Segunda-feira
17/03/2025
“Uma
pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete
nela....” (Rubem Alves)
EVANGELHO DE HOJE
Lc 6,36-38
— O
Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o
vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis
e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado.
Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo;
porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis
medidos”.
Palavra
da Salvação
Glória
a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR
Perdoai e sereis perdoados.
Neste Evangelho, Jesus nos pede para sermos misericordiosos. E explica o
que isso significa: Não julgar ninguém, não condenar ninguém, perdoar a todos
que nos ofendem e partilhar os nossos bens com os que precisam.
O exemplo ou modelo que ele nos apresenta é o próprio Deus Pai, que nos
perdoa, nos ajuda e é misericordioso conosco.
Misericórdia é a compaixão suscitada pela miséria alheia. Vem do latim:
“mittere + cor” = Jogar o coração. Misericórdia é mais que simples sentimento
de compaixão. É a compaixão levada à ação; é fazer alguma coisa para ajudar a
pessoa da qual sentimos compaixão.
A pessoa misericordiosa “tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Sempre
descobre o lado bom das pessoas. Afinal, todos nós, mesmo os maiores criminosos,
no fundo, somos bons, pois fomos criados por Deus e ele só faz coisas boas.
No catecismo, as crianças decoram as catorze obras de misericórdia, sete
corporais e sete espirituais. As corporais são: dar de comer a quem tem fome,
dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar abrigo aos peregrinos, visitar
os doentes e encarcerados, libertar os escravizados e sepultar os mortos. Elas
seguem, quase literalmente, Mt 25,31-46, onde Jesus nos diz o que vai cobrar de
nós no Juízo Final. Portanto, se trata de coisa séria, pois está em jogo a
nossa salvação.
As espirituais são: dar bom conselho, ensinar os que não sabem, corrigir
os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar as fraquezas do
próximo e orar pelos vivos e falecidos.
A pessoa misericordiosa tem um amor compreensivo. É muito comum essas
pessoas usarem a expressão: “Coitado!”
“Perdoai e sereis perdoados.” É o
que rezamos no Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido”. Todos nós somos pecadores e temos dívidas
com Deus. Só entraremos no céu se ele nos perdoar. Acontece que o perdão de
Deus a nós é do tamanho do nosso perdão aos nossos irmãos.
O perdão faz feliz não só quem é perdoado, mas também quem perdoa.
Quanto mais reconhecemos que somos pecadores, mais sentimos a necessidade de
perdoar os outros, a fim de sermos também perdoados por Deus. Temos dois
caminhos: ou abrimos o nosso coração à generosidade e à misericórdia, ou nos
fechamos na nossa própria mesquinhez e intransigência.
“Dai e vos será dado. Uma medida
calcada, sacudida e transbordante será colocada no vosso colo.” Jesus usa como
comparação a medida de grãos, usada nos armazéns antigos. Por exemplo, se uma
pessoa queria comprar cinco litros de feijão, o balconista enchia a vasilha de
cinco litros, depois sacudia (abaixava um pouco), socava (abaixava mais), em
seguida punha mais feijão até derramar. Isso é generosidade! É assim que Deus
faz para recompensar as nossas obras de misericórdia.
Jesus, quando estava na cruz, deu-nos um belo exemplo de amor
misericordioso, quando rezou: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!”
Também quando disse ao bom ladrão: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso”. Que
exemplo para nós!
Não temos outra opção: ou aceitamos os outros com as suas limitações
humanas, ou nos fechamos na nossa pequenez e egoísmo. Está aí uma grande
oportunidade de conversão nesta quaresma.
E não vale o “perdoo mas não esqueço”, porque seria perdão pela metade.
Se a fraqueza cometida por nosso irmão chegar à nossa memória, que seja
rebatida com a virtude da misericórdia.
Sobre a Campanha da Fraternidade – economia e vida – lembramos que justiça
não é “dar a cada um o que lhe pertence” ou “pagar pelo trabalho que fez”, mas
é dar a cada um o necessário para viver dignamente. Que os bens que vêm de Deus
sejam distribuídos para todos os seus filhos e filhas, sem excluir ninguém.
Economia significa, literalmente, administração da casa. Que esta grande casa
de Deus, o planeta terra, seja bem administrado, colocando a vida em primeiro
lugar. Há cidades que estão usando, em vez do conhecido saquinho de
supermercado, sacolas de papel, que são biodegradáveis e não poluem a natureza.
Que a economia esteja a serviço da vida, não o contrário, a vida a serviço da
economia.
Havia, certa vez, um operário de construção que todos os dias comia a
mesma coisa: sanduíche de queijo. Os outros operários esperavam com alegria o
toque da sirene para o almoço, quando se dirigiam ao galpão, onde haviam
guardado suas refeições. Uns esquentavam, outros não. Quase sempre feijão,
arroz e um pedaço de carne. Todos comiam com visível prazer. Mas aquele
trabalhador comia seu sanduíche de queijo reclamando. Todos os dias ele dizia:
“Detesto sanduíche de queijo”. Comia silenciosamente e no final amassava o
papel, jogava-o no lixo e repetia a ladainha: “Detesto sanduíche de queijo”.
Um dia, um dos colegas sugeriu: “Por que você não pede a sua esposa que
faça um sanduíche diferente?” Ele respondeu: “Quem disse que é a minha esposa
quem prepara o sanduíche? Sou eu mesmo que o preparo”.
Já pensou? Cada um colhe aquilo que planta; cada um come o sanduíche que
preparou. À semelhança desse caso, muitas vezes as nossas desavenças nascem de
nós mesmos. Somos nós que fazemos uma imagem do outro, que não corresponde à
realidade. Depois começamos a nos desentender com o próximo, baseados numa
imagem dele que nós mesmos criamos.
Maria Santíssima, no Magnificat, cantou a misericórdia de Deus: “A sua
misericórdia de estende de geração em geração”. “Salve Rainha, Mãe de
misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!”
Perdoai e sereis perdoados.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Uma
vez li alguma coisa a respeito de uma garota que pedia para a sua avó a solução
de um problema grave. A avó disse: "suba, arrume suas gavetas e após fazer
isso você terá a solução".
Experimentei
perguntar para as pessoas mais velhas se realmente existe uma conexão e
perguntei certa vez para a minha avó o que tinha a ver a gaveta com os
problemas e ela muito sabiamente me falou que a gaveta desarrumada é o espelho
da vida, então toda vez que você está com alguma coisa bagunçada, alguma área
de sua vida manifesta bagunça. Toda vez que você está com alguma coisa
desorganizada, essa desorganização se reflete na sua vida.
Lembre:
você é um reflexo de Deus, um reflexo do universo. Você tem um mundo dentro de
si. Sua casa é um reflexo de seus estados emocionais. Se você tem dentro de si
reflexo do mundo, quando está desorganizado interiormente, manifesta isto
exteriormente.
Quando
essa manifestação exterior veio antes, você pode reorganizar o seu mundo
interno mostrando simbolicamente que está arrumando externamente.
O
universo funciona assim: o que está dentro está fora. O que está em cima está
embaixo. O que está de um lado está de outro. Então se você lembrar sempre que
pode influenciar o interior com o exterior e vice-versa, você tem a chave para
a organização total.
No
momento em que você limpa a sua gaveta e joga fora aquilo que não presta, está
reprogramando simbolicamente o seu interior. É uma das melhores chaves para
conseguir serenidade e respostas para problemas muito difíceis. Aproveite este
começo de ano, e arrume suas gavetas. Com certeza vai ajudar você a encontrar
solução para muitos de seus problemas.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ!
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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