Sábado, 08 de julho de 2023
“Toda decisão acertada é proveniente de
experiência. E toda experiência é proveniente de uma decisão não
acertada.”(Óliver)
EVANGELHO DE HOJE
Mt 9,14-17
— O Senhor esteja
convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do
Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus
— Glória a vós,
Senhor!
Naquele tempo, 14os
discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Por que razão
nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?"
15Disse-lhes Jesus: "Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto
enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio
deles. Então, sim, eles jejuarão.
16Ninguém põe remendo
de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica
maior ainda. 17Também não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se
arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se põe em
odres novos, e assim os dois se conservam".
Palavra da salvação
Glória a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
Um parêntese inicial: Antes de tudo, e importante
reparar que os evangelhos desses primeiros dias convidam a refletir sobre o
Jejum…
O Jejum é uma das práticas mais antigas de nossa
igreja. Ele esta inserido entre os mandamentos da igreja haja vista sua
importância na construção de um cristão e é engano acreditar que essa prática é
exclusiva dos cristãos, pois muitas outras organizações religiosas a fazem como
método de centrar seu pensamento e seu proceder.
De certa forma podemos dizer que o Jejum além de
um belo exercício para a alma, como já dissemos ontem, é também uma forma de
lembrar a presença do “noivo”. Jejuamos, pois Ele assim pediu, mas, além disso,
era seu desejo que nos mantivéssemos fortes e perseverantes na fé.
Retorno então a reflexão de ontem: Abster-se de
algo só terá o devido efeito se vier acompanhado de alguma coisa que preencha
esse espaço. Quem jejua, busca algo maior que suas próprias forças, sendo
assim, a abstinência devem ser acompanhadas de um incremento na oração.
Abdicar, deixa entender que estamos aptos e dispostos a também ceder e por fim
é um sinal claro da presença do amor.
“(…) ‘ORAI
SEM CESSAR’ (1 Ts 5,17), ‘sempre e por tudo dando graças a Deus Pai, em nome de
nosso Senhor, Jesus Cristo’ (Ef 5,20), ‘com orações e súplicas de toda sorte,
orai em todo tempo, no Espírito e, para isso, VIGIAI COM TODA PERSEVERANÇA e
súplica por todos os santos’ (Ef 6,18). ‘Não nos foi prescrito que trabalhemos,
vigiemos e jejuemos constantemente, enquanto, para nós, é lei rezar sem
cessar‘. ESSE ARDOR INCANSÁVEL SÓ PODE PROVIR DO AMOR. Contra nossa pesada
lentidão e preguiça, O combate da oração é o do amor humilde, confiante e
perseverante. ESSE AMOR ABRE NOSSOS CORAÇÕES PARA TRÊS EVIDÊNCIAS DE FÉ,
LUMINOSAS E VIVIFICANTES”. (§ 2742 Catecismo da Igreja Católica)
O tempo é propicio, o momento favorece, por que
não experimentar?
Em nossa vida, temos momentos de plena satisfação
e outros que possivelmente gostaríamos de esquecer. Atos bons, por vezes, não
nos marcam como as decisões equivocadas. Gostaríamos de não “ter dito aquilo”,
“feito isso”… Por muitas vezes notamos que foi motivado por um instante de
raiva, uma noite mal dormida, um acontecimento antes do fato. Muitos
assaltantes e pessoas que transgrediram a lei ao serem presos relatavam esse
fato: “um instante de bobeira”.
Pode até parecer a perca de um dia, mas abster de
algo de vontade própria, é na verdade a busca de si próprio dentro de nós
mesmos. Jesus assim o fez quando foi ao deserto. De fato cronologicamente não
sabemos afirmar se foram 40 dias. Podem ter sido bem menos ou até bem mais que
isso!
Os mestres da lei realizavam o jejum por qualquer
coisa. Era “fashion” ficar com as feições transfiguradas e com ar sofredor para
cativar “tapinhas nas costas”. Quantas pessoas ainda se comportam assim? Esse
tipo de “jejum” não leva a nada.
“(…) Como
já nos profetas, o apelo de Jesus à conversão e penitência NÃO VISA EM PRIMEIRO
LUGAR ÀS OBRAS EXTERIORES, ‘o saco e a cinza’, os jejuns e as mortificações,
mas à conversão do coração, à penitência interior. SEM ELA, AS OBRAS DE
PENITÊNCIA CONTINUAM ESTÉREIS E ENGANADORAS: a conversão interior, ao
contrário, impele a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras
de penitência”. (§ 1430 Catecismo da Igreja Católica)
Mas são quarenta dias Jejuando? Não! Procure na
internet, consulte pessoas na sua comunidade, os padres… Eles poderão te
indicar uma forma muito sadia de passar pela quaresma.
E no fim, o que procurarei? O que encontrarei?
Que destino ou motivo deve nortear o meu jejum? Vamos ler a primeira leitura:
“(…) Acaso
é esse jejum que aprecio, o dia em que uma pessoa se mortifica? Trata-se talvez
de curvar a cabeça como junco, e de deitar-se em saco e sobre cinza? Acaso
chamas a isso jejum, dia grato ao Senhor? Acaso o jejum que prefiro não é
outro: – QUEBRAR AS CADEIAS INJUSTAS, DESLIGAR AS AMARRAS DO JUGO, TORNAR
LIVRES OS QUE ESTÃO DETIDOS, ENFIM, ROMPER TODO TIPO DE SUJEIÇÃO? Não é
repartir o pão com o faminto, acolher em casa os pobres e peregrinos? Quando
encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne”. (Isaias 58, 5-7)
Jejum é o desapego que faz vencer o mal que
insiste em nos fazer medíocres a graça de Deus.
Um imenso abraço fraterno!
MOMENTO DE REFLEXÃO
Reza a lenda que um monge, próximo de se
aposentar, precisava encontrar um sucessor.
Entre seus discípulos, dois já haviam dado
mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. Para sanar
as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para colocar a sabedoria dos dois à
prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos
sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha.
Dia e hora marcados, começa a prova.
Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos
começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em
seus pés já sangravam, causando imensa dor.
Ficou para trás, observando o outro monge sumir
de vista.
Prova encerrada. Todos de volta ao pé da
montanha, para consagrar o vencedor.
Após o festejo, o derrotado aproxima-se e
pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos
sapatos.
- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei -
foi a resposta.
Carregando feijões ou problemas, há sempre um
jeito mais fácil de levar a vida.
Problemas são inevitáveis. Já a duração do
sofrimento é você quem determina.
COZINHE SEMPRE
SEUS FEIJÕES E VIVA BEM!!!
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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