Quinta-feira, 01 de junho de 2023
“A distância mais longa é entre a cabeça e o
coração.” (Thomas Merton)
EVANGELHO DE HOJE
Mc 10,46-52
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos
— Glória a vós,
Senhor!
18Enquanto Jesus
estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e
disse: "Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e
ela viverá".
19Jesus levantou-se e
o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de
hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela
pensava consigo: "Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei
curada". 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: "Coragem, filha! A tua
fé te salvou". E a mulher ficou curada a partir daquele instante.
23Chegando à casa do
chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse:
"Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo". E
começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou
a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda
aquela região.”
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
O que torna um diálogo eficiente? O que nos
cativa a ficar horas e horas conversando sobre um ou diversos assuntos? Saber e
verificar que quem conversa conosco esta prestando atenção no que falamos!
Quantas pessoas conheciam Bartimeu e quantas se
compadeceram de sua situação? Quantos irmãos todos os dias o viam a mendigar
especulando sobre os motivos que o levou a ser cego? Quantos irmãos ainda hoje
acreditam que somente haverá cura se vier precedido da conversão? “(…) Jesus,
Filho de Davi, tenha pena de mim! MUITAS PESSOAS O REPREENDERAM E MANDARAM QUE
ELE CALASSE A BOCA, mas ele gritava ainda mais”…
Deus não nos olha com os olhos humanos…
“(…) Ele
sonda o abismo e o coração, e penetra em todas as suas astúcias. Pois o
Altíssimo possui toda a ciência e fixa o olhar nos sinais dos tempos; Ele
manifesta o passado e o futuro e revela as coisas ocultas“. (Eclesiástico 42,
18-19)
Um grande erro que temos é que exigirmos que as
pessoas “se calem”, ou seja, impetramos mudanças drásticas de comportamento que
somente com o tempo virão a acontecer. “Largar a capa” só acontecerá quando de
fato o individuo ouve a voz de Deus o chamando. Não adianta meu empenho, meu
talento, minha dedicação se ela não ressoar como a voz de Deus para os irmãos
que vivem na cegueira do amor e da oportunidade.
Temos limitações, por que temos dificuldade em
aceitar que os que procuram a Deus também têm as suas? É preciso respeitar o
tempo e as realidades em que vivem os filhos de Deus.
“(…)
procurem os pastores de almas fomentarem com persistência e zelo a educação
litúrgica e a participação ativa dos fiéis, tanto interna como externa, segundo
a sua idade, condição, gênero de vida e grau de cultura religiosa, na convicção
de que estão cumprindo um dos mais importantes múnus do dispensador fiel dos
mistérios de Deus. neste ponto guiem o rebanho não só com palavras, mas também
com o exemplo”. (SACROSANCTUM CONCILIUM §19)
No entanto é preciso notar algo na conduta de
Bartimeu: Não parava de gritar!
Temos mania de também ajudar sem estar ajudando.
Não se educa uma pessoa, um filho dando tudo o que pede. Uma conversa não é
verdadeira se apenas concordamos com tudo que nos dizem… Discordar e negar
fazem parte de um processo maturacional. Um professor, um pai, uma mãe pode às
vezes nos apresentar uma verdade que não acredito ou concordo, mas nem por isso
estão errados.
Não podemos por barreiras para que as pessoas
obtenham a graça, mas isso não depende exclusivamente de minha vontade, pois a
vontade de continuar gritando, mudando e fazendo é o que move a mão de Deus a
realizar o grande milagre, ou seja, a pessoa também TEM QUE FAZER A SUA PARTE.
Digo isso, pois muita gente tem procurado as igrejas da facilidade, pois lá não
precisa ter fé, esforço ou mudança de vida. Clamam pela graça de Deus sem que
se faça necessário largar a capa.
Dar esmola é um gesto nobre, mas não pode viciar
a pessoa nesse dinheiro fácil. Colaborar para que as pessoas fiquem casquinhas
de ovo também não ajuda. Deus não nos chamou para agendar a graça, Ele nos
chama a ser pastores, daqueles que protegem as suas ovelhas, mas o pastor pode
tomar medidas fortes para que a ovelha não se perca.
Devemos favorecer o encontro, mas é preciso que
cada um tenha a coragem de largar sua própria capa, mesmo que leve algum tempo.
Um imenso abraço fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Havia mais terrenos baldios. E menos canais de
televisão.
E mais cachorros vadios. E menos carros na rua.
Havia carroças na rua. E carroceiros fazendo o
pregão dos legumes.
E mascates batendo de porta em porta.
E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos
não pedem mais pão velho?
A Velha do
Saco assustava as crianças. O saco era de estopa.
Não havia sacos plásticos, levávamos sacolas de
palha para o supermercado.
E cascos vazios para trocar por garrafas cheias.
Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de
semana.
As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram
de alumínio.
Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava
em casa, em garrafas de vidro.
Cozinhava-se com banha de porco. Toda
dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.
O
barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando. Mas só a
lâmina.
As camas tinham suporte para mosquiteiro.
As casas tinham quintais. Os quintais tinham
sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou um pessegueiro.
Comíamos fruta no pé.
Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras
abarrotando a despensa.
E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.
Meu pai
tinha um amigo que fumava palheiro.
Era comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais
tempo para picar fumo.
Fumo vinha em rolo e cheirava bem.
O café passava pelo coador de pano. As ruas
cheiravam a café. Chaleira apitava.
O que há com as chaleiras de hoje que não apitam?
As lojas
de discos vendiam long plays e fitas K7.
Supimpa era ter um três-em-um: toca-disco,
toca-fita e rádio AM (não havia FM).
Dizia-se 'supimpa', que significa 'bacana'. Pois
é, dizia-se 'bacana', saca?
Os telefones tinham disco. Discava-se para
alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho.
Telefone tinha gancho. E fio.
Se o seu
filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra
chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN.
Estou falando de outro milênio, é verdade.
Mas o
século passado foi ontem! Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais
do que o espaço de uma geração.
A vida ficou muito melhor.
Tudo era mais demorado, mais difícil, mais
trabalhoso.
Então por que engolimos o almoço? Então por que
estamos sempre atrasados?
Então por que ninguém mais bota cadeiras na
calçada?
Alguém
pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?
Marcelo
Canellas
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
Faça seu cadastro informando seu e-mail para
receber um
DIÁRIO como este.
Para comentários, sugestões ou cadastro de um
amigo:
Visite nosso blog, você vai gostar
https://florescersempre2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário