Sábado, 16 de setembro de 2023
‘Sendo
o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?” (Shakespeare)
EVANGELHO DE HOJE
Lc
6,43-49
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
-
A árvore boa não dá frutas ruins, assim como a árvore que não presta não dá
frutas boas. Pois cada árvore é conhecida pelas frutas que ela produz. Não é
possível colher figos de espinheiros, nem colher uvas de pés de urtiga. A
pessoa boa tira o bem do depósito de coisas boas que tem no seu coração. E a
pessoa má tira o mal do seu depósito de coisas más. Pois a boca fala do que o
coração está cheio.
-
Por que vocês me chamam "Senhor, Senhor" e não fazem o que eu digo?
Eu vou mostrar a vocês com quem se parece a pessoa que vem e ouve a minha
mensagem e é obediente a ela. Essa pessoa é como um homem que, quando construiu
uma casa, cavou bem fundo e pôs o alicerce na rocha. O rio ficou cheio, e as
suas águas bateram contra aquela casa; porém ela não se abalou porque havia
sido bem construída. Mas quem ouve a minha mensagem e não é obediente a ela é
como o homem que construiu uma casa na terra, sem alicerce. Quando a água bateu
contra aquela casa, ela caiu logo e ficou totalmente destruída.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antonio Queiroz
Por que me chamais
“Senhor! Senhor!”, mas não fazeis o que eu digo? Neste Evangelho, Jesus nos
pede a coerência entre a Palavra de Deus que ouvimos ou lemos, e a vida que
levamos, pois seremos julgados não pelos conhecimentos que temos da Bíblia, mas
por nossos atos. Assim como conhecemos uma árvore pelos seus frutos, conhecemos
uma pessoa, e a nós mesmos, pelas obras. A pessoa boa faz boas obras, a pessoa
má faz coisas erradas. Está aí a chave para conhecermos os outros e para nos
avaliarmos.
Por exemplo, um padre,
uma irmã religiosa, um pai ou mãe de família que perseveram na sua vocação e
vivem fazendo o bem, são pessoas boas. Por outro lado, um ladrão, um
explorador, um viciado, um violento, alguém que não gosta de trabalhar, são
pessoas más. Nós não conhecemos as pessoas por dentro, mas as conhecemos pelas
obras, e isso basta.
Numa campanha eleitoral,
nós devíamos seguir esse critério. Por isso que seria melhor o voto distrital,
porque os eleitores teriam mais condições de conhecer o passado dos candidatos,
pois eles são do seu distrito eleitoral, vizinhos portanto. Mas apesar de o
nosso sistema eleitoral não nos ajudar nesse ponto, devíamos fazer um esforço
para conhecer a vida familiar, religiosa e pública dos candidatos. Não nos
basearmos apenas em cara bonita, discurso bonito, promessas ou acúmulo de
cartazes nas ruas ou propagandas no rádio e na televisão.
“Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas
não fazeis o que eu digo?” Pouco adianta louvar a Deus, se continuamos
praticando obras más. Deus espera a nossa conversão. Ele tem paciência, mas a
conversão tem de acontecer. Chega de fariseus! Deles o mundo já está cheio!
Em seguida, Jesus nos
conta a parábola da casa sobre a rocha. Ela vem reforçar a mensagem anterior.
Ouvir a Palavra de Deus e não praticá-la é construir a sua casa sem alicerce.
Quando vier uma chuva forte, e a correnteza da enxurrada bater na casa, ela vai
para o chão, perdendo tudo o que está dentro e arriscando a vida dos moradores.
O mesmo se deve dizer de quem apenas ouve o Evangelho e não o pratica.
Nós, em geral, gostamos
de ouvir a Palavra de Deus. O problema é que, muitas vezes, paramos no ouvir ou
na leitura. Se, após uma Missa de domingo, alguém nos perguntar: “O que foi que
você aprendeu hoje lá na igreja?” Será que teríamos uma resposta? Ou diríamos:
“Nem sei quais leituras bíblicas foram proclamadas, e não me lembro de nada que
o padre falou!”
Essa parábola nos pega a
todos. Se nos olharmos com sinceridade, vemos que existe uma distância entre a
Palavra de Deus que ouvimos e a vida que levamos. Por isso, se formos acolhidos
por Deus no Céu, o que esperamos, será por misericórdia dele.
Muitos ouvem a Palavra
de Deus e poucos a colocam em prática porque é mais fácil ouvi-la do que
praticá-la. Veja que comparação bonita o livro do Apocalipse usa para expressar
essa verdade: “Uma voz do céu me disse: vai, pega o livrinho e come-o. Na tua
boca ele será doce como o mel, mas, ao cair no estômago, será amargo como o
fel” (Ap 10,8-10). Esse livrinho é a Palavra de Deus. Ela é gostosa de se ouvir
de se ler, mas, quando alguém resolve levá-la a sério, ela desperta conflitos
dos mais diversos tipos.
Que as pessoas, quando
se referirem a nós, não tenham de dizer como Jesus falava a respeito dos
fariseus: “Sigam o que ele ou ela fala, mas não imitem as suas ações”.
E mais: a Palavra de
Deus não é difícil de ser praticada, pois é acompanhada da força do Espírito
Santo. Ela é como a semente que vai germinando e crescendo por si mesma, se não
encontrar obstáculos. Deus programou tudo certinho, visando a nossa salvação.
Da nossa parte basta ir dizendo “sim” a ele pela vida afora.
Havia, certa vez, um
homem que tinha o costume de, quando estava nervoso, mandar as coisas para o
inferno. Mandava cachorro, gato, ferramenta, cadeira, sapatos, comida...
Um dia ele morreu e
chegou à porta do Céu. S. Pedro não quis deixá-lo entrar logo, mas pediu a um
anjo que o levasse para dar uma volta. Passaram perto do inferno e ele ficou
horrorizado. Viu lá dentro todas aquelas coisas que ele havia mandado para lá:
gato, cachorro, comida, cadeira, enxada...
O homem é o senhor do
universo. Ele manda nas coisas do mundo e da natureza. “Eis que vos dou...” (Gn
1). Não dá frutos bons nem constrói sobre a rocha uma pessoa que xinga, fala
palavrões ou, pior ainda, manda coisas e até pessoas para o inferno.
Maria Santíssima é uma
árvore boa que produziu o melhor fruto que existe: Jesus Cristo, o Salvador do
mundo. Que ela nos ajude a construir a nossa casa sobre a rocha!
Por que me chamais
“Senhor! Senhor!”, mas não fazeis o que eu digo?
MOMENTO DE REFLEXÃO
Em um artigo de Campus
Life (A vida no Campus), uma jovem enfermeira escreve sobre sua luta para
aprender a enxergar em uma paciente a imagem de Deus sob um "doloroso
disfarce".
Eillen foi uma de suas
primeiras pacientes, um caso completamente sem esperanças. "Um aneurisma
cerebral (rompimento de veias no cérebro)", escreve a enfermeira,
"impedia que ela tivesse consciência do que ocorria em todo o seu
corpo." Logo os médicos concluíram que Eilleen estava totalmente
inconsciente, incapaz de sentir dor e alheia a tudo o que se passava a seu
redor. A equipe de enfermagem do hospital tinha a responsabilidade de virá-la
no leito a cada hora para evitar a formação de escaras e de alimentá-la duas
vezes por dia "com uma espécie de mingau ralo que passava por um tubo até
chegar ao estômago". Cuidar dela era uma tarefa ingrata.
Em estados tão graves
como esse – dissera-lhe uma enfermeira mais antiga do hospital -, você precisa
desligar-se emocionalmente da situação.
Em consequência disso,
Eileen começou a se tratada cada vez mais como um objeto, um vegetal... A jovem
enfermeira, porém, decidiu que não trataria aquela paciente assim. Ela
conversava com Eileen, cantava para ela, incentivava-a e chegou até a
presenteá-la com algumas lembrancinhas. Certo dia, quando a situação ficou
realmente muito complicada, sendo a ocasião ideal para a jovem enfermeira
descarregar toda a sua frustração sobre a paciente, ela, pelo contrário, agiu
com extrema bondade. Era o Dia de Ações de Graças, e a enfermeira disse à
paciente:
Eu estava muito
mal-humorada esta manhã, Eileen, porque hoje seria o meu dia de folga. Mas,
agora que estou aqui, sinto-me feliz. Eu não poderia deixar de vê-la no Dia de
Ação de Graças. Você sabia que hoje é Dia de Ação de Graças?
Nesse exato momento, o
telefone tocou. Enquanto se virava para atendê-lo, a enfermeira olhou de
relance para a paciente. Ela relatou: Eileen estava "olhando para mim...
chorando. Grandes lágrimas caíam sobre o travesseiro, e seu corpo inteiro
tremia".
Aquela única manifestação
de emoção que Eileen deixou transparecer foi suficiente para mudar a atitude de
todos os funcionários do hospital em relação a ela. Pouco tempo depois Eileen
faleceu. A jovem enfermeira encerra seu artigo dizendo: "Continuo a pensar
nela... Ocorreu-me que devo muito a ela. Se não fosse Eileen, eu jamais saberia
o que significa dedicar-se a alguém que não pode oferecer nada em troca."
Rebecca Manley Pippert
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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