Diário de Segunda-feira 20/01/2025
"O que é autoimagem? É como o ser
humano vê a si mesmo e como imagina que os outros o veem"
EVANGELHO DE HOJE
Mc 2,18-22
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus
Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós, Senhor!
Os discípulos de João Batista e os
fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas chegaram perto de Jesus e disseram a
ele:
- Os discípulos de João e os discípulos
dos fariseus jejuam. Por que é que os discípulos do senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um
casamento jejuam enquanto o noivo está com eles? Enquanto ele está presente, é
claro que não jejuam! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio
deles; então sim eles vão jejuar!
- Ninguém usa um retalho de pano novo
para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa
velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém
fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados.
Por isso, o vinho novo é posto em odres novos.
Palavra da Salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antônio Queiroz
O noivo está com eles.
Este Evangelho começa com uma pergunta feita a Jesus,
por que os seus discípulos não jejuam, e a resposta dele: “Os convidados de um
casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles?” Em
seguida, Jesus esclarece ainda mais, através de duas comparações: do remendo de
pano novo em roupa velha, e do vinho novo colocado em odres velhos.
Para os judeus, o jejum era prática fundamental da
religião, ao ponto de os mais piedosos jejuarem até duas vezes por semana, a
fim de acelerar a chegada do Messias e do Reino de Deus. Já os discípulos de
Jesus pouco jejuavam; mais ou menos como fazemos hoje.
Jesus explica o motivo da diferença: durante uma
festa de casamento, os amigos dos noivos evidentemente não jejuam, enquanto os
noivos estão com eles. Jesus é o noivo, no casamento de Deus com a humanidade,
com o novo Povo de Deus. Jesus usa a imagem veterotestamentária dos esponsais
de Deus com o povo. E se coloca como Deus, como realmente é.
“Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do
meio deles; aí, então, eles vão jejuar.” Isto é, sofrerão perseguições e
dificuldades, tristeza e desolação.
E Jesus esclarece com as duas comparações, curtas e
claras: ninguém põe remendo de pano novo numa roupa velha, porque a peça nova
repuxa e rasga a roupa, deixando a rasgão ainda maior. Igualmente, ninguém põe
vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo ainda está em processo de
fermentação e estoura os odres velhos que são mais fracos.
As parábolas sublinham a incompatibilidade da nova
situação religiosa criada por Jesus, com as velhas instituições e prescrições
da religião judaica, representadas, aqui, na prática do jejum. Jesus não veio
mudar só a “casca” do velho estilo religioso, veio mudar profunda e
radicalmente. Não é possível “costurar” a religião judaica com a cristã; a
única saída é deixar de lado a religião judaica e abraçar de corpo e alma a Boa
Nova de Jesus.
De fato, Cristo não se empenhou em reformar a
sinagoga e o velho culto. Antes, fundou o novo Povo de Deus, que é a Santa
Igreja. Isto é bem esclarecido por Jesus em Mt 5,20-6,18: “Ouvistes o que foi
dito aos antigos... Eu, porém, vos digo...” A religião de Jesus está
fundamentada mais no coração da pessoa do que na obediência às leis exteriores.
A sua lei é o amor, a fraternidade, a justiça, a fé... virtudes que cada um de
nós concretiza no dia-a-dia da vida. O nove Templo é a sua pessoa e a
Comunidade cristã. “Acaso não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito
de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16). Frente aos sacrifícios de animais da
antiga aliança, surge o novo sacrifício de si mesmo, realizado na cruz e
atualizado constantemente na Eucaristia e na vida dos cristãos.
Temos de nos deixar transformar pelo Espírito, que
nos transforma em vinho novo, para alegria de Deus e vida do mundo.
“Todo mundo sabe que sois uma carta de Cristo,
redigida por nosso intermédio, escrita não com tinta, mas com o Espírito de
Deus vivo, gravado não em tábuas de pedra, mas em tábuas que são corações
humanos” (2Cor 2,3).
S. Bernardo era um monge que viveu na França, no Séc.
XII. Sua mãe faleceu cedo, ficando o pai com sete filhos.
Quando Bernardo era adolescente, foi para o convento.
Logo os irmãos começaram a ir também.
Por fim, sobrou o pai e o mais novo, chamado Nivaldo.
Um dia, o pai disse para o Nivaldo: “Filho, eu estou com vontade de ir também
para o convento. Por isso, eu deixo de presente para você todos os nossos bens:
esta casa com tudo o que está dentro dela, as nossas terras... tudo. Concorda?”
Nivaldo respondeu: “Bonito, hein pai! Vocês escolhem
o céu e deixam a terra para mim? Querias! Eu também vou. O senhor pode dar fim
em tudo isso”. De fato, Nivaldo tinha razão, porque o Céu é mais importante que
a terra.
“Aí, então, eles vão jejuar.” O nosso jejum principal
é a prática das virtudes cristãs, inclusive o desapego dos bens da terra, como
Nivaldo.
Como Jesus disse para Marta: “Marta, Marta! Tu te
preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10,41-42).
Que Maria Santíssima nos ajude a abandonar o homem
velho e nos deixar embriagar pelo vinho novo que é a Boa Nova de Jesus.
O noivo está com eles.
MOMENTO
DE REFLEXÃO
Não é preciso que você tenha
todas as virtudes.
Importa que boa parte delas
estejam na sua pauta diária, como metas a serem alcançadas gradativamente.
Não é preciso que você seja
perfeito.
Importa que você manifeste
generosamente aquela parcela do seu Ser que já é pura luz e perfeição.
Não é preciso que você seja santo
- somos todos pecadores.
Importa o veredicto da sua
própria consciência quando a sós consigo mesmo e o firme propósito de não
incorrer nas mesmas transgressões, por você reconhecidas.
Não é preciso que você ame seus
inimigos.
Importa que suas atitudes de
legítima bondade e retidão desfaçam os liames de ódio que os mantêm atrelados a
sua pessoa.
Não é preciso que você seja um
pilar de forças e sabedoria.
Importa compreender que neste
mundo somos todos frágeis e carentes aprendizes, passando pelas muitas provas
que a vida nos oferece a cada dia.
Não é preciso que você seja um
vencedor aos olhos do mundo.
Importa sim a paz advinda
daquelas pequenas vitórias diárias que só você e tão somente você conhece.
Não é preciso que você seja
popular, famoso, amado ou benquisto.
Importa primeiro que você se ame
e se respeite, pelo sincero reconhecimento daquela Divina Centelha que habita
seu ser de forma singular e inigualável.
Sorria sempre!
Diga "muito obrigado"
em todas as situações e que em seus lábios sempre haja uma palavra de louvor!
Fátima Irene Pinto
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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