Quinta-feira, 27 de abril de 2023
''Às
vezes pensamos que Deus não escuta nossas perguntas, mas na verdade somos nós
que não ouvimos as suas respostas.''
EVANGELHO DE HOJE
Jo
6,44-51
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Disse
Jesus à multidão: "Ninguém pode vir ter comigo, se o Pai, que me enviou, o
não trouxer. E eu lhe darei a vida eterna. Está escrito nos livros dos
Profetas: Todos hão-de ser ensinados por Deus. Por isso, todo aquele que ouvir
o Pai e compreender o seu ensinamento vem ter comigo. Isto não quer dizer que
já alguém tenha visto o Pai. Só aquele que veio de Deus é que viu o Pai.
Reparem bem no que vos digo: aquele que acredita em mim tem a vida eterna. Eu
sou o pão que dá vida. Os vossos antepassados comeram o maná no deserto, e
morreram, mas aqui está o pão que desceu do céu; quem o comer não morre. Eu sou
esse pão vivo que veio do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. E o pão
que eu dou é o meu próprio corpo, oferecido para que tenham vida."
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz (In Memorian)
Eu sou o pão vivo
descido do céu.
Neste Evangelho Jesus
nos ensina duas importantes verdades: 1) A origem da fé nele, que brota de uma
graça de Deus Pai. 2) Jesus é o pão vivo que dá vida ao que dele come.
“Quem crê possui a vida eterna.” Cristo fala
no presente: o que responde à atração do Pai, o que crê, já tem a vida eterna.
Esta começa aqui e agora: o eterno entrou no tempo. É a escatologia realizada.
Mas esse dom da fé está condicionado a uma atitude responsável: escutar Deus.
“Todo aquele que escuta o Pai e por ele foi instruído, vem a mim”. E a nossa
salvação é completada no futuro: “Eu o ressuscitarei no último dia”.
“Eu sou o pão vivo descido do céu.” Com a
expressão “eu sou” (Javé em hebraico), Jesus se auto define como o pão que dá a
vida eterna ao que dele se alimentar. Essa é a diferença do maná do deserto,
que além de ser perecível, quem dele comia depois morria.
Há uma íntima relação
entre a Eucaristia e a Morte e Ressurreição de Jesus. São os seus dois grandes
gestos de amor a nós. Por isso que ele instituiu a Eucaristia um dia antes de
sua morte, e ao instituí-la disse: “Isto é o meu corpo que será entregue por
vós”, e também: “Isto é o meu sangue que será derramado por vós e por todos”.
A Eucaristia atualiza para
nós a redenção. Cada vez que a celebramos, nós nos envolvemos mais no mistério
pascal, participando da ressurreição de Jesus, que passou pela cruz.
A celebração
eucarística, além de banquete, isto é, de alimento dos cristãos, e de encontro
semanal da Comunidade, tem também esta dimensão: Ela torna presente, em termos
de tempo e de lugar, o gesto redentor de Jesus, com todos os seus efeitos. Por
isso que a chamamos memorial da redenção. Memorial é mais que memória ou
recordação. É vivência hoje, revitalização daquilo que aconteceu no passado.
Quando celebramos a Eucaristia, a Morte e Ressurreição de Jesus acontece
misteriosamente ali, com todos os seus efeitos salvadores. A Assembléia
eucarística torna-se ao mesmo tempo beneficiária e agente da redenção. A Igreja
bebe toda a sua força de amar, e todo o seu dinamismo nesta fonte inesgotável q
é a Eucaristia.
Trazendo para o aqui e
agora o mistério redentor, a Eucaristia envolve a Assembléia participante,
tornando-a Corpo Místico de Cristo e torna cada cristão “outro Cristo” no
mundo. É assim que o sacrifício de Cristo se torna sempre vivo e atuante em
todos os cantos da terra. Ao recebermos a Eucaristia, nós nos tornamos
eucaristia para o mundo
Certa vez, uma jovem mãe
estava com o seu bebê no portão da sua casa. Passou uma senhora, parou e disse:
“Como é bonita esta criança!” A mãe falou: “Espere um pouquinho, eu vou lá
dentro buscar a fotografia dela para a senhora ver que é mais bonita ainda!”
Na verdade, o que aquela
jovem mãe fez foi uma coisa ridícula, porque hoje em dia os fotógrafos podem
falsificar fotografias, “melhorando” as pessoas. Mas há algo parecido com a
nossa redenção. Ela foi além e tornou o original, isto é, o homem criado por
Deus, melhor e mais bonito ainda. Foi por isso que cantamos no sábado santo,
referindo-nos ao pecado original: “Ó culpa tão feliz que há merecido a graça de
um tão grande Redentor”
Quando Maria Santíssima
ouvia, ao participar da santa Missa, estas palavras do seu Filho: “Tomai todos
e comei: Isto é o meu corpo que será entregue por vós. Tomai todos e bebei...”
certamente ela pensava: Este corpo foi gerado no meu útero. E quando ela
comungava, era quase que uma nova encarnação. Aquele coração que batia em seu
ventre, volta agora ao seu ventre, para sustentá-la na caminhada. Claro que
Maria se lembrava também dos maus tratos que Jesus recebeu e continuava a
receber dos homens, e voltava a sentir a espada que, no Calvário, transpassou o
seu coração. Por isso lhe pedimos: “Ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores!”
Eu sou o pão vivo
descido do céu.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Contei meus anos e
descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até
agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As
primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o
caroço.
Já não tenho tempo para
lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos
inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para
projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem
prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para
eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para
reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e
regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os
ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde
"tiramos fatos a limpo". Detesto fazer acareação de desafetos que
brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de
Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os
rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver
ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se
encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua
mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar
ao lado de Deus.
Caminhar perto de coisas
e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca
será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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