Diário de Quarta-feira 22/01/2025
"Será que eu sempre tenho razão?
Quem se acha dono da verdade precisa buscar a verdade a respeito de si
mesmo."
EVANGELHO DE HOJE
Mc 3,1-6
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor!
Jesus foi outra vez à sinagoga. Estava
ali um homem que tinha uma das mãos aleijada. Estavam também na sinagoga
algumas pessoas que queriam acusar Jesus de desobedecer à Lei; por isso ficaram
espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar o homem no sábado. Ele
disse para o homem:
- Venha cá!
E perguntou aos outros:
- O que é que a nossa Lei diz sobre o
sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da
morte ou deixar morrer?
Ninguém respondeu nada. Então Jesus
olhou zangado e triste para eles porque não queriam entender. E disse para o
homem:
- Estenda a mão!
O homem estendeu a mão, e ela sarou.
Logo depois os fariseus saíram dali e, junto com as pessoas do partido de
Herodes, começaram a fazer planos para matar Jesus.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antônio Queiroz
É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?
Este Evangelho narra a cura do homem que tinha a mão
seca. Jesus entrou na sinagoga e viu o doente lá no canto da sinagoga. Como era
sábado, alguns observavam para ver se ele ia curar o homem no sábado, pois,
segundo a tradição deles, era proibido.
Jesus falou para o homem: “Levanta-te e fica aqui no
meio”. Em seguida perguntou ao povo: “É permitido no sábado fazer o bem ou
fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?”
A lei do descanso sabático foi criada para beneficiar
o povo. Portanto, no sábado é permitido fazer o bem e curar uma pessoa doente!
Entretanto, devido a essa cura, já tramaram a morte de Jesus.
O nosso saudoso Papa João Paulo II, na preparação
para o jubileu do ano 2000, apresentou esta frase de Jesus: “Levanta-te e fica
aqui no meio”, como a nossa missão do terceiro milênio.
Jesus chamou o homem para o espaço central da
sinagoga porque ele estava na beira da parede, separado do povo, humilhado,
pois sua doença era considerada castigo de Deus. Jesus fez um gesto de
inclusão, o contrário do que a sociedade atual faz: exclusões de diversos tipos
e pelos mais diversos motivos.
Em vários outros momentos, Jesus procurou incluir
quem estava excluído: no encontro com a samaritana, com a mulher adúltera, com
Zaqueu, com o cego de Jericó...
Olhando os 2009 anos de presença da Santa Igreja no
mundo, e os 509 anos no Brasil, vemos que ela fez muitos gestos de inclusão.
Basta olhar as Santas Casas do Brasil que foram criadas pela Igreja, o trabalho
dos vicentinos, das pastorais sociais, todo o trabalho missionário e de
evangelização que tira o povo da marginalização religiosa...
Mas ainda existem entre nós, infelizmente, muitas
exclusões: desemprego e subemprego, prostituição, hospitais cheios de leitos
vazios, esperando os ricos, enquanto o povo do bairro não tem atendimento
médico...
Queremos pedir perdão a Deus, e continuar fazendo o
mesmo convite de Jesus: “Levanta-te e fica aqui no meio”, mesmo que soframos
ameaças como ele sofreu.
Assim nós atender ao apelo do Papa João Paulo II, já
que temos a graça de viver no terceiro milênio: venha para o centro da vida,
saia da margem da sociedade, vença a exclusão!
Queremos fazer virar verdade as palavras do Profeta
Isaías: “Não haverá mais crianças que vivam apenas alguns dias, nem velhos que
morram antes dos cem anos. Construirão casas, e nelas habitarão. Plantarão
vinhas, e colherão seus frutos. Ninguém vai construir para outro morar, nem
plantar para outro comer. E todos serão abençoados por Deus. O lobo e o
cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá capim junto com o boi” (Is 65,20-25).
Se olharmos a História da Igreja, veremos que todos
os santos e santas fizeram isso, incluíram os excluídos.
Jesus nos faz um apelo missionário. Ao chamar para o
centro esse homem de mão ressequida, ele nos convida a participarmos da festa
da inclusão. É sempre assim: quando alguém procura incluir uma pessoa
marginalizada, esse seu gesto se torna um convite a todos os marginalizadores a
se converterem, passando a incluir as pessoas na sociedade, em vez de
excluí-las. O certo é colocar a pessoa em primeiro lugar, a vida acima dos bens
materiais e das leis, como fez Jesus em relação à lei do sábado.
A nossa sociedade atual tem muitos valores, mas tem
também malandragens terríveis. Por exemplo, o disfarce. Vale para ela o que
disse o Profeta Jeremias: “Vós tratais com negligência as feridas do meu povo,
e dizeis: ‘Está indo tudo bem’; quando, na verdade, está indo tudo mal” (Jr
6,14). Como é importante as nossas Comunidades serem luz no meio dessa geração!
Certa vez, Frei Galvão estava pregando numa cidade, e
um homem resolveu dar de presente para ele três frangos. Pegou os frangos no
seu terreiro e os levou para a casa paroquial, onde o Frei Galvão estava
hospedado.
Aconteceu que, ao entregá-los ao Frei, um dos frangos
escapou. O homem instintivamente deu um xingo, dizendo: “Frango do diabo!”
Correu, pegou o frango na rua e o trouxe. Mas Frei Galvão falou: “Eu só aceito
estes dois. Este aí não, porque você o deu para o diabo”.
Imagine a lição que o homem levou, ele que havia
falado aquilo sem nem perceber! Mas é o “bendito” costume de falar palavrões.
Muita gente de vez em quando se esquece de que foi batizado.
Ser profeta é um dos trabalhos mais bonitos de
inclusão, porque aproxima as pessoas de Deus, o qual nos faz felizes em
qualquer situação em que estivermos. Frei Galvão foi profeta não só para aquele
senhor, mas para todos os que viram a sua atitude.
E quando formos convidar alguém para o centro da
vida, convidemos também Maria Santíssima, porque ela é a nossa mãe, a nossa
rainha, a mais bela flor que o universo produziu.
É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Amar nossos familiares, nossos
amigos, nossa casa, nossos objetos, torna-se saudável, quando não fazemos de
tal amor uma escravidão. Amar sem apego, é capacidade das mais difíceis, porém
necessária.
Quantas jovens, incapazes de
seguir seu rumo em direção às suas metas, devido ao apego aos pais, aos
parceiros, preferem marcar passo na rua da vida... fincam pé no local em que
nasceram e recusam-se a aceitar realidades, que, de repente, chegam sem avisar.
Muitas vezes, surpresas nada
agradáveis visitam nossas vidas e exigem decisões que jamais pensaríamos ter
que tomar.
A coragem, nestas ocasiões, deve
prevalecer. O fato de sabermos que a distância não extingue o amor, ao
contrário, possui o poder de reavivar elos agradáveis, auxilia-nos a colocar os
pés fora do ninho.
As mães, muitas vezes, ao
exercerem um controle ferrenho na vida dos filhos, corroboram para que os
mesmos não amadureçam emocionalmente.
E assim, eles relutam em
partir... não são capazes de compreender que a distância, muitas vezes, é a
oportunidade para desabrochar e aprofundar conhecimentos.
A vida de tantos, será mais fácil
e vitoriosa, quando o cordão umbilical for cortado.
Mães, preparem seus filhos para a
vida. Se eles forem, desde pequenos, orientados a cuidar de seus pertences, a
ajudar na cozinha, a colaborar na prestação de pequenos favores, o futuro será
para eles, caminho a ser desbravado com positividade.
Preparem seus filhos para serem
felizes e não cativos do amor que prende.
As avezinhas cuidam dos filhotes
durante um certo tempo... e depois, elas os estimulam a cruzar os ares, em
busca de vida independente.
Façam assim com seus filhos, e
terão o prazer de ver a felicidade caminhando bem junto deles.
Maria Nilceia
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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