Sábado, 29 de julho de 2023
"A estratégia é a ciência do emprego do
tempo e do espaço. Sou menos ávaro com o espaço do que com o tempo. O espaço
pode ser resgatado. O tempo perdido, jamais." (Napoleão Bonaparte)
EVANGELHO DE HOJE
Jo 11,19-27
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João
— Glória a vós,
Senhor!
E muitas pessoas
tinham vindo visitar Marta e Maria para as consolarem por causa da morte do
irmão. Quando Marta soube que Jesus estava chegando, foi encontrar-se com ele.
Porém Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus:
- Se o senhor
estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que, mesmo assim,
Deus lhe dará tudo o que o senhor pedir a ele.
- O seu irmão vai
ressuscitar! - disse Jesus.
Marta respondeu:
- Eu sei que ele vai
ressuscitar no último dia!
Então Jesus afirmou:
- Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e
crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso?
- Sim, senhor! -
disse ela. - Eu creio que o senhor é o Messias, o Filho de Deus, que devia vir
ao mundo.
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
No Evangelho de Lc 10,38-42 (Jesus visita Marta e
Maria) narrava a inquietação de uma irmã (MARTA) contrapondo-se com a
contemplação amorosa da outra (MARIA). É fato que apenas Lucas e João narram
passagens em que essa duas mulheres cruzam a vida de Jesus, mas é sabido também
que nos poucos momentos que Jesus buscou o descanso, era na casa delas e de seu
amigo Lázaro que Jesus encontrava um abrigo seguro.
Reparem, é outro momento e outra situação.
Naquela narrada em Lc 10,38-42, vemos uma Marta atribulada com
os afazeres e Maria prostrando-se aos pés do Senhor. Muita gente para nessa
reflexão, mas convido a reparar o que aconteceu no evangelho de hoje: Dessa vez
foi Marta que buscou ao Senhor enquanto Maria ficou a parte. “(…) Quando Marta
soube que Jesus estava chegando, foi encontrar-se com ele. Porém Maria ficou
sentada em casa“.
Um dia pode ser totalmente diferente do outro…
Lembremo-nos: outro momento, outra situação.
Quantas pessoas de fé e testemunho de vida certo
dia foram surpreendidas pela apatia da sensação de impotência em virtude de um
fato, uma situação, uma tragédia? Quantas tempestades surgiram “do nada”
sucumbindo até mesmo aqueles que já se consideravam maduros na fé? Maria,
aquela que um dia se pôs aos pés do Senhor em contemplação, vivia talvez um dia
sem esperança.
Saibam que esse deve ser um dos motivos que levam
muitas pessoas de fé a abandonar tudo que um dia acreditaram, construiram e
pregaram a viver uma vida ermitã pelo mundo. Na dor esquecemos os processos
naturais da vida e as leis que regem a natureza.
Lázaro, mais adiante é ressuscitado por Jesus,
mas inevitavelmente um dia morreria. Assim como hoje sou curado por Deus, um
dia, retornando aos velhos hábitos ou com o avançar dos dias e dos anos,
fatalmente voltariam os problemas respeitando assim a fisiologia natural do
nosso envelhecimento. Lembre-se que Jesus sempre nos faz voltar melhor após
encontrá-lo.
O que Marta encontrou em meio à dor da perda do
seu irmão? A PAZ!
Enquanto Maria demonstrava o abatimento natural
daquele que perdeu uma batalha, Marta, a que não parava, dessa vez fez a
escolha certa e também não lhe foi retirada “(…) Se o senhor estivesse aqui, o
meu irmão não teria morrido! Mas eu sei que, mesmo assim, Deus lhe dará tudo o
que o senhor pedir a ele”.
Portanto se o momento de agora é diferente do
seguinte é importante entender que existem altos e baixos que deverão ser
encarados com naturalidade e perseverança na fé. Dificilmente ficaremos o tempo
inteiro no monte (contemplativo, na graça, flutuando) e também o tempo inteiro
na planície (aridez, tibieza, secura), se conseguimos ver isso passaremos a
entender que os tropeços são inerentes ao ato de caminhar, mas cada um é livre
pra escolher por onde e que terreno deseja aprender a fazê-lo.
Um dia após o outro, mas em todos,
independentemente se ensolarado ou chuvoso, rendamos graças a Deus e Nele
busquemos forças e um espírito perseverante. Davi entendeu profundamente esse
pensamento.
“(…) É em
vós, Senhor, que procuro meu refúgio; que minha esperança não seja para sempre
confundida. Por vossa justiça, livrai-me, libertai-me; inclinai para mim vossos
ouvidos e salvai-me. Sede-me uma rocha protetora, uma cidadela forte para me
abrigar: e vós me salvareis, porque sois meu rochedo e minha fortaleza. Meu
Deus, livrai-me da mãos do iníquo, das garras do inimigo e do opressor, porque
vós sois, ó meu Deus, minha esperança. Senhor, desde a juventude vós sois minha
confiança. Em vós eu me apoiei desde que nasci, desde o seio materno sois meu
protetor; em vós eu sempre esperei. Tornei-me para a turba um objeto de
admiração, mas vós tendes sido meu poderoso apoio. Minha boca andava cheia de
vossos louvores, cantando continuamente vossa glória. Na minha velhice não me
rejeiteis, ao declinar de minhas forças não me abandoneis”. (Salmo 70, 1-9)
Santa Marta, ensina-nos a ver vida, a esperança e
a chance e esquecer a morte, o desânimo e o fim.
Um imenso abraço fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Não podemos controlar todas as situações que
vivemos, algumas não dependem da nossa vontade.
E não podemos mudar tudo também, mesmo se somos
fortes, decididos e positivos.
Mas podemos colocar um pouco de sal e de luz.
Podemos aprender a gerenciar essas situações de
maneira que não nos afetem completamente ou profundamente, que não nos destruam
ou acabem com nossos relacionamentos de amor e de amizade.
Quando perdemos o controle de nós, perdemos o
controle de tudo.
É como um motorista que, ao sentir o perigo,
larga o volante: o acidente é inevitável!
Por mais desesperadoras que pareçam as situações,
temos que segurar o volante.
Guardar a calma nos momentos mais críticos é uma
atitude preciosa, não só para nós, mas para os outros também.
Ah, sim, podemos explodir e às vezes até
precisamos!
Todavia há maneiras de exteriorizar o que nos
atormenta sem que os pedaços da nossa ira afetem tudo ao nosso redor.
Podemos chorar até que nossa alma se sinta
lavada, podemos falar com alguém em quem tenhamos confiança, podemos pintar,
desenhar, construir, correr ou apenas nos entregar à dor até que o peito se
esvazie dela.
Há pessoas, como eu, que escrevem longas cartas
que nunca enviam, mas que aliviam.
Somos humanos, eu sei e não podemos ficar
indiferentes à tudo o que acontece, não podemos nos esconder atrás de escudos
que nunca defenderão nossa sensibilidade, pois no inevitável encontro com nosso
eu, precisamos ainda encontrar forças e coragem para nos olhar nos olhos.
Temos todos em nós sementes de virtudes
plantadas.
Devemos dar a elas condições para que floresçam,
para que deem frutos, para que as pessoas possam, uma vez que nos encontram,
carregar-nos nos corações para o restante das suas vidas.
Letícia Thompson
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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