Diário de Terça-feira 28/01/2025
"Aos olhos de Deus é mais
importante o que sou do que aquilo que eu faço, portanto, busco uma vida
correta sem deixar de servi-lo ao ajudar os outros e fazer o bem."
EVANGELHO DE HOJE
Mc 3,31-35
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor!
Em seguida a mãe e os irmãos de Jesus
chegaram; eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Muita gente estava
sentada em volta dele, e algumas pessoas lhe disseram:
- Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora, procurando o senhor.
Jesus perguntou:
- Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos?
Aí olhou para as pessoas que estavam sentadas em volta dele e disse:
- Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. Pois quem faz a vontade de
Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antônio Queiroz (In Memorian)
Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha
irmã e minha mãe.
Neste Evangelho, Jesus, aproveitando o aviso de que
sua mãe e familiares queriam falar com ele, anuncia-nos a prioridade que deve
ter o Reino de Deus, inclusive sobre os vínculos familiares. Não há, aí, nenhum
menosprezo por sua mãe, Maria, nem desinteressa pela sua família. O uso linguístico
hebreu e aramaico aplicava o termo “irmãos” aos primos e parentes próximos.
Vemos aí um eco daquelas outras palavras de Cristo:
“Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus
filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu
discípulo” (Lc 14,26).
Jesus, ao proclamar familiar seu todo o que cumpre a
vontade de Deus, muito longe de rejeitar a sua própria mãe Maria, está
exaltando-a; porque ela foi a primeira que cumpriu a vontade de Deus na sua
vida, com o seu “faça-se” inicial e definitivo. Cristo, ao abrir o círculo do
parentesco com ele, fundado nos valores do Reino que são superiores aos laços
da carne e do sangue, está afirmando a união perfeita que existe entre ele e
sua mãe, por dois motivos: os vínculos de sangue e a convergência sem discrepância
no espírito do Reino.
A Família de Deus, que tem o seu fundamento na
obediência a Deus, tem prioridade sobre os laços de sangue. Jesus demonstrou
isso também quando seus pais o encontraram no Templo, depois de o procurarem
durante três dias: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar
naquilo que é de meu pai?” (Lc 2,49). Em outras palavras, Jesus lhes falou que
a sua condição filial a Deus Pai e a sua obediência a ele deve prevalecer sobre
a autoridade e os laços familiares. “Eis que venho, ó Pai, para fazer a vossa vontade”
(Hb 10,7).
O desapego de Jesus em relação à sua família natural
é “teológico”, mais que afetivo.
O Evangelho relativiza a instituição familiar no
tocante à resposta da pessoa a Deus. O homem e a mulher, a criança e o jovem,
abrem-se mediante a fé a outras relações que superam as meramente familiares,
do mesmo modo que, na sua evolução social, os adolescentes e jovens se abrem a
outras influências extrafamiliares: cultura, estudos, ideias, amizades...
Isso não contradiz a vocação familiar de educadora da
fé. Que “a família cristã proclame em voz bem alta os valores do Reino”, como
escola de fé que é para a vida (Concilio Vaticano II, LC 35).
Pe. Orlando de Morais foi o primeiro redentorista
brasileiro da Província de S. Paulo. Ele era goiano, nascido na cidade de
Bonfim – GO. Trabalhava no Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida. Um santo
homem de Deus. Nunca teve boa saúde. Foi nomeado bispo, mas recusou por motivo
de saúde.
Sua doença se agravou. Dia 07/12/1924, pressentindo
que a morte já estava próxima, arrastou-se até o quarto do Superior, Pe.
Francisco Wand, e pediu-lhe a bênção para morrer. Pe. Francisco lhe disse: “Nem
hoje nem amanhã, que é dia de festa e de muito trabalho. Espere um pouco”. Nove
dias depois, dia 16/12/1924, ele voltou ao quarto do Superior, pedindo
novamente a licença “para viajar”. Pe. Francisco respondeu: “Agora sim”. Pe.
Orlando voltou a seu quarto e entrou em agonia, vindo a falecer horas depois.
Poucos dias antes da sua morte, Pe. Francisco, que
bem conhecia a virtude do seu súdito, pediu-lhe que, chegando ao Céu, lhe
mandasse um conto de Réis, para pagamento de uma conta urgente da Basílica.
Após o enterro, uma senhora desconhecida apresentou-se no convento, entregando
ao Superior uma rosa feita com cinco notas de duzentos mil Réis cada.
Felizes os pais do Pe. Orlando, em Bonfim – GO, que
lhe transmitiram a fé e a santidade!
Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha
irmã e minha mãe.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Escolhas de uma vida
Pedro Bial
A certa altura do filme Crimes e
Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma
das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha
massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a
gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao
fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo
essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em
que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar
pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura.
No amor, a mesma coisa: namora-se
um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um
momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso
formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se
findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a
casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e
contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar
vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a
pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma
pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos
finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não os ter quando se
está cansado. Por isso é tão importante o autoconhecimento. Por isso é
necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar
atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.
Nossas escolhas não podem ser
apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve
reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota
venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente
percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que
queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências
destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50%
de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é
sua...!
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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