Sexta-feira, 11 de agosto de 2023
“Sempre que lhe perguntarem se você sabe fazer um
trabalho, diga que sim e apresse-se em descobrir como executá-lo.” (Theodore
Roosevelt)
EVANGELHO DE HOJE
Mt 16,24-28
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós,
Senhor!
Naquele tempo,
24Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e
quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, de que
adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá
alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do
seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua
conduta.
28Em verdade vos
digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do
Homem vindo com o seu Reino”.
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Era uma vez… Amo quando Deus me inspira essas
histórias…
Um homem muito inteligente resolveu sair a busca
do conhecimento e de uma verdadeira razão para acreditar no ser humano.
Procurou a explicação em vários livros, diversas religiões, no entanto ficava
cada vez mais cético. Sua relação com Deus esfriava a cada dia.
Seguindo uma pista foi parar na áfrica, seguindo
outra amanheceu na china. Desbravou de norte a sul de leste a oeste, mas nada
conseguia lhe convencer.
Certo dia, enquanto banhava seus pés numa praia
no oceano pacífico, foi surpreendido com uma garrafa de vidro que flutuava no
mar. Surpreso ficou ao ver que havia um bilhete dentro da garrafa e lá dizia:
“no alto do Tibet, na montanha mais alta, lá encontrará a resposta da sua longa
jornada pelo conhecimento”.
Não tendo nada a perder partiu…
Escalou cada encosta, conversou com cada monge e
a resposta era sempre a mesma: “Sua busca termina se não desistir”.
Aquilo o irritava, mas conseguiu ultrapassar cada
obstáculo que lhe fora apresentado até chegar numa ponte de madeira quebrada.
Um precipício o separava do conhecimento.
Horas e horas se passaram e ele não conseguia
encontrar uma solução que o levasse para o outro lado. Lembrou então do
conselho que haviam lhe dado: “Sua busca termina se não desistir”.
Resolveu descer a montanha e buscar meios para
consertar a ponte, mas um empecilho não programado aconteceu: Como conseguir
tábuas, cordas, pregos, ferramentas se não tinha dinheiro e tão pouco sabia a
língua local? A jornada parecia impossível de ser realizada e pior que isso
como voltar e dizer aos amigos que não conseguiu chegar ao fim?
Precisou então engolir o orgulho e desistir. Ao
descer o monte viu um homem que sofria em virtude do frio. Agoniando e clamando
por socorro, ele lhe empresta uma das suas jaquetas, faz uma fogueira, um
abrigo e tenta o possível para aquecê-lo.
No dia seguinte após uma longa e fria noite no
Tibet, prepara um café da manhã para que o homem ganhe forças, mas nota que ele
havia sumido. Que homem ingrato! Nem sequer agradeceu o meu tempo perdido! –
pensou
Não querendo desistir por completo voltou ao
precipício e lá encontrou o homem que salvou na note passada, consertando a
ponte. Ao terminar o agradeceu pelo gesto heróico e partiu. Não pensou duas
vezes atravessou a ponte e lá do outro lado encontrou um homem.
Perguntou: Fale-me sábio senhor, pelo que vale
lutar nessa vida, pois busco essa resposta há muito tempo?
O homem então lhe disse:
- Todos os dias, vem alguém aqui e me faz essa
pergunta e eu lhe proponho que volte, destrua a ponte e fique esperando, pois
misteriosamente Deus lhe enviará um anjo quando mais precisar. Um anjo que
precisará engolir o orgulho para descer ou desistir de algo fútil, para então
salvar sua vida. Esse anjo, para te salvar, terá que se importar com seu
sofrimento, cuidar dos seus ferimentos e em troca você construirá uma nova
ponte para que ele chegue até aqui!
Entendem o sentido?
“(…) E a
paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações
e vossos pensamentos, em Cristo Jesus. Além disso, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o
que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e
observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco”.
(Filipenses 4, 7-9)
Voltamos então a refletir que o ultimo degrau até
o cume é descer do monte. Descer para subir? Sim, como o próprio evangelho de
hoje nos orienta a renegar a si mesmo (nossos interesses, nossas ambições,
nosso querer) sempre em prol de algo maior que seria a vontade de Deus e o bem
estar daquele que esta ao meu lado. O que adianta almejar conquistar a
santidade sem lutar para que outros a conseguissem? “(…) O que adianta alguém
ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira”?
A santidade não advém de um ato egoísta e sim do
altruísmo. A conversão é individual, mas a santidade vem do relacionamento com
os irmãos e dentre eles meus familiares, amigos, trabalho, escola, (…). Ser
santo na igreja é fácil, mas o que me credencia ao cume são os gestos que tenho
e o desejo de ver isso realmente acontecer
Todos temos em nossos pensamentos pessoas que
desejávamos que estivesse aqui neste estágio da subida. Sabemos também que
algumas já estão em pontos mais altos e não mais estranharemos ao vê-las
descendo para nos levantar.
A conversão ou mudança daqueles que gostamos
inicia nele quando ouvem o chamado do pastor. Às vezes somente nas lágrimas que
conseguimos fazer o silencio necessário para ouvi-Lo. Mesmo assim, fadigados
pelo peso da nossa cruz, devemos descer para vê-lo subir. Mas cuidado! Descer
não significa voltar a pecar, pois algumas pessoas, no desejo de apressar o
tempo, acabam voltando a uma vida que já tinham abandonado na base da montanha
(Romanos 6 ).
Bom fim de semana e um abençoado DOMINGO
Um imenso abraço fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
“É difícil defender só com palavras a vida”, diz
o poema de João Cabral que poderia ser o emblema da trajetória de Zilda Arns,
cuja partida deixou-nos o legado de uma
existência dedicada a ajudar os semelhantes.
Quantos milhões de brasileiros estão vivos hoje,
sobreviventes da fome e da miséria, graças à ação da Pastoral da Criança e dos
seus milhares de voluntários?
Zilda Arns nos ensinou o verdadeiro sentido da
palavra missão e foi precursora na montagem de uma rede social de cunho
humanista, orientada para preservar o bem mais precioso e desamparado do país,
nossas frágeis crianças predestinadas às estatísticas de mortalidade infantil.
Tantas crianças franzinas, severinas como diz o
poema, mas que trazem “a marca de humana oficina” que o trabalho da Pastoral
cuidou de fazer vingar por meio de uma tecnologia social simples, quase
rústica, a chamada farinha múltipla, um complemento alimentar que operou o
milagre bíblico da multiplicação do pão da vida.
E com que grandeza moral e desprendimento Zilda
Arns foi a pastora de tantas almas, sem sucumbir ao proselitismo e sem cobrar
recompensas pessoais. Essa a sua maior lição de vida. Num tempo em que os
problemas parecem ser maiores que as soluções, Dona Zilda, como era
carinhosamente chamada, mostrou que não somos vítimas de um destino traçado.
A Pastoral surgiu em 1983, “bela como um sim,
numa sala negativa”, desabando as taxas de mortalidade da cidade de
Florestópolis, no Paraná, de 127 para apenas 20 por mil, em apenas dois anos.
Zilda Arns mostrou o caminho e começou a construir a rede que conta hoje com
260 mil voluntários que acompanham 1,8 milhão de crianças e perto de cem mil
gestantes em mais de quatro mil municípios. A Pastoral estendeu sua ação para
mais de vinte países, dentre eles o Haiti, vitimado pela tragédia do terremoto.
Graças ao trabalho de Zilda Arns o Brasil está
apto a atingir um dos oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, que
é o de diminuir as taxas de mortes de crianças em dois terços até 2015.
Num tempo em que se propõem soluções
grandiloquentes para os nossos graves problemas, temos o testemunho vivo de uma
ação exitosa que mostrou que a solidariedade, o compartilhamento de
informações, a ampliação do conhecimento, tudo isso compõe uma ética pública
que devemos louvar e enaltecer. Uma ética que não é artificiosamente construída
pela hegemonia da informação, pela intimidação ou pela força. Fica essa lição
de uma grande brasileira que com os farelos garantiu que a oficina da vida
pudesse desfiar o seu fio.
Roberto
Rocha
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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