Diário de Segunda-feira 27/01/2025
“Dinheiro faz homens ricos, o
conhecimento, homens sábios e a humildade faz grandes homens.” (Pe. Orlando
Gambi)
EVANGELHO DE HOJE
Mc 3,22-30
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor!
Alguns mestres da Lei, que tinham vindo
de Jerusalém, diziam:
- Ele está dominado por Belzebu, o chefe
dos demônios. É Belzebu que dá poder a este homem para expulsar demônios.
Então Jesus chamou todos e começou a
ensiná-los por meio de parábolas. Ele dizia:
- Como é que Satanás pode expulsar a si
mesmo? O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será
destruído. Se uma família se divide, e as pessoas que fazem parte dela começam
a lutar entre si, ela será destruída. Se o reino de Satanás se dividir em
grupos, e esses grupos lutarem entre si, o reino não continuará a existir, mas
será destruído.
- Ninguém pode entrar na casa de um
homem forte e roubar os seus bens, sem primeiro amarrá-lo. Somente assim essa
pessoa poderá levar o que ele tem em casa.
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade:
os pecados que as pessoas cometem ou as blasfêmias contra Deus poderão ser
perdoadas. Mas as blasfêmias contra o Espírito Santo nunca serão perdoadas
porque a culpa desse pecado dura para sempre.
Jesus falou assim porque diziam que ele
estava dominado por um espírito mau.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Fr. José Luís Queimado, CSsR.
OBRAS EM NOME DE DEUS!
Esta passagem não é fácil de ser interpretada, como
vocês já percebem ao lê-la! A palavra Beelzebúl (Βεελζεβούλ), em grego,
significa: senhor das moscas; esta palavra provém do hebraico Ba’al Zebub (בעל זבוב). Na
realidade, esta divindade era adorada pelos filisteus, na cidade bíblica de
Ekron (עֶקְרוֹן),
a mais ou menos 30 km de Jerusalém.
As oferendas dos cananeus ao que eles chamavam Senhor
dos Exércitos apodreciam nos mesmos lugares em que eram postas, por isso os
judeus começaram a zombar dessa divindade estrangeira, dando-lhe o nome de
“senhor das moscas”, pois elas tomavam conta das oferendas pútridas. Ba’al, na
realidade, também significa senhor, em hebraico. Mas ninguém poderia adorar
outra divindade que não IHWH (Javé), ainda mais se fosse Ba’al essa divindade.
Para aqueles que acusavam Jesus de operar curas e
milagres em nome de Belzebu, os feitos miraculosos do Mestre eram realizados
pelo poder de más divindades. Não se tinha ainda a noção de que Belzebu estava
no inferno de enxofre comandando os diversos demônios, pois essa concepção
demonológica só apareceu no século XVI. Chefe dos demônios, para os judeus,
queria dizer que era a divindade estrangeira mais odiada e temida da época de
Jesus.
O Mestre usa o mesmo argumento para rebater seus
acusadores. Jesus sabe que os seus milagres não tinham nenhuma relação com
Satanás ou Belzebu, ou com qualquer outra divindade ou ser mitológico da época.
Suas obras são realizações de Deus, para mostrar que seu projeto transcendia a
realidade palpável. Jesus fala a respeito de divisões nas famílias ou nos
grupos, para que eles se convencessem do erro que estavam cometendo. O Mestre
não podia expulsar os demônios (Satanás) em nome de Belzebu, pois estaria lutando
contra o seu próprio grupo. Com esse argumento, muitos creram que aquelas obras
de Jesus eram divinas.
A última ideia de Jesus é bem assustadora; sempre
repercute em todos os ouvidos cristãos. Mas quem sabe dizer o que, na
realidade, vem a ser um pecado contra o Espírito Santo!? Muitos já tentaram
responder; mas cada um dá uma opinião diferente. É certo que essa linguagem
usada por Jesus é para assustar os seus adversários. Mesmo estando aqueles
escribas investindo contra ele, Jesus não quer vê-los distante do Reino de
Deus. Por isso, ameaça duramente àqueles homens inteligentes da época, que
sabiam escrever e interpretar as Escrituras, porque queria que eles aderissem
ao projeto salvífico do Reino de Deus.
Pecar contra o Espírito é destruir um ser humano, que
possui o Espírito de Deus; que tem o Espírito Santo. É fechar-se em si mesmo, e
esquecer o sofrimento à sua volta. É tratar as pessoas ao seu redor como
objetos descartáveis. Mas como diz São Paulo: “... mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça!” (Rm 5, 20b). Jesus nunca condenou ninguém, e morreu na
cruz para a salvação de todos! Por isso, todos os pecados podem ser perdoados,
se houver arrependimento sincero de coração! Esse foi o maior sonho de Jesus:
que todos acreditássemos que as suas obras eram da parte de Deus! Que São
Francisco de Sales nos ajude a entender e a viver essa realidade!
E-mail: jlqueimado@ig.com.br
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Muitas pessoas na vida são
acometidas por uma doença muito grave chamada Síndrome do Estrelismo”. Duas
grandes ilusões acompanham os portadores desta síndrome. Primeiramente, pensam
que têm brilho próprio. Em segundo lugar, pensam que o seu brilho dura para
sempre.
Toda estrela vive a ilusão do
brilho próprio, e pensa que brilha por si mesma; logo imagina também que se
basta a si mesma. É o complexo de superioridade, sempre acompanhado de alguns
sintomas muito conhecidos, tais como presunção, arrogância, soberba, orgulho e
vaidade. Geralmente esse tipo de luz se apaga muito rapidamente e, pior ainda,
quando cair, a queda é muito grande.
Neste mundo de DEUS ninguém tem
brilho próprio. As noites enluaradas nada mais são do que reflexo do brilho do
sol sobre a lua. O sol brilha e a lua resplandece. Se na própria natureza
percebemos o valor da interdependência, da justa cooperação para a beleza maior
do universo, também isso é verdadeiro no plano da vivência humana.
Quando resplandecemos, alguém
está nos emprestando o seu brilho. Quem pensa que brilha sozinho, vive uma
grande ilusão e usurpa uma luz que não lhe pertence. Nossas vitórias e
conquistas trazem o reflexo de muitos brilhos e do brilho de muitos, e que, mesmo
no anonimato, ainda assim são mais importantes do que imaginamos.
Uma outra grande ilusão do
portador da síndrome do estrelismo é imaginar que vai brilhar para sempre. É o
complexo de eternidade adoecendo a vida de alguns pobres mortais. Nesta vida
nada é para sempre!
Existem pessoas que não podem
conquistar alguns espaços sociais, especialmente no exercício do poder e de
influência (políticos, religiosos, artistas, intelectuais, etc.), pois
imaginam-se astros-reis, brilhando numa constelação de míseros vaga-lumes.
Tais pessoas esquecem que a vida
terrena é muito efêmera, e que as marcas desta efemeridade estão presentes em
toda nossa existência. Tudo na vida é ilusório. O rei Salomão disse: “Tudo é
vaidade!” Isso vale, também, para os que se imaginam intocáveis e eternos.
Neste novo milênio, seremos todos
desafiados a buscar a cooperação mútua, o intercâmbio constante e o
reconhecimento de que não somos estrelas isoladas, mas membros de uma grande
constelação, onde o brilho de todos é também reflexo do brilho de cada um.
Precisamos deixar que os outros
brilhem, pois muitas vezes, quando alguém lança uma luz sobre nosso caminho,
aponta-nos o abismo onde iríamos cair.
Estrela não tem luz própria. A
glória do universo é apenas um pequeno reflexo da luz maior que provém de DEUS,
e todos nós somos fagulhas de DEUS.
Quando pensamos que estamos
brilhando, é ELE quem nos empresta a Sua luz.
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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