Quinta-feira, 26 de outubro de 2023
“Há
momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais
queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.” (Clarice Lispector)
EVANGELHO DE HOJE
Lc
12,49-53
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Fogo
eu vim lançar sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! Um batismo
eu devo receber, e como estou ansioso até que isto se cumpra! Pensais que eu
vim trazer a paz à terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão.
Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas
contra duas e duas contra três; ficarão divididos: pai contra filho e filho
contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra conta nora e nora contra
sogra.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Ôh verdade que dói!
Sabemos o que é certo, mas por que é que não fazemos?
Existem problemas que se
iniciam dentro de nós mesmos, mas não conseguimos (ou não queremos)
identificá-los. Repito, sabemos qual seria a melhor medida, mas não conseguimos
seguir. Imaginemos esse exemplo:
“Trabalho, estudo, vivo em comunidade, mas não
consigo me relacionar adequadamente com pessoas que me cercam; Não me permito
me mostrar por completo (sem máscaras) para os outros; Não consigo ouvir ou
aceitar opiniões e sentimentos diferentes do meu, pois me sinto mais seguro (a)
quando minhas opiniões, desejos, expectativas, percepções, sentimentos e
emoções prevalecem; sou um (a) líder nato (a), pois exerço controle sobre mim
e/ou sobre os outros…”.
Será que é difícil
conhecer alguém assim? Talvez não na totalidade do texto, mas todos nós temos
um pouco dessa pessoa do exemplo acima. Não podemos confundir esses pensamentos
com a idéia de pessoa com auto-estima. Não façamos isso! É muito comum e
estimulado num cenário de bolsa de valores, capitalismo, vendas (…) onde é
visto como “virtude”, mas no relacionamento interpessoal, na família, na
sociedade, (…) essas “virtudes” mais afastam as pessoas do que agregam, e o que
é pior, sabemos disso!
“(…) Mas, então, não sou eu que o faço, mas o
pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não
faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero,
já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita”. (Romanos 7, 18-20)
Temos outro tipo de
pessoa (…).
“Tenho medo, não contenho a raiva, a
frustração; minha esperança escoa como areia pelos dedos; não acredito mais nas
pessoas; tenho problemas nos meus relacionamentos pessoais e profissional;
tenho pena de mim mesmo, sou azarado e nas correções e exortação me ponho na
defensiva”.
Como no exemplo
anterior, temos também conhecimento de pessoas que também são assim, mas será
que conseguimos ver que às vezes somos, em partes, parecidos com ele? Paulo
disse (versículo acima) sobre o mal que mesmo não querendo fazer o fazia mesmo
não desejando fazer. Fazemos sim muito mal as pessoas sem perceber, mas muito
mais a nós mesmos que não notamos se não nos acontecer algo que mude ou
interfira nessa triste rotina.
Imaginemos um lago bem
calmo. Águas cristalinas, um espelho d’água. De repente vem aquele menino e
joga uma pedra no meio do lago. A tranquilidade (ou marasmo) é quebrada por
aquelas ondas que surgiram do impacto da pedra com a água. Temos problemas
quando não conseguimos esperar o tempo e entender que as ondas passarão.
Sofremos também quando alimento o menino para continuar lançando pedras… Parece
que me acostumei com a tristeza.
“(…) Vossos preceitos são minhas delícias,
meus conselheiros são as vossas leis. Prostrada no pó está minha alma,
restituí-me a vida conforme vossa promessa. Eu vos exponho a minha vida, para
que me atendais: ensinai-me as vossas leis. Mostrai-me o caminho de vossos
preceitos, e meditarei em vossas maravilhas. Chora de tristeza a minha alma;
reconfortai-me segundo vossa promessa. Afastai-me do caminho da mentira, e
fazei-me fiel à vossa lei”. (Salmo 118, 24-29)
Temos também mais duas
pessoas: Uma que não sabe como esta e outra que finge não saber. E são essas
que realmente me preocupam, pois acabam não se deixando curar mesmo tendo o
remédio em casa, na comunidade, no trabalho…
Talvez seja essa ultima
pessoa que Jesus tenha duramente chamado de hipócrita, mas esse hipócrita, no
contexto da nossa reflexão podemos chamar de medroso.
Sabemos o que fazer para
sermos mais felizes. Encaremos os problemas! Não sejamos vítimas de nós mesmos.
Um imenso abraço
fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Você já deve ter ouvido
a comovente história sobre a grande amizade entre dois soldados nas trincheiras
da Primeira Guerra Mundial.
Dois colegas serviam
juntos em meio à lama e à miséria de um deplorável campo de batalha na Europa.
(Há uma versão que identifica os dois como irmãos.) Eles passaram meses nas
trincheiras, no frio e na lama, sob o tiroteio dos inimigos e o comando de seus
superiores.
De tempos em tempos, uma
das tropas inimigas investia contra a outra e retornava às suas trincheiras
para cuidar de seus ferimentos, enterrar seus mortos e aguardar o momento de
repetir o ataque.
Durante esse período,
muitas amizades tiveram início em meio à desgraça. Dois soldados tornaram-se
amigos íntimos. Dia após dia, noite após noite, medo após medo, eles
conversavam sobre a vida, a família, a esperança ou sobre o que fariam quando
(e se) conseguissem sair do horror daquela guerra.
Em uma daquelas
investidas infrutíferas, “Jim” tombou gravemente ferido. Seu amigo “BilI”
conseguiu retornar à relativa segurança das trincheiras. Jim ficou estendido no
chão sob os clarões das explosões noturnas. Entre as trincheiras. Sozinho.
O tiroteio continuava. O
perigo havia atingido seu ponto máximo. Aquele lugar entre as trincheiras era o
mais perigoso de todos. Mesmo assim, BilI queria ficar perto de seu amigo,
consolá-lo, animá-lo como só os amigos sabem fazer.
O oficial encarregado
não permitiu que Bili saísse da trincheira. Era perigoso demais. Porém, assim
que o oficial virou as costas, Bili saiu da trincheira. Sem importar-se com o
cheiro de pólvora no ar, os abalos provocados pelos tiroteios e as batidas
fortes de seu coração, Bili chegou ao local onde Jim estava.
Algum tempo depois, ele
conseguiu levar Jim de volta para a segurança das trincheiras. Tarde demais. O
amigo estava morto. Ao ver o corpo de Jim, o oficial perguntou com ar de
cinismo a Bill se “valeu a pena”.
Bill respondeu sem
hesitação:
— Sim, senhor, valeu. As
últimas palavras de meu amigo valeram a pena. Ele olhou para mim e disse: “Eu
sabia que você viria”.
- Stu Weber, Histórias Para o Coração.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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