sexta-feira, 31 de março de 2023

Sábado 01-04-2023

 

Sábado, 01 de abril de 2023

 

“Um homem com um relógio sabe que horas  são. Um homem com dois relógios nunca tem certeza.”

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Jo 11,45-56

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João

— Glória a vós, Senhor!

 

 

Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.

49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não enten­deis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.

54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

 

 

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Pe. Antônio Queiroz CSsR

 

E também para reunir na unidade os filhos de Deus dispersos.

Este Evangelho narra a decisão final dos chefes, de matar Jesus. Eles fazem uma submissão da fé à política: “Se deixarmos que ele continue assim... virão os romanos...” E o sumo sacerdote Caifás lavra a sentença: “É melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira”.

O evangelista João interpreta: “Caifás profetizou que Jesus ia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos”. De fato, a morte de Jesus reuniu, numa só Igreja, os filhos de Deus dispersos pelo mundo inteiro. A santa Igreja reúne cristão de todas as raças e culturas. Por isso a chamamos católica que significa universal. E isto não é mais que um começo, ou uma figura da união em Cristo de toda a humanidade, no final dos tempos.

Os cristãos são os primeiros chamados por Deus a “reunir os filhos de Deus dispersos”. Entretanto, a manipulação de fatos, a opressão, as ideologias e o pecado tentam impedir que a humanidade se agrupe num só rebanho em torno de Cristo. Acontece uma luta, e a cada momento surgem novos adversários para os cristãos. Entretanto, a ação perseverante e não violenta, o espírito de reconciliação e a oração fazem com que o projeto de Cristo avance no mundo. Este é um ideal que empolga os cristãos, especialmente os jovens

Jesus congregará, com sua morte, os filhos de Deus provenientes de todos os pontos cardeais, formando o novo Povo de Deus. Esta é a eficácia da morte de Jesus na cruz, que foi decidida pelas autoridades, no Evangelho de hoje.

No projeto de Jesus, a vida surge da cruz. É a cruz da dor, da doença, das humilhações e perseguições... Mas atrás da cruz brilha uma luz que ilumina o universo inteiro. “Os judeus pedem sinais, os gregos buscam sabedoria. Nós, porém, proclamamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (1Cor 1,22-23).

Humanamente, a cruz é o contrário das aspirações humanas. Mas, iluminada por Cristo, ela aparece como algo que transborda, supera a morte e leva à ressurreição.

Havia, certa vez, num campo, uma lebre. Ela era bonita e vivia feliz, saltitando no descampado. Um dia, ela viu um caçador com uma arma de fogo. Sentiu medo, correu o quanto pôde e escondeu-se atrás de uma moita de capim. O caçador procurou, procurou... não a viu mais e foi-se embora.

Mas a lebre resolveu comer aquela moita de capim. No dia seguinte, lá estava o caçador novamente. Como não havia mais moita de capim, o caçador deu um tiro e ela morreu.

Deus nos dá oportunidades para nos libertarmos do caçador que é satanás. A quaresma é como uma moita de capim, pois vem cada ano nos proteger da rotina do pecado. Não vamos devorá-la, vivendo-a como um tempo igual aos outros.

Vamos reconhecer os nossos pecados, pois eles ajudaram a crucificar Jesus. Não nos interessam agora os pecados dos fariseus e mestres da Lei, mas os nossos, os quais queremos extirpar de uma vez, iniciando uma vida nova.

O mistério da cruz revela o significado mais profundo do amor: nada para si, tudo para os outros. De fato, a cruz mostra o que foi a vida de Jesus: renúncia a tudo para ser para todos. Esta renúncia só pode ser entendida a partir do esvaziamento da condição divina do Verbo (cf. Fl 2,5-11), para assumir em tudo a condição humana. Jesus nunca procurou para si algum tipo de favorecimento pessoal. Quando nasceu, foi colocado em uma manjedoura por não haver lugar para ele na hospedaria (cf. Lc 2,1-7). Jesus não realiza nenhum milagre em benefício próprio, nem mesmo no momento de fome no deserto, por ocasião das tentações (cf. Lc 4,2-4), nem quando lhe falta onde reclinar a cabeça (cf. Lc 9,58). No alto da cruz, Jesus não tem praticamente nada que seja seu. Suas vestes, tecidas por sua mãe. É por isso que Jesus diz com autoridade: “Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9,23). Sem a renúncia, a pessoa não consegue viver o mistério da cruz. Para ser discípulo de Jesus, é necessário ter os mesmos sentimentos dele (cf. Fl 2,5). Somente haverá paz e segurança quando este valor pascal for descoberto e vivido por todos.

Maria colaborou de perto nessa reunião dos filhos de Deus dispersos. Que ela nos ajude a colaborar também.

E também para reunir na unidade os filhos de Deus dispersos.

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

A manhã apenas despertara e o  homem se levantou.

Na tristeza com que se sentia  envolvido, olhou para a filha  doente, que gemia no leito pobre.

A esposa dormia e ele se preparou para sair antes que ela despertasse, com o mau humor habitual.

Seu rumo era o mercado, onde ele recolhia os frutos desprezados por aqueles que têm em demasia e desconhecem a dor do estômago vazio.

Um movimento inesperado, no entanto, lhe chamou a atenção.

Eram gritos, correria.

O povo se acotovelava formando um cortejo barulhento.

 Soldados da Roma dominadora e audaciosa conduziam um condenado à morte.

O homem parou a observar aquela cena e pensou que aquele prisioneiro era mais infeliz do que ele próprio.

Suas dores eram morais: doíam por dentro. Mas aquela criatura se apresentava machucada, sem forças, a carregar sobre os ombros um madeiro bruto e pesado. Seus passos eram vagarosos, como  num compasso desinfonia fúnebre.

 Arcado, a túnica que vestia se arrastava pelo chão, embaraçando-lhe os pés, dificultando-lhe, ainda mais, o caminhar.

O cireneu estava extático.

O homem estava sendo conduzido para o terrível suplício da cruz.

Era, sim, muito mais infeliz que ele próprio.

Nisto, a voz áspera de um dos soldados lhe ordenou auxiliar o condenado que caíra.

Não que o soldado se condoesse da sua dificuldade.

É que tinha pressa de se desvencilhar daquela tarefa.

O homem foi praticamente jogado para debaixo daquela madeira bruta, cheia de farpas.

Colocou o ombro ao lado do condenado e suspendeu o peso.

Sentiu uma dor profunda nos ombros e o olhar do auxiliado o penetrou.

Eram dois olhos de luz estampados numa face de sofrimento.

Jamais o cireneu haveria de esquecer aquele olhar.

A dor do ombro aumentava.

Logo adiante, o prisioneiro voltou a tropeçar e cair e as chicotadas da brutalidade o fizeram levantar-se.

Um pouco mais de tempo e o cireneu livrou-se do peso.

Agora o madeiro se transformara na cruz erguida para crucificar o condenado.

Aquele homem de cirene, conhecido como cireneu, aguardou que a morte do crucificado se consumasse.

Algo nele o atraía, magnetizava-o.

Quando tudo terminou foi para casa e, porque chegou de mãos vazias, a esposa o repreendeu.

Ele não revidou.

Uma paz diferente tomava conta dele.

A filha veio correndo e o abraçou:

 

Estou boa, papai!

O homem recordou aqueles dois olhos azuis que agradeceram seu auxílio, sem nada dizer.

Um perfume sem igual penetrou o lar pobre.

A mulher se enterneceu.

Uma delicada e sutil presença podia ser sentida pelos três.

A vida do cireneu se transformou.

Apesar das lutas e dissabores, nunca mais o fantasma do desespero fez morada em sua casa.

Curioso, no dia seguinte, foi perguntar a respeito da identidade do condenado.

Descobriu que ele se chamava

Jesus de Nazaré.                                                                       

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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