Diário de Quinta-feira 06-02-2025
“Não julgue cada dia pela colheita que
você obtém, mas pelas sementes que você planta.”
EVANGELHO DE HOJE
Mc 6,7-13
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e
começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros.
8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem
pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9Mandou que andassem de sandálias e que
não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa,
ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem
quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho
contra eles!” 12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem.
13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Achei muito interessante e pertinente começar essa
reflexão partindo da mensagem inicial proposta no site das Paulinas para esse
evangelho… “(…) Jesus não envia os apóstolos para pregar uma nova doutrina, mas
para anunciar uma nova realidade e testemunhar uma nova prática: a manifestação
do amor que liberta e restaura a vida”.
A cultura judaica é repleta de símbolos e costumes
que por si só poderiam nos trazer a imagem ruim. “(…) se os receberem entre se
não protestem contra eles”. Se simplificássemos a mensagem no plano literal
PODERIAMOS ter um entendimento agressivo, prova disso que uma vez fui indagado
por um amigo que sempre teve a impressão de um Jesus arrogante e soberbo. Quem
vive dentro da igreja pode até se espantar com essa declaração, mas para
aqueles que vivem sem pastor lá fora, não. Onde Ele nos envia, pode haver pessoas
com outras opiniões.
Um breve parêntese…
Na realidade o costume Judaico de bater as sandálias
simbolizava para que não se trouxessem nenhuma impureza. Se trouxéssemos esse
costume a um exemplo mais próximo, seria para uma pessoa que trabalha na
recuperação de viciados (drogas, alcoolismo, jogo) um alerta para que não
passasse em casa a também fumar; ou aquele que convive com pessoas diariamente
adquirisse costumes que não possuía como piadas infames, palavrões, destrato,
fofocas…
Jesus bem conhecia a sabedoria do costume judaico e
também o quanto outros costumes são facilmente assimilados. Não é difícil de
ver católicos lendo horóscopo, fazendo três pedidos na fitinha amarada no
braço; não passando por debaixo de escadas, pulando sete ondas, escolhendo cor
de roupa para virar de ano (risos). De onde adquirimos esses costumes? Nem bem
sabemos! Vá para o Nordeste ou pro Sul e lá passe um ano e ganhe de brinde o
sotaque típico da região. Hábitos são como esses sotaques.
Voltando… Jesus roga a Deus por nós que estamos no
mundo, mas hoje, aos maduros na fé, os envia aos que também estão, no entanto o
desconhecem
“(…) Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me
deste. Eram teus e deste-nos e guardaram a tua palavra. AGORA ELES RECONHECERAM
QUE TODAS AS COISAS QUE ME DESTE PROCEDEM DE TI. Porque eu lhes transmiti as
palavras que tu me confiaste E ELES AS RECEBERAM E RECONHECERAM VERDADEIRAMENTE
QUE SAÍ DE TI, e creram que tu me enviaste. Por eles é que eu rogo. Não rogo
pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é
teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo,
mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo,
guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que
sejam um como nós “. (João 17, 6-11)
Esse envio é para os maduros na fé, pois depararemos
com pessoas que por muitas vezes tem uma vida repleta de maldades, vícios,
ceticismo, crenças, superstições, (…) que antes de terem qualquer contato com a
Boa Nova já passaram por terreiros, “benzeções”, simpatias… Que já “apelaram”
para todos os “santos”, mas que mesmo assim não temos que nos afastar delas,
pois creio que o próprio pastor as trouxe. Mas é certo, não podemos carregar
para casa a areia que veio junto.
“(…) Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles
perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o lugar
aonde se dirigiam, e chegaram primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma
grande multidão e compadeceu-se dela, PORQUE ERA COMO OVELHAS QUE NÃO TÊM
PASTOR. E COMEÇOU A ENSINAR-LHES MUITAS COISAS”. (Mateus 6, 33-34)
Quem trabalha com gente que precisa de ajuda para não
sucumbir, deve se resguardar em oração. Quem trabalha em hospital nos dá o
exemplo. Eles têm por hábito de segurança descartar as roupas em água e sabão,
tomar banho e só assim poder brincar com os filhos evitando assim doenças
oportunistas.
Quem dedica um pouco do seu tempo para levar Deus às
pessoas não precisa fugir delas, mas deve procurar uma vida o mais
irrepreensível que for possível para de fato poder ajudá-las e não sucumbir
também. Nem todos que procuram por ajuda conhecem a Deus e para levar a
manifestação do amor que liberta e restaura a vida é preciso ser a todo
instante renovado.
Quais são as areias que precisam deixar nossas
sandálias?
Um Imenso abraço fraterno!
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Uma das coisas mais difíceis no
mundo é ter um coração puro.
Podemos ter corações amáveis,
gentis e abertos aos outros, mas puros e cheios de amor desinteressado...
quanto trabalho ainda deve ser feito, quanta renúncia, quanta aceitação e
quanta doação!
Não podemos negociar com Deus,
fazer isso em troca daquilo, agir de uma certa forma para obter algum tipo de
recompensa.
O amor é gratuito e nossa
dedicação a Deus ou aos outros não deve depender do que obtemos de volta.
Aquilo que sai da nossa alma e do
nosso coração devem ser ofertas, livres de quaisquer condições.
Deus nos dá em retorno?
Certamente, porém não como paga,
mas como resultado da confiança que depositamos nEle.
Não somos bons quando damos de
nós aos outros, nem quando fazemos caridade, nem mesmo quando abandonamos nossa
vida por alguém que carece da nossa ajuda.
Somos bons quando as coisas,
gestos e palavras saem do nosso coração como uma flecha e não ficamos
observando se ela vai voltar.
Somos bons quando não contamos
que nosso irmão tem mais que nós e nos sentimos ofendidos, quando o bem e a
felicidade do outro passam a ser nosso bem e felicidade também.
Erram as pessoas que se acham
boas quando doam de si. isso é orgulho.
Geralmente elas dão do que lhes
sobra e seus objetivos são tornarem-se pessoas melhores.
Fazem por si no fim das contas,
não pelos outros.
O caminho para o Alto é muito
longo e a porta de entrada é estreita.
Os que acham que já estão na
metade do caminho, certamente nem começaram ainda a subir.
É Deus quem nos eleva e
precisamos dizer muitos "não" e muitos "sim" até que
alcancemos um pedacinho do céu.
Amar demais aqui e odiar ali,
anula o amor; escolher os que perdoamos é o mesmo que não perdoar ninguém, pois
nosso coração continua com manchas.
O amor tem olhos fechados e é o
maior de todos os dons, distribuído a todos na face da terra.
Mas segundo a Bíblia, há os que
plantam, os que colhem, os que multiplicam e os que escondem.
Podemos fazer todos os bens do
mundo, regar os jardins dos que precisam e oferecer-lhes nosso melhor sorriso,
mas ainda assim não teremos começado nosso caminho se negamos a palavra a um
irmão, se os ressentimentos corroem nosso coração, se contamos cada ato que
realizamos.
Deus não precisa dos nossos
gestos vazios,
Ele apenas pede um coração
sincero.
Aquele que sabe e reconhece não
ser perfeito, mas abre-se a cada dia ao próximo, ao distante e tem por meta
fazer o bem.
Deus ama a todos indistintamente,
mas os que aprenderam o que é compartilhar, compreenderam melhor os preceitos
do Seu coração.
E esses provam plenamente da Sua
Graça.
Letícia Thompson
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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