutam entre si certamente será destruído. Se uma família se divide, e as
pessoas que fazem parte dela começam a lutar entre si, ela será destruída. Se o
reino de Satanás se dividir em grupos, e esses grupos lutarem entre si, o reino
não continuará a existir, mas será destruído.
-
Ninguém pode entrar na casa de um homem forte e roubar os seus bens, sem
primeiro amarrá-lo. Somente assim essa pessoa poderá levar o que ele tem em
casa.
-
Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os pecados que as pessoas cometem ou as
blasfêmias contra Deus poderão ser perdoados. Mas as blasfêmias contra o
Espírito Santo nunca serão perdoadas porque a culpa desse pecado dura para
sempre.
Jesus
falou assim porque diziam que ele estava dominado por um espírito mau.
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
É o noivo que recebe a
noiva. O amigo do noivo enche-se de alegria.
Este último dia do tempo
litúrgico do Natal trás o último testemunho de João Batista a respeito de
Jesus, antes de ser encarcerado por Herodes. Estamos no comecinho da vida
pública de Jesus, tempo em que João Batista já era muito conhecido e querido do
povo do que Jesus.
A missão do precursor
era dar testemunho da Luz, que é Jesus. Mas ele não era a Luz (Cf Jo 1). Isto
João Batista fez em toda a sua vida. Aqui, ele rebate logo a possível inveja
entre seus discípulos e o crescimento da popularidade de Jesus.
Usando uma bela
comparação, João define Jesus como o noivo que se casa com a humanidade, e ele
é o amigo do noivo, que ajudou a preparar o casamento, e agora se alegra ao
vê-lo realizado.
Como se não bastasse a
belíssima comparação, João ainda fala: “Esta é a minha alegria, e ela é
completa. É necessário que ele cresça e eu diminua”. Que modelo de profeta!
Enquanto Cristo cresce no meio do povo, o profeta vai diminuindo, mas super
feliz. A Liturgia expressou bem estas palavras de João Batista, colocando o seu
nascimento no dia em que a terra está mais distante do sol – 24 de junho – e o
nascimento de Jesus no dia em que a terra está mais próxima: 25 de dezembro.
Frequentemente a Bíblia
compara a Nova Aliança de Deus com a humanidade com um casamento. O Senhor foi
traído pelos homens, quebrando o amor comprometido que tinham com ele. Mas ele
busca a reconciliação da esposa infiel, que si prostituiu buscando outros
“deuses”. “Eu te desposarei em matrimônio perpétuo” (Os 2,21).
Jesus usa esta mesma
imagem várias vezes. Na parábola do banquete, Jesus é o filho do rei, o noivo
da festa de casamento (Mt 22,1ss). Ao explicar por que os seus discípulos não
jejuavam, Jesus fala: “Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o
noivo está com eles?” (Mc 2,19).
Nós cristãos, quando
exercemos a nossa missão profética, somos esse amigo do noivo, que prepara o
casamento do povo com Deus. Quando o casamento acontece, nós ficamos de lado,
mas muito felizes por ver as pessoas unidas com Deus. Nós nem queremos que as pessoas
fiquem agarradas a nós. “É necessário que ele cresça e eu diminua”.
Quantos “casamentos”
acontecem, preparados e articulados pelos amigos de Cristo! Os cristãos líderes
não querem o povo em torno deles, mas unidos a Cristo através da sua Igreja.
Que aprendamos de João Batista a ser bons líderes cristãos!
O capítulo seguinte (Jo
4) trás um caso parecido. A samaritana encontra-se com Jesus no Poço de Jacó,
fica entusiasmada por ele, vai até a cidade e conta para o povo que lá no Poço
está um homem maravilhoso que, na opinião dela, é o Messias. Os habitantes da
cidade vão até o Poço e confirmam o que ela disse. Convidam Jesus para ficar na
cidade e passar a noite. Jesus aceita. No outro dia, eles falam para a
samaritana: “Já não é por causa daquilo que contaste que cremos nele, pois nós
mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvados do mundo” (Jo
4,42). Isto significa que eles deixam a samaritana de lado e se reúnem
diretamente em torno de Jesus.
Havia, certa vez, uma
linda jovem índia chamada Zulu. Naquela aldeia, todas as moças usavam colares.
Mas o colar da Zulu era diferente, muito mais bonito que os colares das outras
meninas. Por isso, as outras tinham ciúme dela.
Um dia, quando Zulu
passeava na beiro do rio, encontrou-se com o grupo de moças, e estas lhe
disseram que haviam jogado os seus colares no rio, como oferta a Deus. E
pediram que ela também fizesse o mesmo. Ela atendeu, e jogou o seu colar no
rio. Então as outras começaram a rir, tirando seus colares dos bolsos, e foram
embora contentes.
A jovem caminhava triste
pela margem do rio, quando ouviu uma voz dentro de si mesma que lhe dizia:
“Atira-te à água!” No mesmo instante, ela se jogou no rio. No fundo do rio,
encontrou uma gruta, dentro da qual havia uma velhinha cheia de feridas de
aspecto repugnante.
“Beije minhas feridas”,
disse a velha. Zulu hesitou um pouco, mas acabou beijando as feridas da
velhinha, que logo ficou completamente curada. A mulher disse: “Em retribuição
à minha cura, farei com que você se torne invisível às feras”.
Na mesma hora, a jovem
escutou a voz de um dragão que gritava: “Quero carne! Quero carne!” Passou ao
lado de Zulu e, como não a viu, foi-se embora. Então a mulher deu à jovem um
novo colar, muito mais bonito que aquele que ela havia jogado no rio.
Zulu voltou à aldeia.
Quando as outras moças a viram, ficaram surpresas e lhe perguntaram onde havia
encontrado aquele colar tão bonito. Ela contou que foi uma velhinha que vivia
numa gruta no fundo do rio, que lhe dera. As jovens foram correndo ao rio e mergulharam.
Encontraram a gruta e dentro dela a velhinha cheia de feridas, que lhes disse:
“Beijem minhas feridas!” As moças sentiram repulsa e se recusaram a satisfazer
o desejo da velhinha.
Nesse momento, ouviram a
voz de um dragão, gritando: “Quero carne! Quero carne!” E como o dragão podia
enxergá-las, devorou-as.
Foi a humildade de Zulu,
beijando as feridas da velhinha, que salvou a sua vida. Como profetas de
Cristo, queremos ser humildes e nunca nos promover a nós mesmos.
Maria Santíssima,
através do seu hino Magníficat, mostrou-se uma humilde profetiza. Que ela e
João Batista nos ajudem a cumprir bem a nossa missão profética.
É o noivo que recebe a
noiva. O amigo do noivo enche-se de alegria.
MOMENTO DE REFLEXÃO
O aço de melhor
qualidade é aquele que é submetido a tratamentos extremos de intenso calor e
frio.
Os operários de uma
cutelaria aquecem as lâminas das facas para em seguida forjá-las.
Depois as aquecem
novamente e as colocam dentro de um recipiente com água gelada. O objetivo disso é dar-lhes a forma e a
têmpera adequadas.
Nessas fábricas, é
normal haver uma pilha de lâminas rejeitadas.
Elas estão ali porque
não suportaram o processo da forja. Algumas delas revelaram pequenos defeitos
ao serem amoladas.
Outras não agüentaram o
tratamento dado ao aço. Nossa alma também
é aquecida na fornalha da aflição, colocada na água gelada das tribulações e
nas pedras de amolar das adversidades e dos transtornos.
Algumas pessoas terminam
esse tratamento preparadas para um serviço mais elevado.
Outras se mostram
inadequadas.
Só servem para as
tarefas mais inferiores.
Você deseja estar entre
as forças que trabalham para um mundo melhor?
Não fique quieto quando
o DEUS estiver forjando sua vida. "Chega disso!" diz a faca para o
cuteleiro. "Você já me levou ao fogo muitas vezes! Quer acabar com minha
vida?" E outra vez o artesão a leva ao fogo até deixá-la embranquecida
pelo calor. "Pare de me martelar!" insiste ela. “Já me martelou o
suficiente!".
Todavia ele continua a
forjá-la.
"Não me ponha nessa
água gelada, não!” Uma hora você me põe na fornalha; e em seguida, na água
gelada.
Isso mata qualquer
um!".
Entretanto o processo
continua. "Não me ponha nessa pedra de amolar, não! Vai me arranhar tanto
que acabará me matando!". E o cuteleiro a submete à pedra até se dar por
satisfeito. Olhemos para essa lâmina agora. Podemos dobrá-la quase que
totalmente, mas ela sempre volta à posição normal. Seu polimento é tal que
parece de prata! Está dura como um diamante e corta como uma espada fina! Ela
foi forjada, temperada e polida. Agora tem um alto valor! Aquietemo-nos quando
formos submetidos ao fogo da fornalha. Deixemos que o Espírito Santo nos molde
e nos dê polimento.
“Em todas estas coisas,
porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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