Sábado, 05 de agosto de 2023
“Seja corajoso, você não pode saltar um abismo
com dois pulos.“(David Lloyd George)
EVANGELHO DE HOJE
Mt 14,1-12
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós,
Senhor!
1Naquele tempo, a
fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus
servidores: "É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os
poderes miraculosos atuam nele". 3De fato, Herodes tinha mandado prender
João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu
irmão Filipe.
4Pois João tinha dito
a Herodes: "Não te é permitido tê-la como esposa". 5Herodes queria
matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6Por
ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de
todos, e agradou tanto a Herodes 7que ele prometeu, com juramento, dar a ela
tudo o que pedisse.
8Instigada pela mãe,
ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista". 9O rei
ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que
atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere.
11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou a sua
mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram
contar tudo a Jesus.
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
A fama de Jesus é comparada com a de João Batista
O Evangelho narra a denúncia que João Batista fez
ao rei Herodes, por viver com Herodíades, a esposa do seu irmão Filipe. E narra
a conseqüência desse seu profetismo, que foi o martírio.
Naquele tempo, o povo imitava o rei. O que o rei
fazia, isso era o certo. E alguns reis se julgavam quase como deuses, passando
por cima da Lei de Deus e dos princípios morais. “A lei sou eu”, disse uma vez
um rei.
Herodes se ajuntou com a cunhada, desprezando a
Lei de Deus sobre a família, e não estava nem aí. A vida continuou normal no
palácio e no reino, sem ninguém abrir a boca, de medo. Medo principalmente de
Herodíades que era inteligente, perspicaz, cruel e dominadora do amante.
Mas felizmente havia no seu reino um profeta
corajoso, que era João Batista. Foi até ele e disse: “Não te é permitido tê-la
como esposa”.
Não foi bem Herodes, mas a sua amante Herodíades
que se vingou. E João Batista tornou-se um mártir da família.
Nós somos convidados a imitar João Batista, como
profetas e profetizas. Pois o profeta não só anuncia o caminho de Deus, mas
também denuncia as situações contrárias. E ele não pode ser teórico, tem de
colocar os pingos nos “is” e dar nomes aos bois. E se atingir algum poderoso ou
poderosa, o que fazer? O profeta e a profetiza falam sempre a verdade, doa a
quem doer.
O pecado do sexo degrada a pessoa e gera outros
pecados. Veja o caso de Davi com Betsabéia, narrado em 2Sm 11-12.
Logo após o Evangelho de hoje, S. Mateus narra a
multiplicação dos pães. São os dois banquetes, tão comuns na sociedade, o da
vida e o da morte. Os banquetes da morte são palcos de conspirações contra
aqueles que promovem a vida. A justiça do mundo nunca é objetiva e muito menos
isenta. Ela vive condenando inocentes, apresentando “crimes” inventados para
ocultar os verdadeiros motivos. Que bom seria se houvessem muitos João Batistas
na nossa sociedade!
Aqueles que pretendem implantar no mundo um
sistema de morte, antes querem apagar a Luz, que é Jesus e seus enviados. “Nele
estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as
trevas não conseguiram dominá-la” (Jo 1,4-5).
O mundo continua não suportando a Luz, que é
Jesus, porque vive nas trevas da mentira, da ganância, da corrupção e do
pecado. Nós cristãos até aprendemos a “fechar um olho”, porque temos medo de
perder cargos, oportunidades, a vida. Como João Batista faz falta!
Certa vez, havia um circo numa cidade, e este
circo pegou fogo. Foi terrível. Era à tardezinha, e o palhaço já estava com o
rosto pintado e a maquiagem pronta para o espetáculo.
Como a equipe não conseguia apagar o fogo, o
palhaço saiu pelas ruas gritando, desesperado, pedindo ajuda para apagar o
fogo.
Mas as pessoas, ao vê-lo, em vez de atender ao
seu apelo, davam risada, pensando que era mais uma palhaçada dele.
Assim, não houve jeito. Em pouco tempo o circo se
transformou em um montão de cinzas.
O nosso comportamento influi fortemente no peso
das nossas palavras e do nosso testemunho. Se uma pessoa não dá bom exemplo de
vida, quando fala de Jesus Cristo, não convence muito. Que sejamos profetas
autênticos, como foi João Batista.
Maria Santíssima, imaculada, exerceu um
profetismo completo. Por isso é a Rainha dos profetas. Que ela nos ajude!
MOMENTO DE REFLEXÃO
O psiquiatra Paulo Rebelato, em entrevista para a
revista gaúcha Red 32, disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode
aspirar é escolher a prisão na qual quer viver.
Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou
otimismo, mas é impossível refutá-la.
A liberdade é uma abstração.
Liberdade não é uma calça velha, azul e
desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir.
No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua
sem um crachá de identificação pendurado no pescoço. Diga-me qual é a sua tribo
e eu lhe direi qual é a sua clausura.
São cativeiros bem mais agradáveis do que
Carandiru: podemos pegar sol, ler livros, receber amigos, comer bons pratos,
ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luiz Estevão, só que temos que advogar
em causa própria e habeas corpus, nem pensar.
O casamento pode ser uma prisão.
E a maternidade, a pena máxima.
Um emprego que rende um gordo salário trancafia
você, o impede de chutar balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de
um cargo de chefia.
Tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe
escraviza.
Viver sem laços igualmente pode nos reter.
Uma vida mundana, sem dependentes pra sustentar,
o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem
experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço
certo e a imortalidade alcançada através de um filho.
Se nem a estabilidade e a instabilidade nos
tornam livres, aceitemos que poder escolher a própria prisão já é, em si, uma
vitória.
Nós é que decidimos quando seremos capturados e
para onde seremos levados.
É uma opção consciente.
Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram
num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes.
Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é
branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós - nascer - foram
trancafiadas em lugares chamados analfabetismo, miséria, exclusão...
Brindemos: temos todos cela especial.
Marta
Medeiros
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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