Segunda-feira, 03 de junho de 2023
“Sábias são as pessoas que sabem viver; tolo é
aquele que tendo defendido tese sobre barcos e mapas, não sonha com horizontes;
não planeja viagens, não imagina portos; anda sempre em terra firme por medo de
naufrágios.”
EVANGELHO DE HOJE
Jo 20,24-29
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
— Glória a vós,
Senhor!
Tomé, chamado Dídimo,
que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros
discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé
disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não
puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não
acreditarei". 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente
reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus
entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco".
27Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende
a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". 28Tomé
respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" 29Jesus lhe disse:
"Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem
visto!"
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Como sou lembrado? Como é que somos vistos? Isso
importa para mim? Chega ao ponto de me incomodar? Será que meus erros passados
pesam ainda sobre meus ombros?
Costumo dizer que o diabo é o melhor paparazzo
que existe. Ele sempre esta presente quando fazemos grandes ou pequenas
burradas. Ele “tira” fotos dos nossos deslizes em todas as posições e ângulos
possíveis esperando o momento certo – quando bate em meu coração o desejo do
arrependimento puro e sincero.
Queremos voltar a caminhar, fazer, portanto o que
é correto (…) então ele “revela” as “fotos” dos nossos equívocos em nossa
mente. É um mini flashback. Lembramos de tudo nos mínimos detalhes e
envergonhados, fugimos do perdão. Quem nunca passou por isso? As “fotos” uma
após outra “se revelam” em nossa mente e a tristeza toma o lugar da vontade de
voltar.
Não sei bem, mas surge então um dos nossos
mecanismos de defesa (ou seria de agressão?): passo a avalizar e julgar também
os outros! -“Eu sei que fiz”, mas ele (a) também não é santo (a) porque fez
isso e isso (…). Fazemos muito isso sem pensar.
O que isso tem haver com Tomé? Como ele é
lembrado? A ele é dado o estigma da incredulidade. O engraçado que esse mesmo
homem, em meio à dúvida dos apóstolos, sugere que todos acompanhem Jesus à Jerusalém
e, se for o caso, morram com Ele. Não lembramos Tomé por isso e sim pela sua
fraqueza!
“(…) A
isso Tomé, chamado Dídimo, disse aos seus condiscípulos: Vamos Pedro é lembrado
pela tríplice negação, por não ter conseguido andar sobre as águas, por ter
cortado a orelha de Malco, mas José Prado Flores apresenta uma perspectiva
interessante desse apóstolo: Ele foi o único que teve coragem de TENTAR
caminhar nas águas; de fato Ele negou, mas ele estava lá, onde estavam os
outros? Pedro agride o soldado, pois reconhecia aquele ato infundado como um
ato contra o filho de Deus, sendo ele o primeiro a reconhecer isso. E nós como
somos lembrados? Como nos lembramos dos que nos acompanham?
É, pois tão difícil fazer o caminho de volta,
reconhecendo seus próprios erros e terrível encontrar alguém se pondo num trono
de vaidade e soberba a apontar nossos defeitos que o paparazzo já fez questão
de revelar! Nesse momento alguém pede apenas uma chance! O perdão não deve ser
negado ou condicionado. O resgate da confiança, sim vai depender dos próximos
atos, mas não devemos negar o perdão.
“(…) É por
isso que o Senhor está desejoso de vos perdoar; é por isso que ele se ergue
para vos poupar; porque o Senhor é um Deus justo; ditosos aqueles que nele
esperam”. (Isaias 30, 18)
Começamos a viver uma convocação do papa Bento
XVI – o ano sacerdotal. Algo que, nesse evangelho é devidamente apropriado. O
padre ou presbítero é, em bom coloquial, “gente como a gente”. Alguém que busca,
como nós, fazer mais coisas certas que não certas. E como é lembrado? Vejo
alguém jogando futebol e quero participar. O jogo tem regras, mas desejo que
elas se adaptem a mim. Advinha quem é o juiz do jogo?
Em algum momento já escutamos que a igreja não
deixa isso, isso e isso (…) mas é a regra da igreja, o que chamamos de tradição
e deve ser respeitada. Não é culpa do padre! Se levássemos a sério o casamento
não casaríamos por fogo de palha ou evento social (respeito as exceções
particulares); se levássemos a serio a catequese, creio eu que teríamos mais
crianças e adultos com amor ao próximo, pois temos católicos que vemos no
batismo e depois no casamento.
Se levássemos mais a serio o Pai Nosso não
teríamos perdido tantos irmãos e irmãs para outras religiões e se lá estão bem
e reconhecem a Deus: Glória a Deus! Gostaria, sinceramente, que estivessem aqui
em só rebanho, mas “nossos dedos” os empurraram pra longe.
São Tomé sou eu, você, nós que no fim das nossas
mazelas, reconhecemos nossas fraquezas e dizemos: “(…) Meu Senhor e meu Deus”!
Somos chamados a ver as chagas do mundo dentre elas as nossas.
Um imenso abraço fraterno!
MOMENTO DE REFLEXÃO
O que leva as pessoas a terem uma vida voltada
para o sucesso ou para o fracasso? Existe realmente fracasso? As pessoas vencem
ou perdem na vida por obra do destino? Ou como consequência de suas próprias
ações bem ou mal planejadas?
Segundo Eric Berne, um psiquiatra canadense,
todos nós desenvolvemos um roteiro de vida, baseado em decisões precoces,
tomadas na infância, roteiro esse que fica armazenado no inconsciente e é
colocado em ação até que nos tornemos conscientes dele. Então, podemos elaborar
um plano de vida voltado para a nossa realidade presentes, para atingir nossas
metas e objetivos.
Assim, dependendo das mensagens verbais e
não-verbais, positivas e
Negativas que recebemos de nossos pais e das
figuras emocionalmente significativas da nossa infância, vamos tentando
responder à pergunta: o que uma pessoa como eu está fazendo num mundo desses,
com pessoas como você? Formamos, então, um conceito sobre o self (si mesmo),
sobre o outro e sobre o mundo. E baseado nesses conceitos, adotamos a nossa posição
existencial, que é a maneira com que nos posicionamos diante da vida, o nosso
jeito de ser, pensar e agir.
De acordo com as crenças, valores, conceitos,
preconceitos, informações (às vezes incompletas ou distorcidas), podemos
aceitar ou recusar as oportunidades, os estímulos que a vida nos oferece para
vencer ou perder.
Os vencedores são pessoas que não desistem diante
dos obstáculos que a vida lhes oferece. Estão sempre dispostos a fazer dos
fracassos um novo ponto de partida. Portanto, para os vencedores não existe
fracasso. As situações são todas utilizadas como aprendizagem, experiência,
amadurecimento e crescimento.
Os não vencedores são aqueles que se conformam em
empatar; não ganham, nem perdem. São pessoas que conseguem uma certa posição e,
embora insatisfeitos, não partem para algo mais. Geralmente colocam seus sonhos
como dificilmente realizáveis, pois não partem para a ação, para concretizar
esses sonhos.
E finalmente os perdedores são aqueles que não
estabelecem metas, ou as estabelecem mal. Estão sempre se esquivando da
responsabilidade dos resultados negativos das suas próprias ações. Atribuem o
resultado negativo ou o não resultado à má sorte, ou a terceiros (o governo, a
situação do país, o pai, a mãe, o cônjuge, a crise e outros)."
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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