Sábado, 20 de maio de 2023
"Continuo
amando a Deus, mesmo quando os “milagres” que eu imploro não acontecem.
Continuo acreditando em Deus, mesmo quando os pedidos que faço em minhas
orações não são atendidos. Pois os milagres que imploro e os pedidos que faço,
se baseiam em minha vontade e Deus não está aqui para me dar o que eu desejo.
DEUS está aqui para me dar o que eu preciso."
EVANGELHO DE HOJE
Jo
16,23b-28
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
—
Glória a vós, Senhor!
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 23b“Em verdade, em verdade vos digo: se
pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. 24Até agora nada
pedistes em meu nome; pedi, e recebereis; para que a vossa alegria seja
completa.
25Disse-vos
estas coisas em linguagem figurativa. Vem a hora em que não vos falarei mais em
figuras, mas claramente vos falarei do Pai. 26Naquele dia pedireis em meu nome,
e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós, 27pois o próprio Pai vos ama,
porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus. 28Eu saí do
Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai”.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Pe. Antônio Queiroz CSsR
O Pai vos ama, porque
vós me amastes e acreditastes.
Neste Evangelho, Jesus
expõe as consequências da sua união com o Deus Pai: Há um círculo de amor que
se estabelece entre o Pai, Jesus, o Espírito Santo, os discípulos, e estes si.
Essa intimidade e essa comunhão tem duas consequências práticas: a nossa oração
é ouvida e o nosso conhecimento de Deus aumenta. São privilégios que o
discípulo fiel de Jesus desfruta.
“Se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome,
ele vo-la dará... Pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.”
Através do Espírito Santo, nós estamos incorporados em Cristo, que é um com o
Pai. Portanto, a nossa prece tem a força de Cristo.
Os discípulos não podiam
alcançar essa união profunda com Cristo enquanto não recebessem o dom do
Espírito Santo, que Jesus lhes enviou depois de sua subida ao céu. Por isso que
Jesus fala: “Até agora nada pedistes em meu nome”.
“Para que a vossa alegria seja completa.”
Alegria completa nós só teremos no céu. Portanto, a nossa oração está voltada
principalmente para a nossa salvação e a de nossos irmãos e irmãs.
A eficácia da oração do
cristão depende da sua união com Cristo. “Se alguém me ama, guardará a minha
palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não
me ama, não guarda as minhas palavras” (Jo 14,23-24).
O Pai vos ama, porque
vós me amastes e acreditastes. A nossa união com Jesus, faz com que o Pai nos
ame com o amor que tem a Jesus. Por isso ele nos atende, mesmo se lhe pedirmos
diretamente, sem a mediação de Jesus. E a oração dos discípulos de Cristo é
também a própria oração de Cristo, que com eles está intimamente unido. Por
isso que na Missa nós rezamos: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus
Pai todo poderoso, na unidade com o Espírito Santo, toda honra e toda glória,
agora e para sempre”.
“Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras,
mas claramente vos falarei do Pai.” Essa comunicação clara de Jesus aos
discípulos começou no dia de Pentecostes e terá a sua plenitude no céu. É a
consequência do dom da filiação divina, que Cristo nos deu. Entre pai e filho a
conversa é franca, aberta e natural. “Agora nós vemos num espelho,
confusamente; mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte;
mas, então, conhecerei completamente” (1Cor 13,12).
Certa vez, uma família
resolveu fazer uma festa para celebrar as bodas de prata do casal. Primeiro
participaram da Santa Missa e depois ofereceram um churrasco para os parentes,
amigos e vizinhos. Quando a carne estava pronta, o filho mais velho desligou o
som e convidou todos a uma oração. Mas um rapaz, filho de uma família vizinha,
não rezou. Não só não rezou, mas resolveu debochar. Depois que terminou a reza,
ele disse: “Acho que eu fui o único que não rezei”. Uma velhinha que estava
perto ouviu e não deixou por menos. Ela falou: “Não! Não foi só você que não
rezou!” E, apontando para dois gatos e um cachorro, disse: “Eles também não
rezaram”.
O rapaz quis dar uma de
bonito e saiu-se mal. “Pedi, e recebereis”. A festa do amor que circula entre
Deus Pai, Cristo, o Espírito Santo, nós e os nossos irmãos e irmãs, é maior e
mais bonita que qualquer festa terrena. Mas essa festa só é possível se
rezarmos, e muito. Que o nosso bom Deus nos ilumine e dê forças para, como esta
senhora, enfrentar as ondas do mal, de forma criativa e certeira.
Em todos nós esse
conhecimento das coisas divinas é, em parte, antecipado, a partir do nosso
batismo. Em Maria, essa antecipação foi tão generosa da parte de Deus, que ela
foi em corpo e alma para a visão beatífica.
O Pai vos ama, porque
vós me amastes e acreditastes.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Trabalhavam juntos há
anos, mas não se apreciavam, apenas suportavam um ao outro por causa dos
imperativos da atividade profissional. O complicado é que dividiam um espaço
pequeno, cerca de 4 metros quadrados. Passavam oito horas por dia em total
mutismo, cada qual mergulhado em seu mundo íntimo sem se preocupar com o
“colega”. Quando muito trocavam algumas breves palavras relativas às atividades
da empresa, o contato de ambos,
portanto, resumia-se ao famoso: bom dia, boa tarde e boa noite.
Certo dia, porém, por um desses “acasos da
vida” um deles ficou sabendo que o outro era apaixonado por suco de milho.
Movido por singular e rara simpatia presenteou o colega com jarra gelada de
suco. O presenteado até estranhou, no começo, assustado pelo inesperado julgou
que o colega “pudesse estar, inclusive, envenenando-o”. Notou que seus
pensamentos raiavam o absurdo e experimentou o suco. Estava uma delícia.
Agradeceu, e naquele dia depois de tantos anos respirando o nocivo ambiente da
antipatia mútua o clima ficou, mesmo que timidamente, mais leve.
No outro dia, para retribuir a gentileza, o
presenteado decidiu levar um bolo de
chocolate. O outro adorou. A antipatia começou a diluir-se, as conversas,
então, fluíram mais amenas, sem a carranca de antes. Descobriram que tinham
afinidades, gostavam de rock e lasanha, eram casados com “Claudias”, apreciavam
futebol e adoravam pescar.
Tornaram-se amigos, ou melhor, grandes amigos.
A amizade estendeu-se às famílias e as confraternizações tornaram-se
frequentes.
No entanto,
transcorridos alguns anos de amizade um
deles caiu enfermo, necessitando de transplante de rim. O amigo, sensibilizado
prontificou-se a ser doador. Feitos os exames e, por um desses “acasos da
vida”, confirmou-se a compatibilidade. A operação foi um sucesso. Aquele que
rompeu as barreiras da antipatia presenteando o “colega” com uma jarra de suco
de milho, agora recebia da vida e do amigo uma bela recompensa que lhe
restituiu a saúde: um rim para que pudesse prosseguir seu aprendizado nessa Terra
escola.
Um gesto de simpatia tem poder arrebatador, é
capaz de romper as fronteiras estreitas da antipatia, filha da má vontade. No
entanto, muitas vezes comportamo-nos de maneira antipática com aqueles que
trabalham conosco. Muitas pessoas passam mais tempo no ambiente profissional do
que com a própria família, e se forem conviver com os colegas de trabalho de
forma carrancuda e antipática fatalmente tornar-se-ão pessoas amargas, azedas,
enfim, antipáticas. È a falta do cultivo da simpatia que faz muita gente
estressar-se a culpar o trabalho ou os colegas pelos seus problemas. Uma pena.
Ainda não aprenderam a assumir suas responsabilidades perante a vida, e por
isso não conseguem oferecer a “jarra de milho ao companheiro”. A lei de
sociedade mostra-nos a importância do contato social para nosso progresso como
seres humanos.
Atualmente, inclusive, as redes de contatos que
estabelecemos através da simpatia não raro socorrem-nos nos momentos de
dificuldade. No entanto, ainda há aqueles que não compreendem isso e,
carrancudamente fazem questão de construir para si os muros da antipatia no
ambiente de trabalho. Temem se misturar, por isso estão sempre às voltas com o
mau humor ou a indiferença para com o colega. Antes de tudo é necessário
aprender a oferecer ao colega que convive conosco o suco de milho, representado
pela vontade de ajudar, porquanto, ao nos dispormos de braços abertos à
amizade, certamente seremos retribuídos pela vida com delicioso bolo de
chocolate, ou, quem sabe, algo ainda mais valioso, capaz de salvar-nos a vida.
Pensemos nisso.
Wellington Balbo – Bauru – SP
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
Faça seu cadastro informando seu e-mail para receber um
DIÁRIO como este.
Para comentários, sugestões ou cadastro de um amigo:
Visite nosso blog, você vai gostar
https://florescersempre2017.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário