Quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
"Amor
não se implora, não se pede não se espera...Amor se vive ou não.”
EVANGELHO DE HOJE
LC
1,39-45
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Naqueles
dias, Maria partiu apressadamente dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou
na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a
criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito
Santo. Com voz forte, ela exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me
visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de
alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da
parte do Senhor será cumprido!".
Palavras
da Salvação
Glória
a vós Senhor
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz (In Memorian)
Como posso merecer que a
mãe do meu Senhor me venha visitar?
Este Evangelho, que
relata a visita de Maria a Isabel e a saudação da prima, destaca a figura de
Maria, a mãe do Messias. Cristo é sempre o centro da liturgia da Igreja. Mas
este cristocentrismo vai adquirindo matizes diferentes ao longo do ano.
Maria fez uma viagem de
150 km, portanto, longa e penosa, pois teve de subir e descer montanhas. Mas o
impulso da caridade é mais forte, e ela foi às pressas. A caridade é um
precioso dom que Deus colocou em nossos corações no dia do batismo.
“Como posso merecer que
a mãe do meu Senhor me venha visitar?” “Mãe do meu Senhor” é o mesmo que dizer
“Mãe de Deus”. Foi devido a esse Deus, que Maria já carregava em seu ventre,
que João Batista pulou de alegria, ainda no ventre da mãe. É a força da
salvação que Cristo veio realizar, e começou mesmo antes de nascer. Esta visita
de Maria foi, na verdade, a primeira procissão de Corpus Chisti.
Fascinada por Deus,
Maria de Nazaré encarnou a esperança multissecular do seu povo. Ela se alegrou
e se abriu de corpo e alma ao plano de Deus Pai: “Eis aqui a escrava do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra”.
A aceitação de Maria é
um eco da aceitação do próprio Jesus Cristo: “Eis me aqui, ó Deus, para fazer a
vossa vontade” (1ª Leitura e Sl 39,8).
Ter fé é abrir-se à ação
divina. É seguir um caminho novo, traçado não por nós, mas por Deus para nós. E
Maria seguiu esse caminho com grande solicitude. Porque ela amava muito a Deus,
e quem ama se entrega à pessoa amada.
A solidariedade em
servir a Deus leva à solidariedade em servir o próximo. Quanto mais uma pessoa
ama a Deus, mais ama o próximo, por amor a Deus. E o nosso amor ao próximo por
amor a Deus é universal, como Deus que manda o sol e a chuva sobre todos, maus e
bons (Mt 5,45). E é um amor preferencial a quem mais precisa de uma ajuda. Em
Maria, esse amor extensivo aconteceu nesta visita, no Calvário, junto à Igreja
nascente, e continua pelos séculos. E, como nós, Maria fez isso na
claridade-escuridão da fé. A fé ultrapassa a clareza e a evidência.
A exemplo de Cristo e de
Maria, quantos cristãos e cristãs, de ontem e de hoje, colaboram na redenção!
Conviver com esses irmãos é uma grande alegria que temos, em meio às cruzes da
vida.
Há quem idealiza tanto
Maria que acaba por pensar que ela sabia tudo em relação ao plano de Deus. E se
esquece que ela é uma pessoa humana como nós. Segundo os Evangelhos, ela não
teve, logo de início, uma luz plena da revelação pascal e do mistério de
Cristo. Nem uma visão direta de Deus. Sua fé ia crescendo e amadurecendo
progressivamente, na medida em que ela respondia “sim”, como acontece conosco.
Sabemos que o contrário também é certo: quando respondemos “não” a Deus, a
nossa fé vai diminuindo, e pode chegar até a abandonar a fé legítima, na Igreja
una, santa, católica e apostólica.
O advento de Cristo
ainda não aconteceu plenamente. Por isso a nossa missão antes do Natal é
agilizar a sua vinda hoje, através da dedicação ao Reino de Deus. Assim
estaremos preparados para celebrar o seu nascimento histórico, isto é, o seu
aniversário natalício. “Arrancastes do Egito esta videira, e expulsastes as
nações para plantá-la... Vinde logo, Senhor, vinde depressa pra salvá-la!”
Antífona do Ó: “Ó Chave
de Davi, Cetro da casa de Israel, que abris e ninguém fecha, que fechais e
ninguém abre: vinde logo e libertai o homem prisioneiro, que, nas trevas e na
sombra da morte, está sentado”.
Certa vez, um homem
estava, com sua espingarda, dando tiros para cima. Veio um guarda e lhe
perguntou: “O que você está fazendo aí, dando tiros para cima?” Ele respondeu:
“Estou espantando elefantes”. O guarda olhou em volta e disse: “Mas eu não
estou vendo nenhum elefante!”. “É sinal que eu já espantei todos”, disse o
homem.
“Eu corro, não como às
tontas. Eu luto, não como quem golpeia o ar” (1Cor 9,26). Cada vez que chega
alguém que carrega Cristo, acontece uma explosão de alegria, como teve Isabel.
Mas não podemos perder tempo, golpeando o ar ou dando tiros para espantar o que
não existe na realidade. Precisamos ir para a ponta da linha, lá onde o
problema está, e vencê-lo com a graça de Deus.
Que Maria Santíssima e
Santa Isabel nos ajudem na abertura ao plano de Deus, que ainda hoje quer usar
de nós para que seu Filho possa nascer em plenitude no mundo.
Como posso merecer que a
mãe do meu Senhor me venha visitar?
MOMENTO DE REFLEXÃO
Quando você ouvir
rumores do Natal,
Quando as gondolas do
supermercado se encherem de Panetones.
Quando as lojas se
enfeitarem com luzes coloridas.
Quando algumas listas de
presentes começarem a correr.
Quando sentir essa brisa
de final de ano,
Pare tudo o que estiver
fazendo e reflita:
Mais um ano está indo
embora, o que eu fiz da minha vida?
O que comprei para o meu
contentamento?
O que abandonei para
ficar mais saudável?
Quantas pessoas ajudei
com pequenos gestos?
Quantas intrigas evitei
ao silenciar as fofocas?
Quantos amigos
conquistei?
Quantos abraços eu dei
com afeto?
Quantos beijos
demorados?
Quantas alegrias
compartilhei?
Fui vítima de algum
plano maquiavélico do Destino?
Fui sabotado ou
sabotador?
Fui feliz?
A vantagem de se fazer
essa análise antes do pisca-pisca do Natal, é que temos ainda um tempo para
refazer estragos, percorrer novos caminhos, desculpar e ser desculpado, lançar
novas sementes, abandonar velhos e nocivos hábitos, ajudar algumas pessoas, ser
mais solidário, para não acabar solitário.
Distribuir amor e ser
parte da Criação, e no final de tudo, acender a nossa luz, para receber com
carinho, o aniversariante, o Mestre Jesus!
Eu acredito em você e na
sua capacidade de mudar!
Paulo Roberto Gaefke
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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