Quinta-feira, 31 de agosto de 2023
"O melhor modo de encontrar a si mesmo é se
perder servindo aos outros."(Mahatma Gandhi )
EVANGELHO DE HOJE
Mt 24,42-51
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós,
Senhor!
De fato, Herodes
tinha mandado prender João e acorrentá-lo na prisão, por causa de Herodíades,
mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. Pois João vivia
dizendo a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher do teu irmão”. Por isso,
Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes
temia João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção.
Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado. Finalmente, chegou o
dia oportuno. Por ocasião de seu aniversário, Herodes ofereceu uma festa para
os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da Galileia. A filha
de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e a seus convidados. O rei,
então, disse à moça: “Pede-me o que quiseres, e eu te darei”. E fez até um juramento:
“Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu
reino”. Ela saiu e perguntou à mãe: “Que devo pedir?” A mãe respondeu: “A
cabeça de João Batista”. Voltando depressa para junto do rei, a moça pediu:
“Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. O rei ficou
muito triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis faltar com
a palavra. Imediatamente, mandou um carrasco cortar e trazer a cabeça de João.
O carrasco foi e, lá na prisão, cortou-lhe a cabeça, trouxe-a num prato e deu à
moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João ficaram sabendo,
vieram e pegaram o corpo dele e o puseram numa sepultura.
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
A reflexão da CNBB propõe o seguinte:
“(…) Duas
virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência.
Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar
tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor,
o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente, mas sim a pessoa ser
totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com
cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal,
principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer dizer covardia
e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos“
Uma das discussões que mais tem ocupado meu
pensamento é o fato ou dificuldade dos cristãos, em especial dos católicos, em
manterem-se firme no que acreditam. Meio que disfarçadamente as pessoas aos
poucos parecem ter medo de dizer que acreditam em Deus, que tem uma religião ou
professam uma fé.
É complicado competir com o hedonismo, ou seja,
pela busca desenfreada por algo que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade
do evangelho de hoje passamos pouco a pouco a esfriar na crença, zelo ou na
esperança do que acreditamos. Vendemos-nos ou nos permitimos conquistar
facilmente pelas coisas que me façam feliz hoje, agora,… Sob a bandeira da
teologia da prosperidade muitos tem preferido ficar no deserto. Mas de quem é a
culpa? Do medo
Um povo, uma gente ou apenas uma única pessoa não
consegue viver se tiver medo, e hoje
parece que cada vez as pessoas precisam de gestos concretos ou milagres
para continuar acreditando, mas fé não é atendido pelo código de defesa do
consumidor! Bem aventurados hoje são aqueles que ainda alimentam a fé, a
esperança e a paz mesmo que não a vejam no horizonte.
Gosto muito de uma citação de um livro que diz:
“(…) Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela
valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer
esperança. (Pensar é transgredir – Lya Luft)
Um povo que resolve desistir de acreditar por não
querer mais esperar e assim voltar a um passado que não se orgulha, é um povo
fadado a perambular num deserto por ter medo de continuar andando. Nenhuma
religião ou credo irá contemplá-la! Alguém que precisa deixar de crer ou ter
valores morais e pessoais para se sentir inimputável dos seus atos é fadado a
mediocridade espiritual.
Bento XVI certa vez disse que “Deus não tira
nada”. Se crer é um fardo, paciência! Apesar que não entender ou julgar os
motivos para tal fato. Crer não é um valor quadrado, ultrapassado ou démodé,
acreditar em algo, ter uma religião, professar sua fé, pode nos salvar dos
desertos que ajudamos a construir; a sair de poços profundos que com nossas
próprias pernas entramos.
No livro Êxodo narra-se a saga de um povo no
deserto e um Deus cada vez mais próximo, por mais que não o vissem caminhar com
eles. Além de vigilantes, convido a cada um de NÓS a nesse mês de Setembro
procurar SEUS passos na areia.
Em suma… Acredite! Vale a pena! Fuja do mal!
Mantenha-se fiel! E se ver alguém perdendo a esperança, lhe estenda a mão!
Um imenso abraço fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e
fundador do Instituto M.K. Gandhi para a Vida Sem Violência, em sua palestra de
9 de junho, na Universidade de Porto Rico, compartilhou a seguinte história
como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:
"Eu tinha 16 anos e estava vivendo com meus
pais no instituto que meu avô havia fundado, a 18 milhas da cidade de Durban,
na África do Sul, em meio a plantações de cana de açúcar.
Estávamos bem no interior do país e não tínhamos
vizinhos. Assim, sempre nos entusiasmava, às duas irmãs e a mim, poder ir à
cidade visitar amigos ou ir ao cinema.
Certo dia, meu pai me pediu que o levasse à
cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro, e eu me
apressei de imediato diante da oportunidade.
Como iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de
coisas do supermercado, as quais necessitava, e como iria passar todo o dia na
cidade, meu pai me pediu que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, como
levar o carro à oficina.
Quando me despedi de meu pai, ele me disse: 'Nós
nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos à casa juntos.'
Após, muito rapidamente, completar todas as
tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme
duplo de John Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando
me lembrei.
Corri à oficina, peguei o carro e corri até onde
meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde.
Ele me perguntou com ansiedade: 'Por que chegaste
tarde?' Eu me sentia mal com o fato e não lhe podia dizer que estava assistindo
um filme de John Wayne. Então, eu lhe disse que o carro não estava pronto e que
tive que esperar... isto eu disse sem saber que meu pai já havia ligado para a
oficina.
Quando ele se deu conta de que eu havia mentido,
disse-me: 'Algo não anda bem, na maneira pela qual te tenho educado, que não te
tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade.
Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo.
Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto.'
Assim, vestido com seu traje e seus sapatos
elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam
asfaltados nem iluminados. Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 horas e
meia atrás dele... vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu
havia dito.
Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria
mentir.
Muitas vezes me recordo desse episódio e penso..
Se ele me tivesse castigado do modo que castigamos nossos filhos... teria eu
aprendido a lição?... Não acredito...
Se tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo
o mesmo...
Mas, tal ação de não-violência foi tão forte que
a tenho impressa na memória como se fosse ontem...
Este é o poder da vida sem violência.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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