sábado, 13 de maio de 2023

Domingo 14-05-2023

 

Domingo, 14 de maio de 2023

 

“Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz” (Jean-Jacques Rousseau)

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Jo 14,15-21

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João

— Glória a vós, Senhor!

 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:

15Se me amais, guardareis os meus mandamentos,

16e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor,

para que permaneça sempre convosco:

17o Espírito da Verdade,

que o mundo não é capaz de receber,

porque não o vê nem o conhece.

Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós

e estará dentro de vós.

18Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós.

19Pouco tempo ainda, e o mundo não mais me verá,

mas vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis.

20Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai

e vós em mim e eu em vós.

21Quem acolheu os meus mandamentos e os observa,

esse me ama.

Ora, quem me ama, será amado por meu Pai,

e eu o amarei e me manifestarei a ele.

 

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

P. Julio César RAMOS González SDB

 

«Eu o amarei e me manifestarei a ele»

Hoje, Jesus —como já o fizera com os seus discípulos— despede-se, pois regressa ao Pai para ser glorificado. Parece que isto entristece os discípulos que ainda o vêm apenas com um olhar físico, humano, que acredita, aceita e se agarra apenas ao que vê e toca. Esta sensação dos seus seguidores, que ainda hoje se sente em muitos cristãos, permite ao Senhor assegurar-nos que «não vos deixarei órfãos» (Jo 14,18), pois Ele pedirá ao Pai que nos envie «outro Paráclito» (Auxiliador, Intercessor: Jo 14,16), «o Espírito de Verdade» (Jo 14,17); além disso, apesar de o mundo não o poder “ver”, «vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis» (Jo 14,19). Assim, a confiança e a compreensão destas palavras de Jesus, suscitarão ao verdadeiro discípulo, o amor que se mostrará claramente em “possuir os seus mandamentos” e “guardá-los” (cf. v. 21). E mais ainda: quem isto vive, será amado de igual forma pelo Pai, e Ele —o Filho— ao seu discípulo fiel, o amará e se lhe manifestará (cf. v. 21).

Quantas palavras de alento, confiança e promessa nos chegam este Domingo! No meio das preocupações quotidianas —onde o nosso coração fica oprimido pelas sombras da dúvida, do desespero e do cansaço pelas coisas que nos parecem sem solução ou que entraram num caminho sem saída— Jesus convida-nos a senti-lo sempre presente, a descobrirmos que está vivo e nos ama, ao mesmo tempo que, ao que dá o passo firme de viver os seus mandamentos, lhe garante na sua plenitude da vida nova e ressuscitada.

Hoje, se nos manifesta vivo e presente nos ensinamentos das escrituras que ouvimos e na Eucaristia que recebemos. —Que a tua resposta seja a da vida nova que se entrega na vivência dos seus mandamentos, em particular o do amor.

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto a maioria das pessoas já tem vários cães e quem não tem nenhum não quer um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez ele estava bem longe da casa mais próxima, sozinho, com sede, magro e mancando por causa de um machucado na pata.

Eu queria tanto ser você no momento em que parei na frente dele! Então poderia ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular em teus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não o esqueceria. Poderia ver o perdão nos olhos dele por todo sofrimento e dor que passara na interminável jornada à tua procura. Mas eu não era você. E apesar de minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, os olhos dele viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.

 Então ele se virou e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que o caminho o levaria a você. Ele não entendia porque você não o estava procurando. Ele só sabia que você não estava lá, sabia que precisa te encontrar e que isso era mais importante do que comida, água ou o estranho que poderia lhe dar essas coisas.

Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Nem o nome dele eu sabia! Fui para casa, enchi um balde com água, coloquei comida numa vasilha e voltei para o lugar em que o encontrara. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele estivera descansando ao abrigo do sol. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa te encontrar.

Aguardei na esperança de que voltasse a buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida fizessem com que confiasse em mim; assim poderia levá-lo para casa, cuidar do machucado da sua pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que você não faria mais parte vida dele. Ele não voltou naquela manhã e a água e a comida permaneceram intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar teu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha que lhe daria o destino que você talvez achasse que o libertaria de todo o sofrimento pelo qual porventura estivesse passando.

Voltei ao mesmo lugar antes do anoitecer e não o encontrei. Na manhã seguinte, retornei e vi que a água e a comida continuavam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamá-lo pelo nome, tua voz lhe é tão familiar!

Comecei a caminhar na direção que ele havia tomado antes, mas sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.

Horas mais tarde e a uma boa distância do lugar onde o vira pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede já não o atormentava, sua fome fora saciada, suas dores haviam passado, o machucado da pata não o atormentaria mais. Seu cão estava morto. Livrara-se do sofrimento. Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar ali antes para que eu pudesse ter visto brilho naqueles olhos vazios, nem que só por um instante. Rezei, pedindo que sua jornada o tivesse levado ao lugar que imagino você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E sofri, sofri muito, pois sei que se ele acordasse agora e se eu fosse você, os olhos dele brilhariam ao vê-lo e ele abanaria o rabo perdoando-o por tê-lo abandonado.

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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