sábado, 1 de abril de 2023

Domingo 02-04-2023

 

Domingo, 02 de abril de 2023

 

“Não olhe onde você caiu, mas onde você escorregou!”

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Mt 26,14-27,66

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus

— Glória a vós, Senhor!

 

 

NARRAÇÃO DA PAIXÃO

 

Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus

 

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:

 

Ass.: “Tu és o rei dos judeus?”

 

Narrador 1: Jesus declarou:

 

Pres.: “É como dizes”.

 

Narrador 1: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou:

 

Leitor 1: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”

 

Narrador 1: 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:

 

Ass.: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”

 

Narrador 2: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:

 

Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.

 

Narrador 2: 20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar:

 

Ass.: “Qual dos dois quereis que eu solte?”

 

Narrador 2: Eles gritaram:

 

Ass.: “Barrabás”.

 

Narrador 2: 22Pilatos perguntou:

 

Leitor 2: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?

 

Narrador 2: Todos gritaram:

 

Ass.: “Seja crucificado!”

 

Narrador 2: 23Pilatos falou:

 

Leitor 1: “Mas, que mal ele fez?”

 

Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:

 

Ass.: “Seja crucificado!”

 

Narrador 1: 24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:

 

Leitor 2: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”

 

Narrador 1: 25O povo todo respondeu:

 

Ass.: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.

 

Narrador 1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:

 

Ass.: “Salve, rei dos judeus!”

 

Narrador 2: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.

 

Narrador 1: 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:

 

Ass.: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.

 

Narrador 1: 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

 

Ass.: 40”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”

 

Narrador 2: 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:

 

Ass.:42”A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.

 

Narrador 1: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

 

Pres.: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”

 

Narrador 1: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

 

Ass.: “Ele está chamando Elias!”

 

Narrador 1: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:

 

Ass.: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”

 

Narrador 1: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.

 

Todos se ajoelham e ficam em silêncio

 

Narrador 2: 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

 

Ass.: “Ele era mesmo Filho de Deus!”

 

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

M. Asun Gutiérrez,

 

Começa a Semana  Santa, a semana da dor e do amor da morte e da vida. A primeira semana do novo mundo.

Jesus caminha decidido para a sua Páscoa, para a Páscoa completa, que é morte e ressurreição.

Como é possível conhecer Jesus de bem perto e vendê-l’O?  Essa atitude totalmente  incompreenssível, é única e exclusiva de Judas?

Os evangelhos sublinham a responsabilidade histórica de Judas, não a sua “culpa jurídica”, menos ainda a sua “condenação eterna”.

O grão de trigo está a cair na terra e vai morrer.

O fermento está a esconder-se na massa.

Para isso veio, para que todos possam comer, para que toda a massa se faça pão.

É uma ceia de despedida, a última das frequentes refeições que Jesus celebrou (Mc 2, 19; Lc 13,28-29; 14, 15-24), figura e anúncio do alegre banquete que nos há-de reunir a todos no reino de Deus.

Pedro demonstra demasiada segurança em si mesmo:  ainda que todos, eu não; eu sou melhor, a minha fé é mais forte…  como vou duvidar da minha fé?

Seguiremos com  Jesus mais além do entusiasmo inicial, quando os problemas se apresentarem e não sejamos de compreender Deus?

Jesus sempre, e mais ainda nas situações difíceis, refugia-se na oração.

Impressiona a solidão de Jesus. Em vão volta a procurar consolo nos seus amigos.

Jesus sabe assumir o inevitável com liberdade interior, pois crê profundamente

que em todo o momento, inclusive no mais duro, está nos braços amorosos  do Pai.

Jesus não vem pregar verdades gerais, religiosas ou morais, mas proclamar a chegada do Reino, a Boa Notícia do Evangelho.

É plenamente rejeitado: é escândalo para os dirigentes religiosos, perigo para o poder político, decepção para a maior parte do povo e desconcerto para os discípulos.

Jesus podia ter dado respostas eloquentes  e convincentes, podia ter pronunciado um grande discurso, podia ter posto em ridículo os seus acusadores.

A sua opção não é o triunfalismo.

Não pronuncia uma palavra contra ninguém.  O silêncio de Jesus é

Chave para entender o aparente silêncio de Deus.

O duplo julgamento, político e religioso, que Jesus padeceu foi a expressão da injustiça. Matavam-n’O  simplesmente porque punha em risco a credibilidade do sistema religioso, político e econômico. Não organizando revoltas populares, mas apresentando um projeto de vida alternativo onde as pessoas valiam por si mesmas e todas tinham os mesmos direitos.

Jesus dá-nos a sua própria tarefa: fazer valer  o direito das pessoas excluídas e pobres. Baixar da cruz as pessoas crucificadas.

Pedro entra em pânico quando o descobrem. Pronuncia as palavras mais tristes que pode dizer quem segue Jesus:  “não conheço esse homem”.

Podemos identificar-nos com Pedro.  Julgava-se com forças e falha.  Ao chorar amargamente começa a conhecer-se a si mesmo, a fundamentar-se mais na fidelidade e no amor de Jesus que na sua própria segurança. Jesus perdoa sempre, confia e dá uma nova oportunidade.

Nós, os crentes, afirmamos que a história de Judas e de Pedro – traidores , a dos discípulos – covardes , a de todos nós  (julgamo-nos melhores que eles?) - está nas mãos de Deus e Deus  a vai  fazendo, apesar de tudo, história de salvação.

Jesus crucificado leva-nos a esperar que também para os que crucificam, a última palavra será o perdão. “Pai, perdoa-lhes... (Lc23,34).

E, ao final de tudo, tão pouco existirá a separação que hoje se dá – e se deve dar - entre os que são crucificados e os que crucificam.

Esperamos que Deus encaminhará tudo para o seu Reino ainda que não saibamos quando nem como, mas que conta conosco para o alcançar.

Jesus apresenta-se sempre como alternativa de alguém ou de algo.

Quando não se tem o valor de optar só por Ele, fazendo calar outros ruídos, outros interesses, atua-se da mesma maneira que a multidão e Pilatos.  Abandonamo-l’O. Condenamo-l'O.

É fácil manipular a multidão.  Num momento pode gritar “hosana”, e noutro momento “crucifica-O”...

Será que é a minha postura? Quando me convém, aclamo e acolho Jesus, quando não me convém, rejeito-O...?

Jesus foi polêmico contra as normas de pureza,  perante toda a espécie de doutrinas e normas (Mc 7,1-23). Foi polêmico frente ao mais sagrado do sistema religioso: o templo.  Detivieram Jesus, julgaram-n’O, condenaram-n’O e O executaram pela sua vida, os seus ensinamentos e a sua conduta.

O seu exemplo nos convida  a termos uma maior coerência do Evangelho na nossa vida. A escolhê-l’O  a  Ele e não a Barrabás;a sermos pessoas solidárias como Simão, valentes e obstinadas como as mulheres de Jerusalém.

É um grito de verdadeira angústia, mas ao mesmo tempo expressa o desejo  de se agarrar a Deus contra toda a esperança, de reivindicar a Deus como meu Deus, ainda que, às vezes, O sinta ausente.  Dor e esperança.

Comunhão com os sofrimentos humanos e esperança no Deus da vida.

O “abandonado” abandona-se nas mãos do Pai.

 “Jesus padece o inferno da ausência de Deus, para que assim não haja inferno

para mais ninguém”  (Von Balthasar).

 “A morte de Jesus na cruz é a consequência duma vida no serviço radical à justiça e ao amor;  é seqüela da sua opção pelos pobres e os deserdados; da opção pelo seu povo, que sofria exploração e extorsão.   Neste mundo, toda a opção em favor da justiça e do amor é arriscar a vida”.   (E. Schillebeeckx)

Para José de Arimatéia é tempo de falar, de pedir, de arriscar. Para as mulheres tempo de permanecer quietas como testemunhos silenciosos do crucificado. Breve chegará para elas o tempo de tomar a palavra e de ser as primeiras a anunciar a Ressurreição.

Jesus falava de Reino-Reinado e essa palavra provocava medo e punha alerta as autoridades. Quanto mais poder, mais medo.

Jesus torna-nos capazes de permanecermos junto aos túmulos do nosso mundo, para os abrir e anunciar que a morte não tem a última palavra. Anunciar que estamos destinados, não à cruz, mas à vida. Não ao sofrimento, mas à alegria perfeita.  O definitivo não são as “semanas santas” que vivenciamos, mas a Páscoa, a Ressurreição, a Vida.

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Da pequena abertura da sua cela ele contempla aquele monte chamado caveira, imagina a sua morte. Triste, vê os soldados romanos a postos diante dos madeiros onde seriam executados os culpados.

Ele tenta em vão explicação pelo o seu crime. Como será? Pensa ele. Com quem dividirei aquele madeiro? Sua consciência o condena. Ele havia assassinado um homem.

Baixinho ele murmura: Sou merecedor desta morte, breve estarei morto!

Agora o silêncio daquela cela é quebrado com gritos de crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o, que soavam de lá de fora do pátio. Aquele homem não sabe o que está passando lá fora. Os gritos continuam, muita agitação... Até que de repente um dos soldados lhe diz: Venha o governador Pilatos lhe chama. Lucas 23:24-25.

Enquanto caminhava até o pátio, de onde vinha toda a gritaria, ele pensa: Enfim chegou a minha hora.

Ao chegar no pátio os gritos se intensificam mais ainda. Ele observa a sua frente aquele homem o qual também seria condenado. Algo extraordinário acontece. O povo também gritava o seu nome. Foi neste exato momento que ele percebeu que aquele homem à sua frente morreria em seu lugar, sem entender o motivo da troca, pois era plano de Deus.

Agora livre, ele caminha para a liberdade e enquanto desce as escadarias, contempla aquele que irá pagar com sangue toda sua dívida.

Amados, nós não sabemos o destino de Barrabás, nem tão pouco a Bíblia relata qual foi seu destino. Especulam-se, os historiadores, que alguns manuscritos apócrifos revelam que, o filho de Rabás, conhecido como Barrabás se converteu ao cristianismo e seguiu contando sua história de que houve alguém que morreu em seu lugar. (são especulações).

Que esta ilustração possa fazer um despertar em nossas vidas, pois todos nós temos um pouco de Barrabás, não no sentido do seu crime, mas na liberdade, no perdão daquela pena (morte), por alguém ter morrido pelos nossos pecados, nos livrando da morte eterna.

 

Às vezes, quando parece que estamos perdidos, alguém chamado Jesus, aparece e paga toda nossa dívida, nos livrando da tal pena.

Mas, não basta só acreditar e reconhecer a sua morte pela humanidade, pois este sacrifício só é válido em sua vida se você, aceitá-lo, segui-lo e obedecê-lo.

Sendo assim estamos imune de toda a injustiça e condenação eterna.

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 6:23.

Que Deus mantenha sobre nós sua infinita misericórdia. Amém!!                                                                     

 

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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