Terça-feira, 12 de dezembro de 2023
“Que
neste Natal, eu esqueça as tristezas do ano que termina, e faça uma prece de
alegria.”
EVANGELHO DE HOJE
Lc
1,39-47
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Naqueles
dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma
cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel
ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel
ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu
entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do
meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos,
o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que
lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”. Maria então disse: “A minha
alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Maria é modelo a ser
seguido e idealizado por todo cristão por inúmeros motivos, mas hoje de modo
especial divago sobre a presença de Jesus. Como assim?
Maria ao se apresentar a
Isabel para ajudá-la no final de sua gestação é recebida com uma ação do
Espírito Santo que rompe as barreiras do entendimento humano fazendo com que a
criança em seu ventre a reconhecesse como aquela que portava a graça. Maria
refletia a própria presença de Jesus.
Quantas vezes nos
sentimos atraídos pela presença de Jesus em um irmão. Como era legal e atrativo
participar das missas do padre Orozimbo na Igreja N. Sra. da Guia e nem vou
falar das celebrações repletas de sentimento presididas pelo nosso arcebispo?
Como transmite tranquilidade e paz as músicas do Walmir Alencar? Quem conseguia
sair desanimado ou desesperançoso após uma palestra do padre Léo? Não
conseguimos fazer diferente do pequeno bebê João Batista no ventre de sua mãe.
Vibramos, pulamos, (…).
Um dia fui fazer um
curso fora do estado e me hospedei na casa do meu padrinho de crisma (que é meu
tio). Ao ver-me ele disse que: “meu filho, olho pra você e vejo um padre! Você
transmite paz!”. Deus bem sabe também quantos maus exemplos eu já dei também,
mas em suma, se após longos anos de caminhada, você ainda não transmite paz(…)
Seja diferenciado, as
pessoas reconhecerão isso logo de cara.
289. Com os olhos postos
em seus filhos e em suas necessidades, como em Caná da Galiléia, Maria ajuda a
manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que
devem distinguir os discípulos de seu Filho.(…) (Documento de Aparecida)
Mauricio de Souza, um
renomado desenhista e cartunista, criou a turma da Mônica cuja estrela é a
própria Mônica. Ela é gentil, educada, prestimosa, (…) mas brigueeeeeeennta e
geniosa! Às vezes a vida e as nossas opções não oportunizaram que fossemos
cultos, com muito estudo, faculdades (…) “sobrando” (ao nossos olhos) pra nós a
função de Cebolinha, ou seja, de pouco destaque, coadjuvante e muitas vezes nos
surpreendemos invejando aqueles que tem o perfil da Mônica, o centro, o foco…
Irmãos lembremos de uma
coisa: sem desdenhar dos “Mônicas”, pois são importantes e já tem suas próprias
batalhas por se colocar à frente, mas Deus usou um Cebolinha bem gago para
tirar seu povo do deserto. Conta-se, não sei se é fato ou lenda da internet,
que Moisés era tão gago que seu irmão falava por ele às vezes. Moisés (nosso
cebolinha) pela fé abriu o mar, tirou água da pedra, recebeu as tábuas da lei
(…) e não buscou glórias pra si, prova é que nem se sentiu digno de adentrar a
terra tão esperada e prometida.
Maria foi uma
coadjuvante importante (cebolinha) na história de Jesus. A humildade é sua
marca. Ela foi o perfeito sacrário. Em seu ventre habitou e cresceu o Rei dos
Reis (quer mais?) e como D. Milton diz: a pessoa em que o Espírito Santo mais
operou.
Se você é chamado a ser
Mônica ou Cebolinha, Pedro ou Paulo, Moisés ou Davi (…) não importa. O que
realmente importa é que você, eu, nós transmitamos a presença de Jesus e em seu
serviço diário (trabalho, casa, igreja, …) seja pela fala, olhar ou gestos…
Um imenso abraço
fraterno e que Maria, hoje de Guadalupe, nos abençoe.
MOMENTO DE
REFLEXÃO
“Não é fácil encontrar a
felicidade em nós mesmos e é impossível encontrá-la em outro lugar.” (Agnes
Repplier).
Uma casa nova, uma
piscina nos fundos, dois belos carros na garagem e meu primeiro filho a
caminho.
Faltavam apenas alguns
dias para eu dar à luz o meu primeiro filho quando uma conversa com meu marido
abalou o mundo em que eu vivia.
- Eu quero estar
presente para o bebê, mas acho que não te amo mais - ele falou.
Eu não conseguia
acreditar no que estava ouvindo! Ele se afastara de mim durante a gravidez, mas
eu relacionara isso ao seu medo e preocupação em se tornar pai.
Enquanto eu o sondava em
busca de explicações, ele me contou que tivera um caso cinco anos antes e desde
então não sentia a mesma coisa por mim. Pensando apenas no meu bebê e querendo
salvar meu casamento, disse-lhe que podia perdoá-lo e que queria consertar as
coisas entre nós.
Aquela última semana
antes do nascimento de meu filho foi um passeio emocional numa montanha-russa.
Estava tão animada com o bebê, com tanto medo de estar perdendo meu marido e
sentindo-me tão culpada, às vezes, pois achava que era culpa do bebê isso tudo
estar acontecendo.
John nasceu numa
sexta-feira de julho. Era tão lindo e inocente. Não fazia ideia do que estava
acontecendo no mundo de sua mãe. Estava com quatro semanas quando descobri o
verdadeiro motivo do afastamento de seu pai. Não apenas ele tivera um caso
cinco anos antes, mas começara a ter um caso durante minha gravidez, e
continuava a ter.
Então, quando ele estava
com cinco semanas, John e eu abandonamos a casa nova, a piscina e todos os meus
sonhos desfeitos para trás. Mudamos para um apartamento do outro lado da
cidade.
Não sabia que existia
depressão tão profunda quanto a que eu entrei. Nunca havia experimentado nada
igual à solidão de passar uma hora depois da outra sozinha com uma criança
recém-nascida.
Alguns dias aquela
responsabilidade toda me esmagava e eu tremia de medo. A família e os amigos
estavam lá para ajudar, mas, ainda assim, havia muitas horas cheias de
pensamentos a respeito de sonhos desfeitos e desespero.
Eu chorava com
frequência, mas me assegurei de que John nunca me visse chorando. Estava
determinada a não deixar que isso o afetasse. De algum lugar dentro de mim eu
sempre encontrava um sorriso para ele.
Os primeiros três meses
da vida de John passaram num borrão de lágrimas. Voltei ao trabalho e tentei
esconder de todo mundo o que estava acontecendo. Tinha vergonha, ainda que não
soubesse por quê.
Cheguei ao fundo do poço
num domingo de manhã, quando John estava com quatro meses. Acabara de ter outra
discussão emocional com meu marido e ele saíra como um furacão do meu
apartamento. John estava dormindo em seu berço e me peguei sentada no chão do
banheiro, encolhida como uma bola, balançando para frente e para trás. Ouvi-me
dizendo em voz alta: "Eu não quero mais viver." Depois de dizer isso,
o silêncio foi arrebatador.
Acredito que Deus esteve
comigo naquele dia. Após dizer aquilo, fiquei sentada em silêncio, deixando as
lágrimas correrem pelo meu rosto. Não sei quanto tempo se passou, mas de algum
lugar de dentro de mim surgiu uma força que eu não havia sentido antes. Decidi
naquele momento tomar o controle da minha vida. Não iria mais dar ao meu marido
o poder de afetar minha vida de uma forma tão negativa.
Percebi que, ao prestar
tanta atenção em suas fraquezas, estava permitindo que aquelas fraquezas
arruinassem a minha vida.
Naquele mesmo dia,
arrumei uma mala para mim e John e fui passar o fim de semana na casa do meu
irmão. Era a primeira viagem que fazia sozinha com John e me senti tão forte e
independente! Lembro-me de que durante a viagem de duas horas eu ri, conversei
e cantei para John por todo o caminho.
Foi durante esta viagem
que percebi como meu filho fora meu “salvador” durante todos aqueles meses.
Saber que ele estava lá todos os dias e que precisava de mim me mantivera viva
e me dera uma razão para me levantar todas as manhãs.
Que bênção ele era na
minha vida!
Daquele dia em diante,
decidi concentrar-me na confiança e na força que me fizeram levantar do chão do
banheiro. Ter mudado minha atenção para pensamentos tão positivos transformou a
minha vida. Senti vontade de rir novamente e de estar na companhia dos outros
pela primeira vez em meses. Iniciei o processo de descobrir o indivíduo que
mantive escondido dentro de mim durante tanto tempo - um processo que ainda
estou apreciando.
Comecei a fazer terapia
logo depois de John e eu termos nos mudado da casa, e continuei com ela durante
vários meses depois do dia em que cheguei ao fundo do poço.
Quando não senti mais
necessidade de ter seu apoio e aconselhamento, lembrei-me da última pergunta
que minha terapeuta me fez antes que eu saísse de seu consultório naquele dia:
- O que você aprendeu? -
ela perguntou. Não hesitei em responder:
- Aprendi que minha
felicidade tem que vir de dentro.
É esta lição de que me
lembro todos os dias e que desejo partilhar com os outros. Cometi o erro, na
minha vida, de basear minha identidade em meu casamento e em todas as coisas
materiais que cercavam a relação.
Aprendi que sou
responsável por minha própria vida e felicidade. Quando centralizo minha vida
em outra pessoa e tento construir minha vida e minha felicidade em volta
daquela pessoa, não estou vivendo de verdade. Para viver de verdade preciso
deixar que o espírito dentro de mim seja livre e regozije-se em sua
singularidade.
É neste estado de ser
que o amor de outra pessoa se torna uma alegria e não algo que temos medo de
perder.
Que o seu espírito seja
livre e voe alto!
(Laourie
Waldron)
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
Faça seu cadastro informando seu e-mail para receber um
DIÁRIO como este.
Para comentários, sugestões ou cadastro de um amigo:
Visite nosso blog, você vai gostar
https://florescersempre2017.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário