Domingo, 14 de maio de 2023
“Se
é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz” (Jean-Jacques Rousseau)
EVANGELHO DE HOJE
Jo
14,15-21
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos:
15Se
me amais, guardareis os meus mandamentos,
16e
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor,
para
que permaneça sempre convosco:
17o
Espírito da Verdade,
que
o mundo não é capaz de receber,
porque
não o vê nem o conhece.
Vós
o conheceis, porque ele permanece junto de vós
e
estará dentro de vós.
18Não
vos deixarei órfãos. Eu virei a vós.
19Pouco
tempo ainda, e o mundo não mais me verá,
mas
vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis.
20Naquele
dia sabereis que eu estou no meu Pai
e
vós em mim e eu em vós.
21Quem
acolheu os meus mandamentos e os observa,
esse
me ama.
Ora,
quem me ama, será amado por meu Pai,
e
eu o amarei e me manifestarei a ele.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
P. Julio César RAMOS González SDB
«Eu o amarei e me
manifestarei a ele»
Hoje, Jesus —como já o
fizera com os seus discípulos— despede-se, pois regressa ao Pai para ser
glorificado. Parece que isto entristece os discípulos que ainda o vêm apenas
com um olhar físico, humano, que acredita, aceita e se agarra apenas ao que vê
e toca. Esta sensação dos seus seguidores, que ainda hoje se sente em muitos
cristãos, permite ao Senhor assegurar-nos que «não vos deixarei órfãos» (Jo
14,18), pois Ele pedirá ao Pai que nos envie «outro Paráclito» (Auxiliador,
Intercessor: Jo 14,16), «o Espírito de Verdade» (Jo 14,17); além disso, apesar
de o mundo não o poder “ver”, «vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis»
(Jo 14,19). Assim, a confiança e a compreensão destas palavras de Jesus,
suscitarão ao verdadeiro discípulo, o amor que se mostrará claramente em
“possuir os seus mandamentos” e “guardá-los” (cf. v. 21). E mais ainda: quem
isto vive, será amado de igual forma pelo Pai, e Ele —o Filho— ao seu discípulo
fiel, o amará e se lhe manifestará (cf. v. 21).
Quantas palavras de
alento, confiança e promessa nos chegam este Domingo! No meio das preocupações
quotidianas —onde o nosso coração fica oprimido pelas sombras da dúvida, do
desespero e do cansaço pelas coisas que nos parecem sem solução ou que entraram
num caminho sem saída— Jesus convida-nos a senti-lo sempre presente, a
descobrirmos que está vivo e nos ama, ao mesmo tempo que, ao que dá o passo
firme de viver os seus mandamentos, lhe garante na sua plenitude da vida nova e
ressuscitada.
Hoje, se nos manifesta
vivo e presente nos ensinamentos das escrituras que ouvimos e na Eucaristia que
recebemos. —Que a tua resposta seja a da vida nova que se entrega na vivência
dos seus mandamentos, em particular o do amor.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Hoje encontrei seu cão.
Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto a maioria das pessoas já
tem vários cães e quem não tem nenhum não quer um cão. Eu sei que você esperava
que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou.
Quando o vi pela primeira vez ele estava bem longe da casa mais próxima,
sozinho, com sede, magro e mancando por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você
no momento em que parei na frente dele! Então poderia ver sua cauda abanando e
seus olhos brilhando ao pular em teus braços, pois ele sabia que você o
encontraria, sabia que você não o esqueceria. Poderia ver o perdão nos olhos
dele por todo sofrimento e dor que passara na interminável jornada à tua
procura. Mas eu não era você. E apesar de minhas tentativas de convencê-lo a se
aproximar, os olhos dele viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se
aproximava.
Então ele se virou e seguiu seu caminho, pois
tinha certeza de que o caminho o levaria a você. Ele não entendia porque você não
o estava procurando. Ele só sabia que você não estava lá, sabia que precisa te
encontrar e que isso era mais importante do que comida, água ou o estranho que
poderia lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil
tentar persuadi-lo ou segui-lo. Nem o nome dele eu sabia! Fui para casa, enchi
um balde com água, coloquei comida numa vasilha e voltei para o lugar em que o
encontrara. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da
árvore onde ele estivera descansando ao abrigo do sol. Veja bem, ele não é um
cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas
ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o
calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa te encontrar.
Aguardei na esperança de
que voltasse a buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a
comida fizessem com que confiasse em mim; assim poderia levá-lo para casa,
cuidar do machucado da sua pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e
ajudá-lo a entender que você não faria mais parte vida dele. Ele não voltou
naquela manhã e a água e a comida permaneceram intocadas. Fiquei preocupada.
Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar teu cão. Algumas o
enxotariam, outras chamariam a carrocinha que lhe daria o destino que você
talvez achasse que o libertaria de todo o sofrimento pelo qual porventura
estivesse passando.
Voltei ao mesmo lugar
antes do anoitecer e não o encontrei. Na manhã seguinte, retornei e vi que a
água e a comida continuavam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamá-lo
pelo nome, tua voz lhe é tão familiar!
Comecei a caminhar na
direção que ele havia tomado antes, mas sem muita esperança de encontrá-lo. Ele
estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos
quilômetros em 24 horas.
Horas mais tarde e a uma
boa distância do lugar onde o vira pela primeira vez, finalmente encontrei seu
cão. A sede já não o atormentava, sua fome fora saciada, suas dores haviam
passado, o machucado da pata não o atormentaria mais. Seu cão estava morto.
Livrara-se do sofrimento. Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não
estar ali antes para que eu pudesse ter visto brilho naqueles olhos vazios, nem
que só por um instante. Rezei, pedindo que sua jornada o tivesse levado ao
lugar que imagino você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por
quanta coisa ele passou para chegar lá... E sofri, sofri muito, pois sei que se
ele acordasse agora e se eu fosse você, os olhos dele brilhariam ao vê-lo e ele
abanaria o rabo perdoando-o por tê-lo abandonado.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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