Diário de Segunda-feira 24-02-2025
"A paciência é chave para tudo.
Você consegue a galinha chocando o ovo, e não quebrando-o" Arnold H.
Glasgow
EVANGELHO DE HOJE
Mc 9,14-29
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte
com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que
estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam
discutindo com eles.
15Logo que a multidão viu Jesus, ficou
surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que
discutis com eles?” 17Alguém na multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu
filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no
chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi
aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.
19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até
quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o
menino”. 20E levaram-no o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu
violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela
boca.
21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando
ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito
já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem
piedade de nós e ajuda-nos”.
23Jesus disse: “Se podes!... Tudo é
possível para quem tem fé”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé,
mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto
dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno
que saias do menino e nunca mais entres nele”.
26O espírito sacudiu o menino com
violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos
diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino
ficou de pé.
28Depois que Jesus entrou em casa, os
discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o
espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de
nenhum modo, a não ser pela oração”.
Palavra da Salvação
Glória a vós
Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz (In Memorian)
Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé.
Este Evangelho narra que, quando Jesus, junto com
Pedro, Tiago e João, desceram da montanha onde acontecera a transfiguração,
encontraram os outros discípulos em dificuldade, porque não haviam conseguido
expulsar o demônio de um menino. Jesus logo descobriu o que estava impedindo a
cura: a falta de fé. Então dialogou com o pai do garoto, e o levou a uma
profissão de fé, fraca mas suficiente: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de
fé”.
O pai do menino pediu a ajuda para a sua falta de fé,
e logo recebeu, não só uma fé mais firme, mas a cura do filho, que é o que ele
queria.
Em todas as curas, Jesus primeiro pedia a profissão
de fé da pessoa. A fé é a condição indispensável para se receber uma graça de
Deus.
Em casa, Jesus explicou aos discípulos: “Essa espécie
de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”. A
oração nos leva à fé, e nos leva a discernir, tomando as atitudes adequadas a
cada problema.
Os discípulos não descobriram a causa do fracasso
porque não rezaram antes de tentar expulsar o demônio. E não rezaram porque não
tinham espírito de oração. Quem tem espírito de oração não se esquece de pedir
a ajuda de Deus nas horas de dificuldade.
Espírito de oração é um hábito que o cristão adquire,
de viver sempre em sintonia com Deus. Mesmo que esteja trabalhando, ou
estudando, ou se divertindo, está ligado com Deus. Usando um termo musical,
está “em back” junto com Deus.
Quem vive assim, de vez em quando fala com Deus quase
que sem perceber. E é só surgir uma ameaça de tentação, ou uma dificuldade, o
pedido de ajuda está na ponta da língua. Não é que a pessoa e Deus se encontram
ali; os dois nunca se separam, vivem juntos o tempo todo.
Quando Jesus disse: “Orai sempre e nunca cesseis de o
fazer” (Lc 18,1), foi isso que ele quis dizer.
Agora, para que a nossa natureza pecadora chegue a
isso, precisamos de muito treino e exercício. São os atos de oração: oração da
manhã, da noite, oração antes das refeições, ou quando passamos na frente de
uma igreja... A reza do terço é a melhor escola de oração, e a santa Missa é a
melhor oração que existe, pois nela é Cristo que reza e se oferece por nós.
Temos ainda a leitura dos Salmos da Bíblia, que é a oração do Povo de Deus, de
ontem e de hoje. A leitura orante da Bíblia é uma forma excelente de oração. É
só abrirmos a Bíblia e ler um pedacinho, pronto, já nos inspirados para
conversar com Deus.
Portanto, rezar é fácil, basta querer. E quanto mais
se reza, mais fácil e gostosa a oração se torna.
Havia, certa vez, um rapaz que tinha o mau costume de
falar palavrão. Falava a todo momento e em qualquer ambiente, sem nem ligar se
havia criança perto. Quando advertido, ele dizia que não conseguia
controlar-se, quando percebia já tinha falado.
Um dia o pai dele resolver fazer um teste, e lhe
disse: “Se até hoje à noite você não falar nem um palavrão, eu lhe dou Cem
Reais”.
O moço estava precisando de uma grana e topou. Até à
noite não disse nem um palavrão, só saía de sua boca palavras santas e
edificantes. E à noite ganhou os Cem Reais.
Conclusão: para esse jovem, o dinheiro tem muito mais
valor do que a Lei de Deus. O que lhe falta é a fé.
Peçamos a Maria Santíssima que nos ensine a rezar,
para que tenhamos mais fé: “Ensina teu povo a rezar, Maria Mãe de Jesus, que um
dia teu povo desperta e na certa vai ver a luz”.
Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
“Uma das coisas que fascina na cidade de San Francisco é
ela estar localizada sobre a falha de San Andreas, que é um desnível no terreno
da região que provoca pequenos abalos sísmicos de vez em quando, e grandes
terremotos de tempos em tempos”.
Você está deslumbrado, caminhando pela cidade,
apreciando a arquitetura vitoriana, a baía, a famosa Golden Gate e, de uma hora
para outra, pode perder o chão. Ver tudo sair do lugar, ficar tontinho,
tontinho. É pouco provável que vá acontecer justo quando você estiver lá, mas
existe a possibilidade.
Assim são também as pessoas interessantes: têm falhas.
Pessoas perfeitas são como Viena, uma cidade quase perfeita. Linda, sem
fraturas geológicas, onde tudo funciona e você fica com tédio.
Pessoas, como cidades, não precisam ser excessivamente
bonitas. É fundamental que tenham sinais de expressão no rosto, um nariz com
personalidade, um vinco na testa que as caracterize.
Pessoas, como cidades, precisam ser limpas, mas é
importante suar na hora do cansaço. Também o é ter um cheiro próprio, uma
camiseta velha para dormir, um jeans quase transparente de tanto que foi usado,
um batom que escapou dos lábios depois de um beijo, um rímel que borrou um
pouquinho quando você chorou. Pessoas, como cidades, têm que funcionar, mas não
podem ser previsíveis.
De vez em quando, sem abusar muito da licença, devem ser
insensatas, ligeiramente passionais. Devem demonstrar um certo desatino, ir
contra alguns prognósticos, cometer erros de julgamento e pedir perdão depois.
Aliás, pedir perdão sempre, Pessoas, como cidades, devem
dar vontade de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos
sublimes, devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas. Devem nos
fazer querer voltar, porém não devem nos deixar 100% seguros, nunca. Uma
pequena dose de apreensão e cuidado devem provocar. Nunca devem deixar os
outros esquecerem que pessoas, assim como cidades, têm rachaduras internas.
Portanto, podem surpreender.
Falhas. Agradeça as suas, que é o que humaniza você.
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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