Quarta-feira, 08 de novembro de 2023
"Liberdade
é como saborear um passeio de bicicleta sem precisar apostar corrida com
ninguém. Não temos que ter essa ou aquela velocidade. Apenas pedalar. No nosso
ritmo."
EVANGELHO DE HOJE
Lc
14,25-33
—
O Senhor esteja convosco.
—
Ele está no meio de nós.
—
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas
—
Glória a vós, Senhor!
Grandes
multidões acompanhavam Jesus. Voltando- se, ele lhes disse: “Se alguém vem a
mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus
irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem
não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo. De
fato, se algum de vós quer construir uma torre, não se senta primeiro para
calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário,
ele vai pôr o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso
começarão a zombar: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de
acabar!’. Ou ainda: um rei que sai à guerra contra um outro não se senta
primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que
marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, envia uma delegação,
enquanto o outro ainda está longe, para negociar as condições de paz. Do mesmo
modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode
ser meu discípulo!”.
Palavra
da salvação
Glória
a vós Senhor.
MEDITAÇÃO DO EVANGELHO
Alexandre Soledade
Bom dia!
“(…) Bendizemos ao Pai porque, mesmo entre
dificuldades e incertezas, todo homem aberto sinceramente à verdade e ao bem
comum, pode chegar a descobrir na lei natural escrita em seu coração”. ( (Doc.
de Aparecida §123)
Temos colocado durante
essa semana que a santidade é uma longa estrada a ser percorrida e como tal,
nem sempre tem um percurso fácil ou acessível. Olhando sob esse ângulo, ou
seja, pelas dificuldades naturais de se realizar o trajeto, como então não
perceber que quanto mais peso levo mais difícil será terminar o caminho? “(…)
Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai
custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os
alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que
aconteceu vão caçoar dele, dizendo: “Este homem começou a construir, mas não
pôde terminar”.
Precisamos com todas as
forças e atenção lutar para que não levemos nada que não nos pertence, pois o
mal tem a estranha mania de se agarrar em nós como carrapichos. Quem já andou
por uma mata ou terreno baldio deve entender essa situação. Mas que carrapichos
são esses?
A vaidade, o medo, a
soberba, o orgulho, a arrogância, a prepotência, a indiferença, o ciúme, a
inveja, (…) todos eles tem a propriedade de furar as nossas defesas mais
sólidas e no nosso coração depositar sua semente. É bem comum vermos capim
nascendo em meio a fendas no concreto. Não precisam de muita coisa; precisam
apenas de uma fresta.
A bem da verdade me
parece que Jesus queria nos alertar é desses apegos indesejáveis que acabam nos
acometendo. Não vejo Jesus de fato querendo que famílias se desfizessem, mas
que os filhos não decretassem sua permanência no pecado individual e social
pela ignorância dos seus pais e de suas tradições.
Jesus queria ofertar um
bem maior, mas os medos impregnados pelos anos de violência a aquele povo
tampavam os olhos dos mais velhos, que nitidamente, já haviam sofrido muito. A
descrença é, portanto comum naquele que muito sofreu e que mesmo hoje vivendo
um período de paz, teme revoltar-se (ou mudar).
A revolta proposta por
Jesus com o “VEM E SEGUE-ME”; ela era (e é) uma revolução de dentro para fora.
O chamado não permitia (ou permite) que outra pessoa responda por ele , recorde
então a passagem de Zaqueu, quando Jesus olhando para aquele franzino em cima
de uma árvore (Zaqueu), requer uma tomada de decisão pessoal e intransferível.
“(…) Jesus entrou em Jericó e ia atravessando
a cidade. Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de
impostos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da
multidão, porque era de baixa estatura. Ele correu adiande, subiu a um sicômoro
para o ver, quando ele passasse por ali. Chegando Jesus àquele lugar e
levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: ZAQUEU, DESCE DEPRESSA, PORQUE É
PRECISO QUE EU FIQUE HOJE EM TUA CASA. ELE DESCEU A TODA A PRESSA E RECEBEU-O
ALEGREMENTE “. (Lucas 19, 1-6)
Se a caminhada, como já
enfatizamos, será longa, quanto mais peso levo mais complicada será para me
manter nela. O peso das coisas que carrego fatalmente ou me farão parar mais
vezes ou nos motivará a desistir. Zaqueu tinha tanto por “perder”, mas preferiu
perder para ganhar.
Quando éramos jovens
nossos pais sabiam por onde andávamos pela cor da roupa que chegávamos em casa
e quantas vezes tentamos mentir mas os sinais no corpo denunciavam, inclusive
os carrapichos. Mais que nossos pais, Deus sabe por onde andamos e conhece cada
um dos carrapichos que tememos retirar. Quem nunca espetou o dedo tentando
arrancá-los?
Deixa hoje Deus tirar o
que não é necessário.
Receba essa mensagem de
Deus em seu coração.
Um imenso abraço
fraterno.
MOMENTO DE REFLEXÃO
Tinha sido outra longa
semana coordenando sessões de treinamento através do país. Geralmente gosto de
relaxar no vôo para casa, ler alguma coisa fácil, talvez até mesmo fechar os
olhos por alguns minutos. Entretanto, tento ficar aberta para o que quer que
aconteça. Normalmente faço uma pequena prece: "Quem quer que se sente a
meu lado, deixe que aconteça e ajude-me a estar aberta para isto."
Neste dia em particular,
embarquei no avião e notei um garoto pequeno, com cerca de oito anos de idade,
sentado na cadeira da janela ao meu lado. Adoro crianças.
No entanto, estava
cansada. Meu primeiro instinto foi: "Ah, meu Deus, não tenho certeza se
isso vai ser bom." Tentando ser o mais amigável possível, eu disse
"Oi" e me apresentei. Ele me falou que seu nome era Bradley.
Começamos a conversar e, em alguns minutos, ele me confidenciou:
- É a primeira vez que
ando de avião. Estou um pouco nervoso.
Contou-me que ele e sua
família visitaram seus primos e que acabou ficando mais algum tempo depois que
sua família voltara para casa. Agora estava voando para casa, sozinho.
- Voar é muito fácil -
tentei lhe assegurar - É uma das coisas mais fáceis que você irá fazer na vida.
- Fiz uma pausa, pensando por um momento, e então lhe perguntei:
- Você já andou de montanha-russa?
- Adoro
montanhas-russas!
- Você anda sem se
segurar com as mãos?
- Claro, eu adoro - ele
riu. Agi como se estivesse horrorizada. - Alguma vez você já andou na frente? -
perguntei, fazendo cara de medo.
- Sim, tento pegar o
assento da frente todas as vezes! - E você não tem medo disso?
Ele fez que não com a
cabeça, sentindo claramente que tinha uma vantagem sobre mim.
- Bem, este vôo não vai
ser nada comparado com isso. Eu nem ando em montanha-russa e não tenho o menor
medo de voar. Um sorriso abriu caminho em seu rosto.
- Verdade?
Eu podia ver que ele
estava começando a achar que talvez fosse corajoso afinal de contas.
O avião começou a taxiar
pela pista. Quando decolamos, ele olhou pela janela e começou a descrever com
muita animação tudo o que estava acontecendo.
Comentou sobre a
formação das nuvens e sobre as figuras que pareciam pintar no céu.
- Esta nuvem parece uma
borboleta e aquela, um cavalo! De repente, vi aquele vôo através dos olhos de
um menino de oito anos. Era como se fosse a primeira vez que voava.
Mais tarde, Bradley me
perguntou o que eu fazia. Contei-lhe sobre os treinamentos que coordenava e
mencionei que também faço comerciais para televisão e rádio.
Seus olhos se
iluminaram.
- Minha irmã e eu
fizemos um comercial de televisão uma vez.
- Você fez? E como foi?
Ele falou que tinha sido
muito divertido para eles. Então me disse que precisava ir ao banheiro.
Levantei-me para que ele
pudesse passar para o corredor. Foi então que percebi o aparelho em suas
pernas. Bradley foi e voltou do banheiro lentamente. Quando se sentou
novamente, explicou:
- Tenho distrofia
muscular. Minha irmã também tem - ela está de cadeira de rodas agora. Foi por
isso que fizemos o comercial. Somos crianças-propaganda para distrofia
muscular.
Quando começamos a
aterrissar, ele me olhou, sorriu e falou sussurrando, quase como se estivesse
envergonhado:
- Sabe, eu estava
realmente preocupado com quem ia sentar a meu lado no avião. Fiquei com medo
que fosse alguém rabugento que não quisesse conversar comigo. Estou muito feliz
de ter sentado ao seu lado.
Pensando a respeito de
toda a experiência mais tarde, naquela noite, lembrei-me do valor de ficar
aberta para o momento. Uma semana que começara sendo a treinadora terminara
como a aluna.
Agora, quando as coisas
ficam difíceis - e ficam, inevitavelmente -, olho pela janela e tento ver que
imagens as nuvens estão formando no céu. E me lembro de Bradley, a linda
criança que me ensinou esta lição.
(Joyce A.
Harvey)
UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...
E até que nos encontremos novamente,
que Deus lhe guarde serenamente
na palma de Suas mãos.
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