Sábado, 11 de fevereiro de 2023
"Só
há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas
escolas. A capacidade de suportar."
EVANGELHO DE HOJE
Mc
8,1-10
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos
—
Glória a vós, Senhor!
Naqueles
dias, havendo uma grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou a si
os seus discípulos, e disse-lhes:
Tenho
compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm o que
comer.
E,
se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque
alguns deles vieram de longe.
E
os seus discípulos responderam-lhe: De onde poderá alguém satisfazê-los de pão
aqui no deserto?
E
perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete.
E
ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo
dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem
diante deles, e puseram-nos diante da multidão.
Tinham
também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem
diante.
E
comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos.
E
os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.
E,
entrando logo no barco, com os seus discípulos, foi para as partes de
Dalmanuta.
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
Comeram e ficaram
satisfeitos.
Este Evangelho narra a
cena da multiplicação dos pães. “Jesus chamou os discípulos e disse: “Tenho
compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm
nada para comer”. Deus é amor, e Jesus “é a imagem de Deus invisível” (Cl
1,15). Esse amor, diante do faminto se transforma em compaixão, uma compaixão
ativa e não apenas sentimental. Como Deus tem poder infinito, ele resolve o
problema, mesmo que os famintos sejam quatro mil pessoas.
Este banquete da
multiplicação dos pães nos recorda o maná, com o qual Deus alimentou o seu povo
no deserto (Cr Ex 16), e também é figura da Eucaristia, o pão vindo do céu que
dá vida ao mundo.
Na multiplicação dos
pães, antevemos Jesus, o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Hoje, como
outrora, esse Bom Pastor continua nos socorrendo, material ou espiritualmente,
com seu amor infinito.
A crise de amor, pela
qual o mundo passa tem muito a ver com a crise de fé, porque a fé cristã é
acreditar em Deus que é o Amor. “Todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a
Deus” (1Jo 4,7). “Quem exclui Deus de seu horizonte, falsifica o conceito de
realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas
destrutivas” (DA 44).
“Os discípulos disseram: Como poderia alguém
saciá-los de pão aqui neste deserto?” Para o homem sozinho é impossível, mas
com Deus é possível. A cena nos ensina a nunca perder a esperança, mas
apresentar a Deus o pouco que temos. O número sete é simbólico, significa que
não tinham pão suficiente.
“Jesus mandou que a multidão se sentasse.”
Para que todos tenham o que comer, é necessário a organização. Povo unido
jamais será vencido. Já o povo desorganizado chama-se massa, e a massa é fácil
de ser manipulada. O povo organizado torna-se força. A mídia impede que o povo
se organize; ela quer fazer do povo uma massa consumista.
Se nos organizarmos, com
fé, esperança e caridade, cada um repartindo o pouquinho que pode oferecer, com
certeza ninguém passará fome. Todos ficarão saciados e ainda sobrará alimento.
As Comunidades cristãs
são o meio que Jesus deixou para que isso aconteça.
Jesus “pegou os sete
pães e deu graças.” Rezou segurando os pães. A nossa oração deve ser concreta,
pedindo ou agradecendo coisas com dia, hora e o quê. Nós com Deus, maioria
absoluta! Veja que Jesus não rezou de mãos vazias! Quando nós fazemos a nossa
parte, damos o pouco que temos, Deus entra e maravilhas acontecem.
Junto com Jesus, ninguém
passa fome. “Oh! Todos que estais com sede, vinde buscar água! Quem não tem
dinheiro venha também! Comprar para comer, vinho e mel sem pagar!” (Is 55,1).
“Subindo logo na barca com seus discípulos,
Jesus foi para a região de Dalmanuta.” Foi para um lugar onde ninguém o
conhecia e não sabia dos seus milagres. Jesus era humilde, e não queria chamar
a atenção sobre si mesmo, e sim para Deus Pai e para o Reino de Deus.
Havia, certa vez, um
senhor, que já era rico, mas era muito ambicioso e avarento. Ele só pensava em
bens materiais, procurando ficar ainda mais e mais rico.
Um dia, um gênio
apareceu para ele e disse: “Vou atender ao seu desejo. Amanhã cedo nós iremos
para tal lugar e você vai sair caminhando. Toda a terra que você contornar será
sua. Mas não poderá voltar a mim depois das dezoito horas, senão perderá tudo”.
No dia seguinte, os dois
estavam no lugar combinado. Era uma terra fértil e muito bonita. O homem já
saiu logo andando. Lá na frente, começou a correr. Quando deu meio dia, era
hora de ele voltar; mas viu na sua frente umas terras muito boas, e quis chegar
até a cabeceira de um córrego. Quando chegou lá, não resistiu ao desejo e
caminhou ainda mais um pouquinho para frente. Depois veio na disparada para o
ponto inicial. Mas o tempo foi passando e ele sentiu que não ia conseguir
chegar antes das dezoito horas. Por isso forçou o seu corpo, forçou tanto que,
quando estava quase chegando, o coração parou e ele caiu morto.
A ganância é insaciável;
quanto mais a pessoa tem, mais quer. Ela impede a partilha e impede de darmos a
nossa parte, os nossos “sete pãezinhos”, para que Deus possa fazer o milagre da
multiplicação.
A mãe é que prepara e
serve a comida todos os dias em casa. Maria Santíssima tem o mesmo cuidado
junto a seus filhos e filhas, que formam a Família de Deus. Santa Maria,
ajude-nos a rezar com fé e apresentando a nossa parcela, como fazia o seu
Filho!
Comeram e ficaram
satisfeitos.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Só por HOJE tratarei de
viver este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma
vez.
Só por HOJE terei o
máximo de cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas
maneiras; não criticarei ninguém, não pretenderei melhor ou disciplinar ninguém
senão a mim.
Só por HOJE me sentirei
feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo,
mas também neste.
Só por HOJE me adaptarei
às circunstâncias, sem pretender que a circunstâncias se adaptem todas aos meus
desejos.
Só por HOJE dedicarei
dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é
preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária
para alimentar a vida da minha alma.
Só por HOJE praticarei
uma boa ação sem contá-la a ninguém.
Só por HOJE farei uma
coisa de que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei que
ninguém o saiba.
Só por HOJE farei um
programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em
todo caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a
indecisão.
Só por HOJE ficarei bem
firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim. Como se existisse
somente eu no mundo ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.
Só por HOJE não terei
medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei
medo de crer na bondade.
Durante doze horas de
uma dia, posso fazer o bem, o que me desanimaria se pensasse que teria que
fazê-lo durante toda a minha vida
(PAPA JOÃO XXIII)
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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