Quarta-feira, 05 de julho de 2023
“Cada escolha, uma renuncia. Essa é a vida.”
EVANGELHO DE HOJE
Mt 8,28-34
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós,
Senhor!
Quando Jesus chegou à
região de Gadara, no lado leste do lago da Galiléia, foram se encontrar com ele
dois homens que estavam dominados por demônios. Eles vinham do cemitério, onde
estavam morando. Eram tão violentos e perigosos, que ninguém se arriscava a
passar por aquele caminho. Eles começaram a gritar:
- Filho de Deus, o
que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo?
Acontece que perto dali estavam muitos porcos comendo. E os demônios pediram a
Jesus com insistência:
- Se o senhor vai nos
expulsar, nos mande entrar naqueles porcos! - Pois vão! - disse Jesus.
Os demônios foram e
entraram nos porcos, e estes se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e
se afogaram. Os homens que tomavam conta dos porcos fugiram e chegaram até a
cidade. Lá contaram tudo isso e também o que havia acontecido com os dois
homens que estavam dominados por demônios. Então todos os moradores daquela
cidade saíram para se encontrar com Jesus; e, quando o encontraram, pediram com
insistência que fosse embora da terra deles.
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Não nos enganemos: o mundo ainda se incomoda com
a presença de Jesus. Talvez não por alguns serem cristãos, outros muçulmanos,
outros hindus, (…), o que de fato incomoda é a mensagem que Ele deixou.
Na concepção daquele povo, Jesus não conhecia a
situação dos dois rapazes, esse pensamento entra em conflito, quando ao chegar
no local, demonstra autoridade e segurança sobre o que acontecia.
É comum ver no nosso dia-a-dia pessoas
atormentadas ou que sofrem de distúrbios mentais, como também é comum ver
pessoas que ao beber ou drogar-se perdem a noção de coerência passando a ficar
“aos berros” para que todos as ouçam. Quem nunca viu um bêbado contado ou
partilhando a vida com alguém?
Tanto os distúrbios de sanidade quanto os de
sobriedade (bebida e drogas) tendem a revelar uma face de verdade por mais que
esteja oculta. Seria então um breve momento de lucidez em meio à loucura?
Quantas pessoas por influencia desses agentes (psíquicos ou químicos) ao invés
da loucura acabam por revelar a verdade que ninguém quer ouvir?
Para aquele tempo, toda moléstia psiquiátrica era
vista como ação de demônios ou espíritos. Essa também poderia ser vista assim,
pois não temos dados concretos, no entanto é diferenciada pela presença de um
diálogo que acontece entre o mal e Jesus. É preciso reparar que no meio de toda
aquela confusão que viviam, há um momento de lucidez que se revela “(…) Filho
de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes
do tempo?”.
Será que cremos em Deus e em seu poder mais que a
crença que o próprio mal tem NEle? Os espíritos retirados dos dois homens
conheciam a natureza divina de Jesus. Esse fato por si só já colocaria a prova
a teoria dos céticos.
“(…)
Apesar de toda evidência do amor de Jesus, existem pessoas que não o aceitam, e
fazem isso porque consideram a aceitação de Cristo e de suas exigências como
perda de algo a que estão apegados como uma verdadeira idolatria. Para os
gadarenos, parece que é melhor ficar com os porcos, mesmo que seja com o diabo
junto, do que aceitar um irmão resgatado e reconhecer a manifestação do amor
salvífico de Deus. De fato, rejeitar Jesus em vista de algum bem material
constitui-se em uma atitude diabólica, uma verdadeira idolatria”. (Reflexão
site da CNBB)
Sim! A mensagem de Jesus ainda incomoda os
descrentes, pois temem que ela gere a mudança de pensamento e terem que
enfrentar o que não podem entender, o que não conseguem ver. A maior
dificuldade de um cético é reconhecer que não tem explicação racional para algo
ou uma resposta “a altura” de um questionamento. Como é difícil desmentir um
bêbado!??
Consegue imaginar se Jesus voltasse seu olhar,
embebido do Espírito Santo, para aqueles que pediram que fosse embora e
começasse a revelar a verdade em suas vidas? Estamos preparados para que Jesus
também mude as nossas vidas? Quantas vezes ao sermos visitados também pedimos
que parta?
Sim! O mundo tem medo dessa mensagem, pois em
alguns momentos são análogos a água e óleo. Parecem que não vão existir juntos.
“(…)
Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o
executar. Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes
irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade
depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a
palavra da vida. Dessa forma, no dia de Cristo, sentirei alegria em não ter
corrido em vão, em não ter trabalhado em vão “. (Filipenses 2, 13-16)
Acredito que o maior dos descrentes tenha feito
um dia a opção de trocar a fé pela razão. Se então, não acredita totalmente,
por que teme ouvir? Por que evita ver? Qual é o problema de se colocar um
crucifixo numa repartição pública? Por que a educação religiosa precisou ser
retirada da grade escolar? “(…) Então todos os moradores daquela cidade saíram
para se encontrar com Jesus; e, quando o encontraram, pediram com insistência
que fosse embora da terra deles”.
Deixo aqui um ponto de interrogação. Como diria
padre Zezinho: o mundo ainda tem medo de Jesus.
Um imenso abraço fraterno!
MOMENTO DE REFLEXÃO
Eu tive que aceitar que o meu corpo nunca fora
imortal, que ele envelheceria e que um dia se acabaria.
Eu tive que aceitar que eu viera ao mundo para
fazer algo por ele, para tentar dar-lhe o melhor de mim, deixar rastros
positivos da minha passagem e, em dado momento, partir.
Eu tive que aceitar que meus pais não durariam
para sempre e que meus filhos, pouco a pouco, escolheriam seus caminhos e
prosseguiriam sua caminhada sem mim.
Eu tive que aceitar que eles não eram meus como
eu supunha, e que a liberdade de ir e vir era um direito deles também.
Eu tive que aceitar que todos os meus bens me
foram confiados por empréstimo, que não me pertenciam e que eram tão fugazes
como fugaz era a minha própria existência na Terra.
Eu tive que aceitar que eu iria e que os bens
ficariam para uso de outras pessoas quando eu já não estivesse por aqui.
Eu tive que aceitar que varrer minha calçada
todos os dias não me dava nenhuma garantia de que ela era propriedade minha, e
que varrê-la com tanta constância era apenas um fútil alimento que eu dava à
minha ilusão de posse.
Eu tive que aceitar que o que eu chamava de
“minha casa” era só um teto temporário que dia mais, dia menos, seria o abrigo
terreno de uma outra família.
Eu tive que aceitar que o meu apego às coisas só
apressaria ainda mais a minha despedida e a minha partida.
Eu tive que aceitar que meus animais de
estimação, minhas plantas, a árvore que eu plantara, minhas flores e minhas
aves eram mortais. Eles não me pertenciam!
Foi difícil, mas eu tive que aceitar.
Eu tive que aceitar as minhas fragilidades, os
meus limites, a minha condição de ser mortal, de ser atingível, de ser
perecível.
Eu tive que aceitar para não perecer!
Eu tive que aceitar que a Vida sempre continuaria
com ou sem mim, e que o mundo em pouco tempo me esqueceria.
Eu me rendi e aceitei que eu tinha que aceitar.
Aceitei para deixar de sofrer, para lançar fora o
meu orgulho, a minha prepotência, e para voltar à simplicidade da Natureza, que
trata a todos da mesma maneira e sem favoritismos.
Humildemente agora lhe confesso que foi preciso
eu fazer cessar uma guerra dentro de mim.
Eu tive que me desarmar e abrir meus braços para
receber e aceitar a minha tão sonhada Paz!
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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