Sexta-feira, 24 de março de 2023
Os
filhos são educados como se fossem ficar toda a vida filhos, sem nunca se
pensar que eles se tornarão pais (August Strindberg)
EVANGELHO DE HOJE
Jo
7,1-2.10.25-30
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo:
1Jesus andava percorrendo a
Galiléia.
Evitava andar pela Judéia,
porque os judeus procuravam
matá-lo.
2Entretanto, aproximava-se a
festa judaica das Tendas.
10Quando seus irmãos já tinham
subido,
então também ele subiu para a
festa,
não publicamente mas sim, como
que às escondidas.
25Alguns habitantes de Jerusalém
disseram então:
'Não é este a quem procuram
matar?
26Eis que fala em público e nada
lhe dizem.
Será que, na verdade, as
autoridades reconheceram
que ele é o Messias?
27Mas este, nós sabemos donde é.
O Cristo, quando vier, ninguém
saberá donde ele é.'
28Em alta voz, Jesus ensinava no
Templo, dizendo:
'Vós me conheceis e sabeis de
onde sou;
eu não vim por mim mesmo,
mas o que me enviou é fidedigno.
A esse, não o conheceis,
29mas eu o conheço,
porque venho da parte dele,
e ele foi quem me
enviou.'
30Então, queriam prendê-lo,
mas ninguém pôs a mão nele,
porque ainda não tinha chegado a
sua hora.
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz (In Memorian)
Queriam prendê-lo, mas
ainda não tinha chegado a sua hora.
Este Evangelho mostra
que Deus é o Senhor do mundo e dos acontecimentos. Nada foge ao seu poder e
controle. Também com Jesus foi assim: “Queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão
nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora”.
Neste momento duro de
forte perseguição, vemos dois sentimentos, quase que opostos, em Jesus. O
primeiro é que ele não queria morrer; pelo contrário, queria continuar vivendo
ainda muitos e muitos anos na terra, a fim de trabalhar pelo Reino de Deus e
fazer o bem. Esse sentimento aparece quando o evangelista diz: Jesus “evitava
andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo”. O evangelista fala
ainda: “Também ele subiu para a festa, não publicamente mas sim como que às
escondidas”.
O segundo sentimento,
muito maior que o primeiro, era o seu grande amor ao Pai, concretizado no
desejo de ser fiel à missão que recebera dele. Este sentimento aparece nos
comentários do evangelista: “Aproximava-se a festa das Tendas... também ele
subiu a Jerusalém”. Jesus era um homem religioso e via na festa uma ocasião
para louvar a Deus Pai.
Aparece também quando o
evangelista fala: “Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo...” Era
cutucar a onça com vara curta. Mas ele não suportou ouvir os comentários
errados das pessoas que diziam: “Este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando
vier, ninguém saberá donde é”. No Templo, em alta voz, Jesus desmente, dizendo:
“Vós sabeis de onde sou... No entanto, eu vim do Pai e a ele vós não
conheceis”.
Foi devido a essa
afirmação que queriam matá-lo, e só não o fizeram porque Deus Pai interveio,
libertando-o. Jesus falava sem medo porque confiava em Deus Pai e sabia que ele
domina e controla todos os acontecimentos, de modo que só permitiria a morte de
Jesus quando chegasse a sua hora, isto é, quando esse pecado contribuísse para
a realização dos planos do Pai.
O profeta é corajoso.
Ele anuncia abertamente a verdade e denuncia a mentira, pois sabe que Deus o
protege. Ele não provoca a perseguição sobre si, pelo contrário, procura
evitá-la, mas isso sem abrir mão do seu amor maior, que é a Deus, e da sua
missão recebida de Deus.
A oração de Jesus no
Jardim das Oliveiras reflete os seus dois sentimentos: a vontade de continuar
vivendo, e a vontade muito maior de ser fiel ao Pai: “Meu pai, se possível, que
este cálice passe de mim. Contudo, não seja feito como eu quero, mas como tu
queres” (Mt 26,39).
É interessante observar
que Deus Pai não fez a vontade de seu Filho, envolvido nas limitações humanas,
na hora em que ele pediu, mas a fez de modo pleno e definitivo, três dias
depois, pela ressurreição. O que Deus quer é sempre melhor do que o que nós
queremos. Por isso que rezamos no Pai Nosso: “Seja feita a vossa vontade, assim
na terra como nos céus”.
O importante é que
Jesus, mesmo sem entender direito os acontecimentos, foi fiel a Deus Pai.
“Tornei o meu rosto duro como pedra. Ofereci minhas costas aos que queriam me
bater, e o meu rosto aos que me arrancavam a barba. Porque sei que meu Pai me
ajuda” (Is 50,4-7).
Certa vez, um homem
telefonou, do serviço, para a sua esposa e disse: “Querida, eu quero avisar a
você que hoje eu vou levar um amigo para o jantar aí em casa”. “Tudo bem” –
disse ela. Isto era pelas quatro da tarde. A mulher largou o programa que
estava vendo na televisão e se pôs logo a preparar um delicioso jantar.
Às dezoito e trinta,
chegou o esposo sozinho. Na mesa estava um verdadeiro banquete. Ela estranhou e
perguntou logo: “Onde está o seu amigo?”
O esposo a abraçou e
disse: “Querida, hoje me deu vontade de comer umas coisas diferentes, por isso
inventei esta mentira. Desculpe!”
No fundo ele não mentiu,
porque o maior amigo dela era ele mesmo, que merecia, pelo menos de vez em
quando, depois de um dia estafante de trabalho, comer algo diferente do que a
comida esquentada de sempre.
Nós precisamos ser fiéis
a Deus Pai, que quer que os esposos se amem muito. Ele deve amar o seu marido
acima de todos os amigos, e vice versa. Quaresma é tempo de rever e renovar a
nossa maneira de amar as pessoas mais próximas de nós.
Campanha da
fraternidade. A violência no campo é um sério problema brasileiro, que tem
causado muitas mortes, além de milhares de família expulsas de suas terras pelo
poder privado. Entre as causas dessa violência se destacam: a morosidade nos
processos de reforma agrária e de assentamento; os interesses internacionais em
relação à exportação da soja e ao biodiesel; a exploração predatória das
florestas para o crescimento do agronegócio; os grandes latifúndios; a
diminuição da agricultura familiar e de subsistência; a pouca disponibilidade
de empregos; o surgimento e o crescimento de organizações de resistência; a
ausência do Estado nas regiões mais interioranas.
O poder do latifúndio
continua forte, agindo por conta própria, e sempre punindo trabalhadores que se
levantam na defesa de seus direitos. Sem justiça no campo, a sociedade não vive
em paz.
Maria Santíssima foi
também uma mulher muito firme nas adversidades que sofreu. Basta ver o seu
comportamento nas sete dores. Que ela nos ensine como seguir o seu Filho nas
horas difíceis.
Queriam prendê-lo, mas
ainda não tinha chegado a sua hora.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Você pode curtir ser
quem você é, do jeito que você for, ou viver infeliz por não ser quem você
gostaria.
Você pode assumir sua
individualidade, ou reprimir seus talentos e sonhos, tentando ser o que os
outros gostariam que você fosse.
Você pode produzir-se e
ir se divertir, brincar, cantar e dançar, ou dizer em tom amargo que já passou
da idade ou que essas coisas são fúteis, não sérias e bem situadas como você.
Você pode olhar com
ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas, ou com aquele
olhar de censura, que poda, pune, fere e mata, sem nenhuma consideração para
com os desejos, limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.
Você pode amar e
deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela falta de
gente à sua volta.
Você pode ouvir o seu
coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça,
tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.
Você pode deixá-la como
está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as
mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.
Você pode deixar que o
medo de perder paralise seus planos ou
partir para a ação com o
pouco que tem e muita vontade de ganhar.
Você pode amaldiçoar sua
sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a
Vida lhe oferece.
Você pode mentir para si
mesmo, achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações, ou
encarar a verdade de que, no fim das contas, sempre você é quem decide o tipo
de vida que quer levar.
Você pode escolher o seu
destino e, através de ações concretas, caminhar firme em direção a ele, com
marchas e contra-marchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que
ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.
Você pode viver o
presente que a Vida lhe dá, ou ficar preso a um passado que já acabou-e
portanto não há mais nada a fazer, ou a um futuro que ainda não veio –e que
portanto não lhe permite fazer nada.
Você pode ficar numa
boa, desfrutando o máximo de coisas que você é e possui, ou se acabar de tanta
ansiedade e desgosto por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria.
Você pode engajar-se no
mundo, melhorando a si próprio e, por consequência, melhorando tudo que está à
sua volta, ou esperar que o mundo melhore para que então você possa melhorar.
Você pode continuar
escravo da preguiça, ou comprometer-se com você mesmo e tomar atitudes
necessárias para concretizar o seu Plano de Vida.
Você pode aprender o que
ainda não sabe, ou fingir que já sabe tudo e não precisa aprender nada mais.
Você pode ser feliz com
a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.
A escolha é sua.
E o importante, é que
você sempre tem escolha.
Pondere bastante ao se
decidir, pois é você quem vai carregar - sozinho e sempre –o peso das escolhas
que fizer.
Luis Borges
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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