Sábado, 06 de maio de 2023
"Bom
mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder
com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.
E a vida é muito para ser insignificante." (Charles Chaplin)
EVANGELHO DE HOJE
Jo
14,7-14
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis
também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe:
“Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”
9Jesus
respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me
viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu
estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por
mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.
11Acreditai-me:
eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas
mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as
obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai,
13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Padre Antonio Queiroz (In Memorian)
Quem me viu, viu o Pai.
Este Evangelho narra um
pedido do Apóstolo Filipe a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!
Jesus respondeu: Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem
me viu, viu o Pai”. “Jesus é a imagem de Deus invisível” (Cl 1,15). Ele é imagem
de Deus Pai porque tem as mesmas características e qualidades de Deus Pai:
amor, misericórdia, poder, sabedoria, ciência infinita etc. Jesus é o rosto
humano de Deus Pai. Aliás, nós sabemos que Jesus é a Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade, que se encarnou.
“Quem me viu, viu o Pai.” Mas este “ver” não é
físico. Os fariseus viam fisicamente a Jesus e no entanto não conheciam a Deus
Pai. Contemplavam os milagres que Jesus realizava, a sua conduta transbordante
de bem, a sua doutrina espalhando a verdade e no entanto não viam nele a imagem
de Deus invisível. Isso porque não é possível “ver” Jesus na sua identidade
divina, a não ser com os olhos do coração. Várias vezes Jesus pediu para
contemplarmos as suas obras a fim de vermos nelas a sua união com o Pai e assim
nos salvarmos: “Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai,
ao menos, por causa destas mesmas obras”.
“Muitas vezes e de muitos modos, Deus falou
outrora aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias..., falou-nos por meio do
Filho... Ele é o resplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser” (Hb
1,1-3).
O evangelista S. João,
no início do seu Evangelho, chama Jesus de Palavra de Deus Pai, justamente
porque a palavra, que é sensível, expressa a idéia que não é sensível. Jesus é
a expressão de Deus Pai para nós.
“Eu estou no Pai e o Pai está em mim... Quem
acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas.”
Jesus nos faz entender que ele pertence à Família divina, e que esta Família
não está longe de nós, e sim conosco, através de Cristo. Nós entramos, de modo
misterioso, na vida das Pessoas Divinas.
“O primeiro homem, formado da terra, era
terrestre; o segundo homem veio do céu. Qual foi o homem terrestre, tais são os
terrestres; e qual é o homem celeste, tais serão os celestes. E como já
trouxemos a imagem do terrestre, traremos também a imagem do celeste” (1Cor
15,47-49). Assim como Cristo é a imagem de Deus Pai, nós somos chamados a ser
imagens de Cristo. S. Paulo conseguiu realizar plenamente nele essa vocação que
é de todos nós: ser uma imagem de Cristo no mundo. “Não sou mais eu que vivo, é
Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Certa vez, um monge e um
noviço caminhavam em uma estrada no meio do mato. Quando atravessavam um rio,
por uma pinguela, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge
correu pela margem do rio, jogou-se na água e estendeu o dedo para o bichinho.
Quando o trazia para fora, o escorpião o picou. Devido à dor, o monge sacudiu o
dedo e o animalzinho caiu novamente no rio. Ele foi depressa à margem, quebrou
um ramo, correu mais embaixo e o salvou.
Continuando a caminhada,
o noviço lhe disse: “Por que o senhor quis salvar o bicho novamente, se ele o
picou?” O monge respondeu: “Cada um dá o que tem. Ele agiu conforme a sua
natureza, e eu agi conforme a minha!”
De fato, na primeira
vez, o monge não devia ter estendido o seu dedo para o escorpião, e sim ter
providenciado uma pequena vara.
A nossa natureza não é
só humana, mas temos uma “janela aberta ao infinito”, participamos da natureza
divina. Só nos realizamos plenamente no amor, na doação, na união com Deus e
pertença à Igreja que Jesus fundou.
Peçamos a Maria
Santíssima que nos ajude a reproduzir em nós a imagem de Cristo, porque assim
seremos realmente participantes da natureza divina.
Quem me viu, viu o Pai.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Desde os primórdios dos
tempos os animais são subjugados à condição de inferioridade pela raça humana,
como se tivessem papel desprezível ou insignificante na vida, meros
coadjuvantes no teatro das ambições, vaidades e espetáculos de almas aflitas,
no palco das ilusões.
O homem dominou a terra
e dela fez a sua morada, com isso, pensa-se superior.
Derrubou árvores, mudou
o curso de rios, criou lagos artificiais, modificando habitats de animais a seu
bel-prazer, como se fossem senhores absolutos da vida, algozes de destinos
sombrios para seus companheiros de jornada, alimentando a dor e a aflição de
sua própria existência.
Durante milênios o ser
humano se digladia em embates sangrentos, com objetivos de conquistas,
apoderar-se daquilo que é de seu semelhante, almas agonizantes , ávidas de
ambição, senhores do mundo, senhores da vida, senhores de sua própria...
derrocada.
Esquece que nada nos
pertence, apenas nos é emprestado nesta vida de aprendizados.
Os séculos atravessaram
o tempo e a ganância referenda a destruição, modificando apenas o cenário,
antes campos de batalha sob a força e égide de espadas e lanças para um cenário
mais perigoso e destruidor de arsenais nucleares, além da força mutilante das motosserras,
devastando as florestas e habitats.
O senhor do mundo
caminha destruindo tudo à sua volta. A natureza, os animais e até os seus
próprios irmãos são vítimas dos algozes da dor, um flagelo da alma. O maior inimigo do ser humano é ele mesmo e
ainda não atentou para tal fato, esquecendo que subjugar semelhantes, destruir
a natureza, menosprezar os animais como sempre fizeram, formam a lâmina que
cortará a cabeça deste senhor do mundo, afinal, o ódio às espécies sinaliza e
pede passagem. O ser humano é o espelho de sua agonia, de sua mentira,
arrogância e destruição.
A vida está repleta de
senhores do mundo, donos do dinheiro, tiranos do poder, ambiciosos que só
pensam em si, que destroem o que veem pela frente, subjugando todas as
manifestações de vida a planos inferiores.
E o pior é que isso vem
de séculos. Os infelizes animais sempre em segundo plano por causa da vaidade
humana e tirania dos senhores do mundo,
os "superiores" que causam guerras, destruições, devastando o verde e
considerando os animais como seres inferiores.
O homem ofende a sua
própria alma que mergulha nos pântanos do desespero.
Em pouco mais de 200
anos, após a revolução industrial, chegamos a esta triste realidade do
aquecimento global.
Os senhores do mundo
estão perdidos no desencanto, mergulhados na mentira, na farsa da
superioridade, sufocando a vida, provocando a dor. Quanta ilusão e desencanto, afinal, se fossem
superiores não haveria guerras nem a imperiosa
necessidade de discutir-se a questão climática, afinal, o homem
atravessa milênios e continua com o mesmo defeito que destrói a sua alma: a
soberba provocada pelo desconhecimento e razão da vida, esquecendo que aquele
que destrói a vida na Terra destrói a si
mesmo.
Ainda há tempo para
reverter a situação e ver a natureza como irmã, aproximar-se dela, tratá-la com
respeito e ver nos animais a mesma igualdade, afinal, o que eleva a Deus é o
sentimento de amor e o fulgor da simplicidade. O resto é obra da vaidade, da
prepotência, da arrogância dos empedernidos que pensam ser superiores se não
conseguem mudar o ritmo natural de uma folha que cai de uma árvore.
Se Deus concedeu-nos o
discernimento, a inteligência para cumprir a vida na Terra, até hoje não
soubemos usá-la como deveria ser.
Disse o Mestre Jesus:
"Amai-vos uns aos outros como vos
amei"!
A natureza, os animais,
todas as manifestações de vida são o nosso próximo. E ainda não perceberam a
verdade dos fatos.
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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