Quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
"Entusiasmo
é quando o coração da gente fica todo florido de Deus.” (Ana Jácomo)
EVANGELHO DE HOJE
MC
3,1-6
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos
—
Glória a vós, Senhor!
Jesus
foi outra vez à sinagoga. Estava ali um homem que tinha uma das mãos aleijada.
Estavam também na sinagoga algumas pessoas que queriam acusar Jesus de
desobedecer à Lei; por isso ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele
ia curar o homem no sábado. Ele disse para o homem:
-
Venha cá!
E
perguntou aos outros:
-
O que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia:
o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?
Ninguém
respondeu nada. Então Jesus olhou zangado e triste para eles porque não queriam
entender. E disse para o homem:
-
Estenda a mão!
O
homem estendeu a mão, e ela sarou. Logo depois os fariseus saíram dali e, junto
com as pessoas do partido de Herodes, começaram a fazer planos para matar
Jesus.
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Padre Antonio Queiroz
É permitido no sábado
fazer o bem ou fazer o mal?
Este Evangelho narra a
cura do homem que tinha a mão seca. Jesus entrou na sinagoga e viu o doente lá
no canto da sinagoga. Como era sábado, alguns observavam para ver se ele ia
curar o homem no sábado, pois, segundo a tradição deles, era proibido.
Jesus falou para o
homem: “Levanta-te e fica aqui no meio”. Em seguida perguntou ao povo: “É
permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la
morrer?”
A lei do descanso
sabático foi criada para beneficiar o povo. Portanto, no sábado é permitido
fazer o bem e curar uma pessoa doente! Entretanto, devido a essa cura, já
tramaram a morte de Jesus.
O nosso saudoso Papa
João Paulo II, na preparação para o jubileu do ano 2000, apresentou esta frase
de Jesus: “Levanta-te e fica aqui no meio”, como a nossa missão do terceiro
milênio.
Jesus chamou o homem
para o espaço central da sinagoga porque ele estava na beira da parede,
separado do povo, humilhado, pois sua doença era considerada castigo de Deus.
Jesus fez um gesto de inclusão, o contrário do que a sociedade atual faz:
exclusões de diversos tipos e pelos mais diversos motivos.
Em vários outros
momentos, Jesus procurou incluir quem estava excluído: no encontro com a
samaritana, com a mulher adúltera, com Zaqueu, com o cego de Jericó...
Olhando os 2011 anos de
presença da Santa Igreja no mundo, e os 511 anos no Brasil, vemos que ela fez
muitos gestos de inclusão. Basta olhar as Santas Casas do Brasil que foram
criadas pela Igreja, o trabalho dos vicentinos, das pastorais sociais, todo o
trabalho missionário e de evangelização que tira o povo da marginalização
religiosa...
Mas ainda existem entre
nós, infelizmente, muitas exclusões: desemprego e subemprego, prostituição,
hospitais cheios de leitos vazios, esperando os ricos, enquanto o povo do
bairro não tem atendimento médico...
Queremos pedir perdão a
Deus, e continuar fazendo o mesmo convite de Jesus: “Levanta-te e fica aqui no
meio”, mesmo que soframos ameaças como ele sofreu.
Assim nós vamos atender
ao apelo do Papa João Paulo II, já que temos a graça de viver no terceiro
milênio: venha para o centro da vida, saia da margem da sociedade,vença a
exclusão!
Queremos fazer virar
verdade as palavras do Profeta Isaías: “Não haverá mais crianças que vivam
apenas alguns dias, nem velhos que morram antes dos cem anos. Construirão
casas, e nelas habitarão. Plantarão vinhas, e colherão seus frutos. Ninguém vai
construir para outro morar, nem plantar para outro comer. E todos serão
abençoados por Deus. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá capim
junto com o boi” (Is 65,20-25).
Se olharmos a História
da Igreja, veremos que todos os santos e santas fizeram isso, incluíram os
excluídos.
Jesus nos faz um apelo
missionário. Ao chamar para o centro esse homem de mão ressequida, ele nos
convida a participarmos da festa da inclusão. É sempre assim: quando alguém
procura incluir uma pessoa marginalizada, esse seu gesto se torna um convite a
todos os marginalizadores a se converterem, passando a incluir as pessoas na
sociedade, em vez de excluí-las. O certo é colocar a pessoa em primeiro lugar,
a vida acima dos bens materiais e das leis, como fez Jesus em relação à lei do
sábado.
A nossa sociedade atual
tem muitos valores, mas tem também malandragens terríveis. Por exemplo, o
disfarce. Vale para ela o que disse o Profeta Jeremias: “Vós tratais com
negligência as feridas do meu povo, e dizeis: ‘Está indo tudo bem’; quando, na
verdade, está indo tudo mal” (Jr 6,14). Como é importante as nossas Comunidades
serem luz no meio dessa geração!
Certa vez, Frei Galvão
estava pregando numa cidade, e um homem resolveu dar de presente para ele três
frangos. Pegou os frangos no seu terreiro e os levou para a casa paroquial,
onde o Frei Galvão estava hospedado.
Aconteceu que, ao
entregá-los ao Frei, um dos frangos escapou. O homem instintivamente deu um
xingo, dizendo: “Frango do diabo!” Correu, pegou o frango na rua e o trouxe.
Mas Frei Galvão falou: “Eu só aceito estes dois. Este aí não, porque você o deu
para o diabo”.
Imagine a lição que o
homem levou, ele que havia falado aquilo sem nem perceber! Mas é o “bendito”
costume de falar palavrões. Muita gente de vez em quando se esquece de que foi
batizado.
Ser profeta é um dos
trabalhos mais bonitos de inclusão, porque aproxima as pessoas de Deus, o qual
nos faz felizes em qualquer situação em que estivermos. Frei Galvão foi profeta
não só para aquele senhor, mas para todos os que viram a sua atitude.
E quando formos convidar
alguém para o centro da vida, convidemos também Maria Santíssima, porque ela é
a nossa mãe, a nossa rainha, a mais bela flor que o universo produziu.
É permitido no sábado
fazer o bem ou fazer o mal?
MOMENTO DE REFLEXÃO
Líder é aquele que se
destaca. Aquele cujas ações, por corajosas ou extraordinárias, merece a atenção
dos demais homens.
Líder é aquele que, em
meio ao caos, se mantém firme e acena com a bandeira da esperança. Pode ser um
artista, um cientista, um homem de negócios, um anônimo.
Por vezes, são
governantes que se destacam, levando-nos não somente a aplaudi-los, mas a crer
que o mundo melhor está se concretizando na Terra. Foi com esse espírito que
lemos a manchete: Soberano de Luxemburgo se recusa a assinar lei que permitiria
eutanásia.
Luxemburgo é o menor
país membro da União Européia. Situado entre a Bélgica, França e Alemanha, seus
470 mil habitantes estão entre os mais ricos da União Européia. É governado,
desde o ano 2000, pelo Grão-duque Henri Guillaume.
O projeto de lei
relativo à eutanásia foi aprovado, em fevereiro de 2008 pelos deputados. Agora,
a Assembléia Parlamentar é chamada a votar em segundo turno o mesmo documento,
que, para ter força de lei, deverá ser assinado e promulgado pelo Soberano.
O Grão-duque informou
aos líderes parlamentares que a sua consciência cristã lhe impede de fazer algo
do gênero. De imediato, o pensamento de todos se voltou ao que ocorreu na
Bélgica, em 1990, onde o Rei Balduíno I, tio do Grão-duque Henri renunciou por
um dia, para não colocar a própria assinatura numa lei que legalizava o
abortamento.
Depois daquela breve
demissão provisória, o soberano belga retomou o trono e tudo continuou como era
antes. A situação do Grão-duque parece mais complexa. Para não colocar a sua
assinatura na lei, o Grão-duque arrisca algumas perdas.
Ocorre que a maioria do
Parlamento está estimulada a estudar uma reforma institucional destinada a
reduzir sensivelmente o poder da coroa. Assim, o Grão-duque permanecerá no
próprio posto, mas não terá condições de fazer greve contra o Parlamento. Na
prática, lhe será tirado todo poder de assinar medidas legislativas.
Alguns o apoiam,
exaltando a coerência moral de um homem que não se dobra, nem mesmo ao voto
parlamentar. Outros, como o próprio Primeiro-ministro, dizem que se a câmara
dos deputados vota uma lei, esta deveria poder entrar em vigor.
A situação em
Luxemburgo, com relação ao tema, ainda não está definida. Mas, do ponto de
vista bioético, ver alguém que esteja no poder discordar do rumo que as coisas
estão seguindo na Europa, é um grande avanço.
Se a lei entrar em
vigor, no Grão-ducado, Luxemburgo seria o terceiro país da União Européia,
junto à Holanda e Bélgica, a legalizar a eutanásia. Louvamos a coragem do
Soberano. Vibramos para que ela se mantenha firme, demonstrando que mais
importante do que ter cargos no mundo, é honrar a consciência.
É saber que a autoridade
na Terra é temporal e que, acima dos homens, reina a Lei de Deus, imutável.
E essa Lei prescreve o
amor. E quem ama não legitima a morte de seres humanos, mesmo que seja em nome
de um pretenso e provisório poder.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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