Segunda-feira, 08 de maio de 2023
"Quando
deixamos nossa luz própria brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas
permissão para fazer o mesmo." [Nelson Mandela]
EVANGELHO DE HOJE
Jo
14,21-26
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem aceita os meus mandamentos e lhes
obedece, esse é que Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai. Eu também o
amarei e manifestar-Me-ei a ele». Judas, não o Iscariotes, perguntou: «Senhor,
porque vais manifestar-Te a nós e não ao mundo?» Jesus respondeu: «Se alguém Me
ama, guarda a minha palavra e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos
nele a nossa morada. Quem não Me ama não guarda as minhas palavras. E a palavra
que ouvis não é minha, mas é a palavra do Pai que Me enviou. Estas são as
coisas que tinha para vos dizer estando ainda convosco. Mas o Advogado, o
Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, Ele ensinar-vos-á todas as
coisas e vos fará recordar tudo o que Eu vos disse».
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR
O Defensor, o Espírito
Santo, que o Pai enviará, ele vos ensinará tudo.
Este Evangelho, podemos
chamar de trinitário, porque nele aparecem, de maneira explícita e muito viva,
as três Pessoas divinas: quem guarda a palavra de Jesus é amado por Deus Pai,
os dois virão e farão morada nele, e o Espírito Santo lhe ensinará tudo. Jesus
chama o Espírito Santo de “Paráclito”, termo complexo que compreende as funções
de advogado, defensor, assistente, protetor, mestre e consolador. O Espírito
Santo exerce todas essas funções em cada cristão e na santa Igreja. “O
Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo
e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
Tal como o Filho foi
enviado em nome do Pai para realizar a sua obra, assim o Espírito Santo é
enviado em nome de Cristo para completar a sua revelação à Igreja.
“Quem observa os meus mandamentos... Eu o
amarei e me manifestarei a ele.” Manifestar-se é no sentido de levar a pessoa a
crer em Jesus. A fé é proporcional à nossa obediência aos mandamentos de Jesus.
Se uma pessoa começa a observar com mais empenho os mandamentos, Cristo vai se
manifestando, isto é, a sua fé vai crescendo dia a dia. E, junto com ela, a
esperança e a caridade. A fé da pessoa vai ficando cada vez mais esclarecida e
autêntica, isto é, concretizada na Igreja que Jesus fundou: una, santa,
católica e apostólica.
Se, pelo contrário, uma
pessoa começa a se afastar dos mandamentos, a sua fé vai diminuindo e se
desviando dia a dia. De repente a pessoa está “adorando animais”.
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!
Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade
de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21).
“Quem me dera que meu povo me escutasse, que
Israel andasse sempre em meus caminhos! Seus inimigos sem demora humilharia e
voltaria minha mão contra o opressor... Eu lhe daria de comer a flor do trigo,
e com o mel que sai da rocha o fartaria” (Sl 80,14-17).Jesus Cristo sempre
procurou obedecer a Deus Pai: “Eis que venho, ó Pai, para fazer a vossa
vontade” (Sl 39,8). “O meu alimento é fazer a vontade do meu Pai que está no
céu” (Jo 4,34). “Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou” (Jo 6,38).
Também os Apóstolos eram
observantes fiéis dos mandamentos: “É preciso obedecer antes a Deus que aos
homens” (S. Pedro, no seu discurso no tribunal. Está em At 5,29).
No Pai Nosso, nós
rezamos: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu”.
Todos nós queremos que
Jesus se manifeste a nós, a fim de sabermos o caminho certo da nossa
felicidade. Vamos então observar com dedicação os seus mandamentos.
A principal força que
nos leva a obedecer a Deus não é o interesse em receber favores e benefícios
dele, ou o medo de castigo, mas é o amor a ele. Eu vou à Missa porque sei que
Deus quer que eu vá, e eu o amo muito e quero fazer a sua vontade. Havia um homem
que, quando dava tempestade com raios, ele rezava. Um dia ele instalou um
pára-raios na sua casa, então parou de rezar. Na verdade esse homem nunca teve
uma fé verdadeira, por a sua “fé” sempre foi interesseira. A fé verdadeira
nasce do nosso amor a Deus, independente de recebermos ou não benefícios dele.
Certa vez, Nossa
Senhora, com o Menino Jesus nos braços, desceu à terra para visitar um
mosteiro. Os monges ficaram muito felizes com a visita. Organizaram um fila e,
um a um, ao se aproximar, prestava a sua homenagem. Um recitava poesia, outro
mostrava os desenhos que fazia na Bíblia ilustrando as passagens, outro
recitava de cór a lista dos santos de cada dia do ano etc.
No final da fila estava
um monge muito simples e humilde, que ainda não tivera chance nem de aprender a
ler. Os colegas ficaram preocupados, com medo de ele dar fora, comprometendo a
imagem do mosteiro. Quiseram até convencê-lo a sair da fila. Mas ele fez
questão de prestar sua homenagem ao Menino Jesus e à sua mãe. Quando chegou a sua
vez, ele não disse nada. Apenas pegou umas laranjas que trazia nos bolsos e
começou a jogá-las para cima e pegar todas, sem deixar cair nem uma. Isso em
meio a belos gestos de malabarismo. Aquele monge havia trabalhado em um circo e
foi lá que aprendera isso.
E sabe o que aconteceu?
O Menino Jesus riu e bateu palmas, coisas que não fizera em nenhuma das
apresentações anteriores. No final, Maria estendeu os braços e ofereceu o Filho
para que aquele monge o pegasse um pouquinho, coisa que também não havia feito
com nenhum dos outros monges.
A ciência e os
conhecimentos são importantes, mas muito mais importantes são as nossas ações e
os nossos gestos de amor, mesmo que esses gestos sejam feitos unicamente para
divertir o nosso próximo, fazendo-o rir.
A Encarnação aconteceu
graças à obediência de uma mulher a Deus: “Eis aqui a escrava do Senhor!
Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Rainha da obediência, rogai
por nós.
O Defensor, o Espírito
Santo, que o Pai enviará, ele vos ensinará tudo.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Um dia Meher Baba
perguntou aos seus discípulos o seguinte:
- Por que as pessoas
gritam quando estão aborrecidas?
Os homens pensaram por
alguns momentos e um deles disse:
- Porque perdemos a
calma, por isso gritamos.
E Baba perguntou então:
- Mas, por que gritar
quando a outra pessoa está ao teu lado? Não é possível falar-lhe em voz baixa?
Porque gritas a uma pessoa quando estas aborrecido?
Os homens deram algumas
respostas mas nenhuma delas satisfazia ao Baba.
Finalmente ele explicou:
- Quando duas pessoas
estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância
precisam gritar para poder escutar-se. Quanto mais aborrecidas estejam, mais
forte terão que gritar para escutar-se um ao outro através desta grande distância.
Em seguida Baba
perguntou:
- O que sucede quando
duas pessoas se enamoram? Elas não se gritam mas sim se falam suavemente,
porque? Seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena...
Baba continuou...
- Quando se enamoram
acontece mais alguma coisa... Não falam, somente sussurram e ficam mais perto
ainda de seu amor. Finalmente não necessitam sequer sussurrar, somente se olham
e isto é tudo. Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Então Baba disse:
- Quando discutirem, não
deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais,
chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho
de volta.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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