Domingo, 07 de maio de 2023
"O
sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores." [Mário
Quintana]
EVANGELHO DE HOJE
Jo
14,1-12
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
1Naquele
tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a
seus servidores: "É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso,
os poderes miraculosos atuam nele". 3De fato, Herodes tinha mandado
prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a
mulher de seu irmão Filipe.
4Pois
João tinha dito a Herodes: "Não te é permitido tê-la como esposa".
5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como
profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou
diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7que ele prometeu, com juramento,
dar a ela tudo o que pedisse.
8Instigada
pela mãe, ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João
Batista". 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos
convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de
João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e
esta a levou a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o
enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz (In Memorian)
A fama de Jesus é
comparada com a de João Batista
O Evangelho narra a
denúncia que João Batista fez ao rei Herodes, por viver com Herodíades, a
esposa do seu irmão Filipe. E narra a conseqüência desse seu profetismo, que
foi o martírio.
Naquele tempo, o povo
imitava o rei. O que o rei fazia, isso era o certo. E alguns reis se julgavam
quase como deuses, passando por cima da Lei de Deus e dos princípios morais. “A
lei sou eu”, disse uma vez um rei.
Herodes se ajuntou com a
cunhada, desprezando a Lei de Deus sobre a família, e não estava nem aí. A vida
continuou normal no palácio e no reino, sem ninguém abrir a boca, de medo. Medo
principalmente de Herodíades que era inteligente, perspicaz, cruel e dominadora
do amante.
Mas felizmente havia no
seu reino um profeta corajoso, que era João Batista. Foi até ele e disse: “Não
te é permitido tê-la como esposa”.
Não foi bem Herodes, mas
a sua amante Herodíades que se vingou. E João Batista tornou-se um mártir da
família.
Nós somos convidados a
imitar João Batista, como profetas e profetizas. Pois o profeta não só anuncia
o caminho de Deus, mas também denuncia as situações contrárias. E ele não pode
ser teórico, tem de colocar os pingos nos “is” e dar nomes aos bois. E se
atingir algum poderoso ou poderosa, o que fazer? O profeta e a profetiza falam
sempre a verdade, doa a quem doer.
O pecado do sexo degrada
a pessoa e gera outros pecados. Veja o caso de Davi com Betsabéia, narrado em
2Sm 11-12.
Logo após o Evangelho de
hoje, S. Mateus narra a multiplicação dos pães. São os dois banquetes, tão
comuns na sociedade, o da vida e o da morte. Os banquetes da morte são palcos
de conspirações contra aqueles que promovem a vida. A justiça do mundo nunca é
objetiva e muito menos isenta. Ela vive condenando inocentes, apresentando
“crimes” inventados para ocultar os verdadeiros motivos. Que bom seria se
houvessem muitos João Batistas na nossa sociedade!
Aqueles que pretendem
implantar no mundo um sistema de morte, antes querem apagar a Luz, que é Jesus
e seus enviados. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz
brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la” (Jo 1,4-5).
O mundo continua não
suportando a Luz, que é Jesus, porque vive nas trevas da mentira, da ganância,
da corrupção e do pecado. Nós cristãos até aprendemos a “fechar um olho”,
porque temos medo de perder cargos, oportunidades, a vida. Como João Batista
faz falta!
Certa vez, havia um
circo numa cidade, e este circo pegou fogo. Foi terrível. Era à tardezinha, e o
palhaço já estava com o rosto pintado e a maquiagem pronta para o espetáculo.
Como a equipe não
conseguia apagar o fogo, o palhaço saiu pelas ruas gritando, desesperado,
pedindo ajuda para apagar o fogo.
Mas as pessoas, ao
vê-lo, em vez de atender ao seu apelo, davam risada, pensando que era mais uma
palhaçada dele.
Assim, não houve jeito.
Em pouco tempo o circo se transformou em um montão de cinzas.
O nosso comportamento
influi fortemente no peso das nossas palavras e do nosso testemunho. Se uma
pessoa não dá bom exemplo de vida, quando fala de Jesus Cristo, não convence
muito. Que sejamos profetas autênticos, como foi João Batista.
Maria Santíssima,
imaculada, exerceu um profetismo completo. Por isso é a Rainha dos profetas.
Que ela nos ajude!
MOMENTO DE REFLEXÃO
Ser amado e amar
significa “entrega em intimidade”, isto é, sintonia das emoções. Quando
entregamos uma parte do nosso espaço e tempo à pessoa amada, não significa que
perdemos nossa individualidade.
Entregar-se significa
deixar de viver analisando, apegando-se a velhos preconceitos. É dar um salto
no abismo, é acolher o novo de mente aberta.
Muitas pessoas não ousam
sequer deixar o lar dos pais para estudar fora, com medo do novo, do
imprevisível. Quando vão a uma festa, querem saber de antemão tudo o que vai
acontecer. Quando estão com alguém, querem que as coisas aconteçam à sua
maneira. Com isso, restringem-se a uma vida repetitiva.
Numa noite escura, um
homem andava no meio de uma floresta. De repente, ele caiu. A única coisa que
conseguiu fazer foi segurar-se em um galho. Quando olhou para baixo, só viu
escuridão. Começaram então os pensamentos catastróficos: “Eu vou cair neste
abismo e vou morrer... Este galho não vai aguentar, eu vou me machucar todo”. À
medida que o tempo passava, o galho ia se desprendendo, e cada vez mais o homem
se desesperava, com medo de cair e morrer. A claridade foi chegando com a
manhã, e então ele percebeu que estava com os pés a apenas quarenta centímetros
do chão e que todo o seu medo e sofrimento tinham sido infundados.
Assim fazem as pessoas
que não se soltam das raízes do passado para voar em direção aos sonhos do
presente. Ficam com medo de se arrebentar, quando, na realidade, o salto a ser
dado tem pouco mais de quarenta centímetros: a distância que separa o cérebro
do coração.
Este é o grande salto a
ser dado: parar de viver o tempo todo se analisando e deixar de ouvir o “juiz”
que existe na sua cabeça. Passar a viver os acontecimentos, em vez de ficar
julgando a si mesmo, o outro e tudo o que está ocorrendo.
Muitas pessoas confundem
entrega com submissão, o que é um erro, pois cada uma delas se origina em um
ponto distinto da personalidade. Enquanto a entrega tem origem na
autovalorização e é movida pelo amor, a submissão decorre de um sentimento de
inferioridade e é mobilizada pelo medo.
Ser amado e amar
significa “entrega em intimidade”, isto é, sintonia das emoções. Quando
entregamos uma parte do nosso espaço e tempo à pessoa amada, não significa que
perdemos nossa individualidade.
Na entrega, tornamo-nos
transparentes para o outro, despidos de qualquer máscara, o que possibilita ao ser
amado nos ver e nos sentir exatamente como somos.
Na entrega, é como se um
pudesse ver o que o outro está pensando, porque estão sintonizados na mesma
frequência de sentimentos.
A confiança é o suporte
básico para a entrega e necessita ser mútua, isto é, não pode ser unilateral
num grande amor. Todos temos guardados, dentro de nós, nossos segredos, nossos
sentimentos, nossas dúvidas, inquietações e medos; nossa genialidade, nossa
criatividade, nossa beleza, sensualidade e sexualidade; todas as nossas verdades,
vivências e experiências boas e ruins, que representam o nosso tesouro íntimo e
que só nós conhecemos e fazemos questão de manter no fundo do nosso ser.
Entregar-se ao outro é
presenteá-lo com a chave desse cofre, é transformá-lo num explorador e co-guardião
dessas riquezas. E, na entrega mútua, os tesouros se fundem e se transformam
num grande amor — cada um é depositário e depositante da riqueza dos dois.
Nessa fusão, o par de amantes transcende e se integra no Universo.
Para muitos, isso pode
parecer uma grande ameaça, porque a entrega implica comprometimento com o amor.
Não se entregando profundamente a alguém, fica a pessoa se entregando aos
pedacinhos a várias, o que representa desgaste, tensão e uma dicotomia muito
grande. É feita uma oferta de chaves falsas, que jamais abrirão cofre nenhum.
Conseqüentemente, também
são recebidas chaves falsas. Muitas vezes nem nós mesmos conhecemos o nosso
tesouro; esquecemos o seu segredo. Pode ser que só possamos ter acesso a ele
através do amor e da entrega, porque a pessoa amada vai nos ajudar a ter
coragem de mergulhar nas profundezas, sem medo do que possamos encontrar, e até
mesmo nos tornar curiosos por descobrir mais.
Analisando o que temos
feito na vida, vemos que, muitas vezes, nos preparamos para o banho, chegamos
perto do mar, mas acreditando que a água está fria desistimos de nadar e
voltamos para casa frustrados. Tendo consciência disso, podemos aprender a
mergulhar nas águas do amor, ainda que elas signifiquem um banho frio.
O importante é a percepção
de que frustrações desnecessárias geram um sentimento de incapacidade e que a
entrega significa lançar-se neste mar — com a força dos braços e das pernas,
saberemos fazer nosso corpo esquentar-se e fortalecer-se no amor.
Roberto Shinyashiki
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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