Quinta-feira, 04 de maio de 2023
“Confiar
é uma prova de coragem e ser fiel uma prova de força” (Marie Von
Ebner-Eschenbach).
EVANGELHO DE HOJE
Jo
13,16-20
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Depois
de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 16“Em verdade, em verdade vos
digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que
aquele que o enviou. 17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes.
18Eu
não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se
realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim
o calcanhar’. 19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que,
quando acontecer, creiais que eu sou.
20Em
verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a
mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz
Quem recebe aquele que
eu enviar, me recebe a mim.
Este Evangelho narra as
palavras de Jesus após o lava-pés. São orientações fundamentais aos Apóstolos e
a todos os líderes de Reino de Deus, de todos os tempos e lugares. Esses
líderes vão continuar o trabalho que ele fez nos seus três anos de vida
pública.
“O servo não está acima do seu senhor e o
mensageiro não é maior que aquele que o enviou”. Se ele, o senhor e mestre,
agiu como uma empregada doméstica lavando os pés da família que chega da
viagem, nós, os líderes cristãos, devemos preocupar-nos, não com honras, mas em
servir as pessoas com humildade.
“Se sabeis isto, e o
puserdes em prática, sereis felizes.” Essa atitude de serviço humilde nos faz
felizes. “Descubra a felicidade de servir.” Mas não basta saber que é assim; a
felicidade começa quando colocamos em prática.
Jesus nos pede também
que apoiemos os seus líderes: “Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a
mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”. Em outras palavras, quem
receber e tratar bem um líder cristão, estará recebendo e tratando bem o
próprio Cristo, o próprio Deus.
Jesus inverteu o sentido
da autoridade. É estar por baixo, não por cima; é servir, não ser servido. Toda
autoridade é poder para servir. Jesus nunca condenou a busca do poder, pois ele
é necessário na sociedade. O chefe é o centro de unidade de qualquer grupo
humano. O que Jesus fez foi direcionar e orientar quem exerce o cargo de
coordenação e de poder, em todos os níveis da sociedade. O chefe encontra a sua
felicidade quando lava os pés, não quando os outros lhe lavam os pés. “Aquele
que manda seja como aquele que serve” (Lc 22,26).
O poder é uma realidade
muito ampla e diversificada na sociedade. Todos nós temos poder: Os pais, os
professores, o motorista de ônibus, o ascensorista de elevador, a secretária, o
guarda, o porteiro, o chefe de sessão, o médico, a enfermeira... E na Igreja o
papa, o bispo, o padre, a religiosa, o líder leigo, a catequista etc. Até uma
criança exerce poder sobre seus irmãos menores. Há momentos em que coordenamos
e há momentos em que somos coordenados.
Em outra ocasião, Jesus
nos mostrou, através de uma comparação, como ser o maior: “Na hora da refeição,
quem é o maior: quem está sentado à mesa, ou quem está servindo? Não é quem
está sentado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc
22,27). Está expressa aí, de modo claro, a inversão que Jesus fez no exercício
da autoridade.
Certa vez, houve numa
paróquia uma palestra para os casais sobre a educação dos filhos. Quem deu a
palestra foi um casal da pastoral familiar. A primeira coisa que o casal fez
foi distribuir todos um papelzinho no qual estava escrito: “O melhor modo de
educar os filhos é ser:” E embaixo uma linha para cada um completar a frase.
Alguns casais, em vez de
completar, expressaram a sua discordância com a formulação da frase. Para eles,
o correto seria deixar fora a palavra “ser”, pois educar é uma ação, não um
modo de ser.
Na hora de ler as frases
completadas, o casal palestrante explicou: Os filhos aprendem mais com os olhos
do que com os ouvidos. Por isso, a educação acontece noventa por cento pelo
exemplo, pelo modo de ser dos pais, e só dez por cento pelas suas palavras e
conselhos. Se os pais procuram ser pessoas exemplares, mesmo que os filhos não
os imitem na hora, mais tarde vão fazê-lo. Aliás, isso vale para todo tipo de
educação, não só a familiar. Quem se coloca como primeiro, como líder, influi
muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. “A palavra convence, o exemplo
arrasta”.
Maria Santíssima é
chamada a mulher servidora. Ela não se deixava levar pelos tabus da época, que
obrigavam a mulher a passar a vida fechada dentro de casa. Pelo contrário, ela
viajava, fazia até longas viagens, unicamente para servir, como foi o caso da
prima Isabel, das Bodas de Cana, do serviço ao Filho na cruz, da presença junto
à Igreja primitiva etc. Santa Maria, a mulher servidora, rogai por nós!
Quem recebe aquele que
eu enviar, me recebe a mim.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Filhos são do mundo!
Devemos criar os filhos
para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de
certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só
esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a
maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer
quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles
próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser
que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós
mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e
de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de
coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor,
principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder
algo tão amado.
Perder? Como? Não é
nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos?
Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles
próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos
pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a
minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos,
orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como
nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Três dias na cobertura
da tragédia na pousada Sankay ( Angra dos Reis), olhos grudados em fotos, tevê
e internet, vozes chorosas de mães e tios ao telefone me fizeram pensar nessa
dor gigantesca que deve ser para um ser humano devolver o que mais amou nessa vida,
mas nunca foi seu! E, principalmente, me fez entender que mais do que
corajosos, nós, pais, somos loucos por correr o risco de amar tanto sem
garantias.
Volto para casa ao fim
do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos
pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles
são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.
Lenice Viana- jornalista
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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