Terça-feira, 10 de outubro de 2023
“Não
julgues minhas escolhas porque você não conhece meus motivos.”
EVANGELHO DE HOJE
Lc
10,38-42
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
E
muitas pessoas tinham vindo visitar Marta e Maria para as consolarem por causa
da morte do irmão. Quando Marta soube que Jesus estava chegando, foi
encontrar-se com ele. Porém Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a
Jesus:
-
Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que,
mesmo assim, Deus lhe dará tudo o que o senhor pedir a ele.
-
O seu irmão vai ressuscitar! - disse Jesus.
Marta
respondeu:
-
Eu sei que ele vai ressuscitar no último dia!
Então
Jesus afirmou:
-
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e
quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?
-
Sim, senhor! - disse ela. - Eu creio que o senhor é o Messias, o Filho de Deus,
que devia vir ao mundo.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
No Evangelho de Lc
10,38-42 (Jesus visita Marta e Maria) narrava a inquietação de uma irmã (MARTA)
contrapondo-se com a contemplação amorosa da outra (MARIA). É fato que apenas
Lucas e João narram passagens em que essa duas mulheres cruzam a vida de Jesus,
mas é sabido também que nos poucos momentos que Jesus buscou o descanso, era na
casa delas e de seu amigo Lázaro que Jesus encontrava um abrigo seguro.
Reparem, é outro momento
e outra situação.
Naquela narrada em Lc 10,38-42, vemos uma Marta atribulada com
os afazeres e Maria prostrando-se aos pés do Senhor. Muita gente para nessa
reflexão, mas convido a reparar o que aconteceu no evangelho de hoje: Dessa vez
foi Marta que buscou ao Senhor enquanto Maria ficou a parte. “(…) Quando Marta
soube que Jesus estava chegando, foi encontrar-se com ele. Porém Maria ficou
sentada em casa“.
Um dia pode ser
totalmente diferente do outro… Lembremo-nos: outro momento, outra situação.
Quantas pessoas de fé e
testemunho de vida certo dia foram surpreendidas pela apatia da sensação de
impotência em virtude de um fato, uma situação, uma tragédia? Quantas
tempestades surgiram “do nada” sucumbindo até mesmo aqueles que já se
consideravam maduros na fé? Maria, aquela que um dia se pôs aos pés do Senhor
em contemplação, vivia talvez um dia sem esperança.
Saibam que esse deve ser
um dos motivos que levam muitas pessoas de fé a abandonar tudo que um dia
acreditaram, construiram e pregaram a viver uma vida ermitã pelo mundo. Na dor
esquecemos os processos naturais da vida e as leis que regem a natureza.
Lázaro, mais adiante é
ressuscitado por Jesus, mas inevitavelmente um dia morreria. Assim como hoje
sou curado por Deus, um dia, retornando aos velhos hábitos ou com o avançar dos
dias e dos anos, fatalmente voltariam os problemas respeitando assim a
fisiologia natural do nosso envelhecimento. Lembre-se que Jesus sempre nos faz
voltar melhor após encontrá-lo.
O que Marta encontrou em
meio à dor da perda do seu irmão? A PAZ!
Enquanto Maria
demonstrava o abatimento natural daquele que perdeu uma batalha, Marta, a que
não parava, dessa vez fez a escolha certa e também não lhe foi retirada “(…) Se
o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que, mesmo
assim, Deus lhe dará tudo o que o senhor pedir a ele”.
Portanto se o momento de
agora é diferente do seguinte é importante entender que existem altos e baixos
que deverão ser encarados com naturalidade e perseverança na fé. Dificilmente
ficaremos o tempo inteiro no monte (contemplativo, na graça, flutuando) e também
o tempo inteiro na planície (aridez, tibieza, secura), se conseguimos ver isso
passaremos a entender que os tropeços são inerentes ao ato de caminhar, mas
cada um é livre pra escolher por onde e que terreno deseja aprender a fazê-lo.
Um dia após o outro, mas
em todos, independentemente se ensolarado ou chuvoso, rendamos graças a Deus e
Nele busquemos forças e um espírito perseverante. Davi entendeu profundamente
esse pensamento.
“(…) É em vós, Senhor, que procuro meu
refúgio; que minha esperança não seja para sempre confundida. Por vossa
justiça, livrai-me, libertai-me; inclinai para mim vossos ouvidos e salvai-me.
Sede-me uma rocha protetora, uma cidadela forte para me abrigar: e vós me
salvareis, porque sois meu rochedo e minha fortaleza. Meu Deus, livrai-me da
mãos do iníquo, das garras do inimigo e do opressor, porque vós sois, ó meu
Deus, minha esperança. Senhor, desde a juventude vós sois minha confiança. Em
vós eu me apoiei desde que nasci, desde o seio materno sois meu protetor; em
vós eu sempre esperei. Tornei-me para a turba um objeto de admiração, mas vós
tendes sido meu poderoso apoio. Minha boca andava cheia de vossos louvores,
cantando continuamente vossa glória. Na minha velhice não me rejeiteis, ao
declinar de minhas forças não me abandoneis”. (Salmo 70, 1-9)
Santa Marta, ensina-nos
a ver vida, a esperança e a chance e esquecer a morte, o desânimo e o fim.
Um imenso abraço
fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
O maravilhoso clássico
de Jack London, White Fang [Caninos Brancos], conta a história de um animal,
metade cão e metade lobo, que luta para sobreviver na floresta e, depois,
aprende a viver no meio dos homens.
Há um trecho em
particular que ficou gravado em meu coração.
White Fang tinha
predileção por galinhas e, em certa ocasião, invadiu um galinheiro e matou 50.
Seu dono, Weeden Scott,
a quem White Fang considerava um deus e “amava de todo o coração”, chamou-lhe a
atenção e, depois, colocou-o dentro do galinheiro.
Quando viu seu alimento
favorito andando de um lado para o outro debaixo de seu nariz, White Fang
obedeceu a seu impulso natural e atacou uma das galinhas.
Imediatamente, seu dono
o repreendeu com voz forte. Os dois ficaram juntos no galinheiro por algum
tempo. Todas as vezes que White Fang ameaçava atacar uma galinha, a voz do dono
o impedia. Assim, ele aprendeu aquilo que seu dono queria
— não importunar as
galinhas.
O pai de Weeden Scott
argumentou que “não podemos dominar o instinto de um matador de galinhas” mas
Weeden o desafiou e ambos concordaram em trancar White Fang no galinheiro
durante a tarde inteira.
Trancado no galinheiro e
sem o olhar vigilante do dono, White Fang deitou-se e dormiu. Levantou-se
apenas uma vez e caminhou até a tina para beber água. As galinhas não lhe deram
atenção. Para White Fang, as galinhas simplesmente não existiam.
Às 16 horas, ele correu
e deu um impulso com o corpo, indo parar no telhado do galinheiro. Em seguida,
saltou no chão do lado de fora e dirigiu-se para a casa. Ele havia aprendido a
regra.
Por amor a seu dono e
desejo de obedecer-lhe, White Fang dominou seus instintos naturais. Talvez ele
não tenha compreendido o motivo de ter-se curvado à vontade do dono.
As histórias sobre
animais têm o dom de quebrantar nosso coração e, geralmente, nos revelam uma
grande verdade. A simplicidade e a pureza do amor e devoção de White Fang a seu
dono ajudaram-me a compreender que minha vida estará sempre rodeada de
“galinhas”. Eu só preciso decidir uma coisa: a quem vou servir?
Anne Padden, Histórias Para o Coração.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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