terça-feira, 5 de setembro de 2023

Quarta-feira 06-09-2023

 

Quarta-feira, 06 de setembro de 2023

 

"A gentileza faz com que o homem pareça exteriormente, como deveria ser interiormente." (Jean de La Bruyère)

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Lc 4,38-44

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor!

 

 

Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34"Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!"

35Jesus o ameaçou, dizendo: "Cala-te, e sai dele!" Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: "Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem". 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.

 

 

Palavras da Salvação

Glória a vós Senhor

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Alexandre Soledade

 

Bom dia!

Jesus nunca perdeu o foco do seu serviço. A notoriedade, a fama e sua popularidade não o encantavam ou o cegava ao ponto de desviar-se do seu objetivo maior: anunciar a TODOS a Boa Nova.

 “(…) O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor“. (Lucas 4, 18-19)

Semana passada acompanhamos pela TV a preocupação do povo americano com um furacão que novamente rondava suas cidades e hoje passada a tormenta vemos a outra preocupação nessas cidades afligidas pelos ventos e pelas chuvas: voltar a funcionar!

Os órgãos americanos após as chuvas, vendo que o mal já havia passado, rapidamente avaliaram os estragos, e assim rapidamente liberaram os aeroportos e metros para voltarem a funcionar. O que isso tem haver com o Evangelho?

Quantas tempestades e furacões fomos assolados? Quantas vezes vimos ou presenciamos nosso mundo girar e nós, indefesos e impotentes, não podíamos fazer nada? Mas ela vai passar! Mas quando passar, o que vou fazer? “(…) A febre saiu da mulher, e, no mesmo instante, ela se levantou e começou a cuidar deles”.

O conhecimento do povo era pequeno sobre os males que o assolavam sendo assim comum declarar que seu sofrimento estava relacionado a maus espíritos. Não podemos esquecer que naquela região a influência de outras culturas e credos favorecia esse tipo de prática. Até mesmo na idade média, muitos e muitos anos após Jesus ter vindo, muitas pessoas acometidas por males inexplicáveis à época como a epilepsia, eram vistos como possessos.

Possessões sim eram possíveis e foram muitas vezes relatadas na bíblia, mas nem tudo que nos acontece é motivado por isso, então por que vemos nessas pequenas igrejas uma ênfase a possessão e não a cura? Por que vemos as pessoas culpando os demônios por sua falta de conduta ou de fidelidade? Nossa como é fácil dizer que fez aquilo, pois um “demônio” o possuía; como é fácil dizer após um atentado, um massacre como aqueles que vemos na TV que uma voz dizia para fazê-lo?

Sejam quais forem os motivos que me trouxeram a tempestade devem me levar após a tormenta, como o governo americano, a avaliar os estragos e mais que rapidamente permitir que meus trens e aviões voltem a andar. Uma tempestade que passou não pode me impedir de voltar a sonhar (aviões) e a continuar andando (trens).

O que me chama atenção no gesto da sogra de Pedro que ela não se preocupa com a doença de que fora curada, pois de imediato passa a ajudar. Sua postura revela a verdadeira gratidão daquele que ouve a Palavra de Deus mudar sua vida.

Furacões virão em nossas vidas, mas a única certeza que devo ter é que após passar continuarei tendo coragem em reconstruir. Talvez hoje a doença impeça alguns de abrir seus aeroportos para voltar sonhar, mas saibam, mesmo aquele que esta confinado num leito tem seu pensamento livre. A esperança voa e sofre com a força dos ventos, mas da fé brota a paz.

Em especial hoje, que Deus esteja na casa de cada pessoa que conhecemos e  que sofrem com a força dos ventos. Abram-se para voar! Não desistam de andar!

Fácil ser cristão sadio!  A fé de vocês, em meio aos ventos, e a vontade de continuar servindo, como a sogra de Pedro, me convencem que vale a pena continuar acreditando

Um imenso abraço fraterno.

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Moral deveria ser uma palavra boa. Está ligada ao espírito ético, à boa conduta, ao comportamento civilizado. Mas a moral, por assim dizer, perdeu a moral com a galera. Por causa de seu derivativo 'moralista', a imagem de quem fala sobre moral é sempre associada a uma coisa retrógrada, má, julgadora. Se 'moral' fosse uma pessoa, a figura caricata seria de uma mulher madura, enfezada, assexuada e cruel, como as personagens estereotipadas das diretoras malvadas das escolas fundamentais dos filmes.

No momento, a diretora cruel que representa a moral volta às notícias de primeira página para julgar e punir a todos, principalmente, as vítimas.

Eliza Samudio está desaparecida e tudo aponta para um assassinato, talvez mais um caso de violência passional que termina em crime contra uma mulher. Eliza, portanto, seria a vítima.

Ao mesmo tempo que os profissionais buscam provas, indícios e testemunhas para encontrar Eliza, uma onda de fotos, fatos, boatos e vídeos sobre a vida e conduta da jovem circula livremente pela rede.

Eu, que sou como todo mundo, também me envolvo com as coisas que vejo. Cada imagem, cada texto, vai gerando um novo sentimento em mim. A amiga, o bebê, o goleiro, a mulher do goleiro, as fotos de Eliza grávida, vão se somando numa gaveta do meu cérebro, onde acompanho e arquivo o caso que salta aos nossos olhos nas manchetes. A tatuagem ressaltada no círculo vermelho que mostra que aquele corpo numa pose sexual, o mesmo da gestante da outra foto, me faz sentir uma certa repulsa por quem fez a comparação. O vídeo sexy, o outro mais sensual e o link para um vídeo pornô, me dão uma dor muito grande na alma. Não tenho vontade de ver, nem clico no link. Sinto só uma vontade de chorar.

Porém, independentemente das reações que cada informação ou imagem me causem num primeiro momento, eu sou um ser humano que sente E pensa. E não importa o que Eliza tenha feito em sua vida, nada justificaria ser assassinada, caso isso tenha acontecido. Como disse o pai de Eliza, não interessa o que ela fazia.

É preciso saber o que aconteceu com ela. E se aconteceu o pior, quem cometeu o crime.

Porque os crimes passionais existem, sim. A violência contra a mulher existe e muito. Existe também a prostituição, a pornografia, o mercado de filmes adultos. Existe a miséria, a ambição, o poder, o deslumbramento, a ilusão. Existem homens cruéis. Existem marias-chuteira. Existe inveja, raiva, crueldade, moralismo, crianças órfãs, pais que perdem seus filhos. E existe a hipocrisia.

Hipocrisia, palavra desconhecida em sua forma ortográfica tanto quanto em seu conteúdo etimológico.

Hipocrisia vem do grego (fui ver no Houaiss) hupokrisía e hupókrisis e quer dizer 'desempenhar um papel, representar, fingir, dissimular'. Fingir é não ser verdadeiro.

Em última instância, sempre que julgamos alguém por sua conduta de vida estamos sendo hipócritas. Porque se vasculharmos os arquivos da nossa própria vida, ou das pessoas do nosso círculo familiar, certamente vamos encontrar coisas que nos desabonariam perante a 'moral' pública. Coisas que não gostaríamos que fossem reveladas ao mundo sem o nosso consentimento. Coisas que ninguém deveria usar contra nós, se estivéssemos numa posição indefesa. Ou se não estivéssemos sequer vivos para exercermos nosso direito de resposta.

É humano sentir o impulso de julgar alguém, de reagir a uma imagem que foge ao nosso cotidiano.

Mas o digno é pegar o impulso, jogá-lo fora e lutar para que o criminoso seja encontrado e punido.

Porque culpar a vítima é ser cúmplice do criminoso.

Não, você não é culpado por ver arquivos na Internet.

A Internet tem que ser sempre livre.

Quem não pode ficar livre é o assassino.

Isso sim seria totalmente imoral.

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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