quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Sexta-feira 10-11-2023

 

Sexta-feira, 10 de novembro de 2023

 

"Quantas alegrias são pisadas e esmagadas porque as pessoas levantam os olhos para o céus e são indiferentes ao que está a seus pés."  (Catharina Elisabeth Goethe )

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Lc 16,1-8

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor!

 

 

Depois, Jesus falou ainda aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: ‘Que ouço dizer a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. O administrador, então, começou a refletir: ‘Meu senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Cavar, não tenho forças; mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. Então chamou cada um dos que estavam devendo ao seu senhor. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' O administrador disse: 'Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve: cinquenta!' Depois perguntou ao outro: 'E tu, quanto deves?' Ele respondeu: 'Cem sacas de trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve: oitenta'. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu com esperteza. De fato, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.

 

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Alexandre Soledade

 

Bom dia!

Certo dia sai com a intenção de comprar um par de tênis. Andei em várias lojas procurando um que se adequasse a duas condições importantes: BOM e BARATO. E como bem sabemos, isso não existe ( por favor nem me falem dos falsificados).

Entrei por fim numa loja e indo a um vendedor solicitei um par que gostei, no entanto não era aquele que o vendedor queria que eu comprasse… Sim! Quando entramos numa loja o vendedor já escolheu o que vamos comprar, portanto, tínhamos um problema: Eu não queria pagar o dobro do preço por um que eu não gostei!!

A consequência disso foi que saí da loja sem comprar o que eu queria, pois tomei birra da insistência. Seguindo, numa outra loja encontrei dois pares tênis que me agradaram e foi lá que eu decidi comprar. O duro foi entender o porquê não querer comprar na outra loja o tênis que custava o dobro, mas acabei comprando dois pares que somados seus valores eram um pouco maiores que o preço que o primeiro vendedor queria “me empurrar”.

Aonde essa conversa tem haver com evangelho de hoje? Espere um pouco!

Talvez o vendedor da segunda loja tenha entendido o que eu procurava, ou seja, os dois “Bs” e conseguindo me agradar, ou seria melhor dizer encantar, acabou tirando ainda mais do que eu vim procurar, fato este que passou por despercebido no olhar do primeiro vendedor que só estava interessado na sua comissão.

Quando as pessoas vêm a igreja, a um grupo ou pastoral estão a procura de algo que não necessariamente é o melhor para elas e sim o que DESEJAM encontrar e que talvez não esteja a nosso alcance dar ou conceder, mas as palavras certas podem levá-las a ganhar muito mais do que tinham em mente.

Comportamo-nos com administradores infiéis quando vendemos o que elas procuravam mesmo sabendo que tinha algo ainda melhor a esperando. Um exemplo está nos insistentes encontros que prometem milagres, curas, prodígios aos que participarem; somos administradores infiéis quando empurramos “goela abaixo”, ou melhor, sem seu consentimento, algo que ainda não estão preparados para “pagar”. Refiro-me, por exemplo, a exigências de mudanças drásticas de comportamento e conduta (fala, jeito); ou na implicância assoberbada com as roupas que vestem ou as tatuagens e piercings que usam e esquecer de saber o que comem, se trabalham,…

Não estou aqui dizendo que devemos abolir as regras e convenções, mas é preciso voltar no exemplo da inteligência real do segundo vendedor que acabou cumprindo seu objetivo (fazendo sua comissão), agradando o cliente e não vendendo o que ele não precisava.

Quem vai a missa deve voltar de lá satisfeito. Ele então satisfeito poderá ouvir a mais dura das exortações, mas saberá que fez uma bela compra; uma mãe ou pai que repreende um filho que volta pra casa após um erro deve saber dosar a bronca e o carinho para que ele deseje ficar e não mais fugir; Deve aprender que por trás de tatuagens e piercings pode estar alguém clamando em silêncio, por atenção, para ser visto…

Deus nos ensina e nos da liberdade e a sabedoria necessária para fazermos o que é melhor, mas acabamos no fim fazendo o que queremos, ou seja, insistimos em “vender” o que quero e nem sempre o que Jesus semeou e ainda “achamos” que somos espertos. Recordo da parábola do semeador, quando mesmo presentes a tantos sinais, os apóstolos continuam a não entender o que Jesus quer dizer

 “(…) Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque veem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem! Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram“. (Mateus 13, 16-17).

Se para ter o reino de Deus faço apenas o que quero, que penso, que acho e o que gosto serei cobrado assim na mesma medida.

 “(…) Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera. Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva. Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os pecadores na assembleia dos justos. Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição “. (Salmo 1)

Um imenso abraço fraterno.

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

“As mulheres são como saquinhos de chá: não se sabe sua força até serem jogadas em água quente.” (Eleanor Roosevelt)

Em 1996, a maioria de nós, mulheres, está solidamente engajada em formar grupos de apoio e ajudar umas às outras da mesma forma que os homens têm feito há décadas - uma situação muito mais amigável para as mulheres do que era há cinquenta anos.

Sempre que fico complacente a esse respeito, penso em minha mãe - e imagino se eu teria sobrevivido ao que ela passou na época.

Por volta de 1946, quando minha mãe, Mary Silver, já estava casada com Walter Johnson por quase sete anos, ela era mãe de quatro crianças ativas e barulhentas.

Sei pouca coisa a respeito da vida dos meus pais nesta época, mas, tendo eu mesma criado duas crianças em alguns lugares remotos do país, posso imaginar como foi, especialmente para minha mãe. Com quatro crianças pequenas, um marido cujo senso de obrigação ia até trazer dinheiro para casa e cortar o gramado, sem vizinhos e praticamente nenhuma oportunidade de fazer amigos próprios, ela literalmente não tinha onde dar vazão às grandes pressões que deveriam se acumular dentro dela.

Por algum motivo, meu pai decidiu que ela estava "se perdendo". É um mistério para mim imaginar como ela poderia ter conseguido tempo e alguém para encontrar, quanto mais para "se perder", já que nós quatro estávamos constantemente no meio do caminho. Mas meu pai já decidira, e ponto final.

Numa manhã de um dia de primavera em 1946, minha mãe saiu de casa para comprar leite para o bebê. Quando voltou, meu pai estava na janela do andar de cima com um revólver. Ele disse:

- Mary, se você tentar entrar nesta casa, vou atirar nos seus filhos.

Foi assim que ele lhe disse que estava entrando com um pedido de divórcio.

Foi a última vez que minha mãe viu aquela casa. Foi forçada a ir embora apenas com a roupa do corpo e o dinheiro que tinha na bolsa - e uma garrafa de leite.

Hoje em dia, ela provavelmente teria opções: um abrigo local, um 0800 para o qual pudesse telefonar, um grupo de amigas que teria feito através de um emprego de meio expediente ou de tempo integral. Teria um talão de cheques e cartões de crédito no bolso. E poderia voltar, sem constrangimento, para sua família.

Porém, em 1946, ela não tinha nada disso. As pessoas casadas simplesmente não se divorciavam. Portanto, lá estava ela - completamente sozinha. Meu pai conseguiu até virar o pai dela contra ela. Agora, meu avô proibira minha avó de falar com sua filha quando ela mais precisava.

Em algum momento, antes de entrar com o processo no tribunal, meu pai a contatou e disse:

- Olhe, Mary, eu não quero realmente um divórcio. Só fiz isso para lhe ensinar uma lição.

Mas minha mãe podia ver que, por pior que fosse sua situação, era preferível a voltar para meu pai e deixar que ele nos criasse. Então respondeu:

- Nem pensar. Cheguei até aqui, não vou voltar atrás.

Para onde ela poderia ir? Não podia ir para casa. Não podia permanecer ali em Amherst: em primeiro lugar, porque sabia que ninguém a hospedaria; em segundo, porque, com o retorno dos recrutas, não haveria esperança de trabalho para ela; e, finalmente e mais importante, porque meu pai estava lá. Então embarcou em um ônibus para o único lugar que reservava uma chance para ela - a cidade de Nova York.

Minha mãe tinha uma vantagem: era letrada e tinha um diploma de Matemática, da Universidade Mt. Hollyoke. Porém, fizera o caminho habitual das mulheres nos anos 30 e 40: fora diretamente do segundo grau para a faculdade e daí para o casamento. Ela não fazia idéia de como arrumar um emprego e sustentar a si mesma.

A cidade de Nova York tinha várias coisas a seu favor: ficava a apenas 320 quilômetros; portanto, podia pagar a passagem de ônibus. E era uma cidade grande; portanto, tinha que haver um emprego escondido em algum lugar. Ela positivamente tinha que encontrar uma maneira de sustentar a nós quatro.

Assim que chegou a Nova York, localizou uma Associação Cristã de Moços, onde podia ficar por apenas um dólar e meio por noite. Havia uma loja perto, onde, por cerca de um dólar por dia, comia sanduíches de salada de ovo e café. Em seguida, começou a correr as ruas.

Durante vários dias, que se tornaram várias semanas, não encontrou nada: não havia empregos para diplomados em Matemática, homens ou mulheres, nenhum trabalho para mulheres.

Todas as noites ela voltava para a Associação, lavava a roupa de baixo e a blusa branca, colocava-as para secar e de manhã usava o ferro e a tábua de passar da Associação para tirar as marcas da blusa.

Esses itens, junto com uma saia de flanela cinza, constituíam todo o seu guarda-roupa. Cuidar deles ocupava uma parte das longas noites que enfrentava sozinha na Associação. Sem livros, nem uma moedinha a mais para comprar jornal, sem telefone (e ninguém para quem ligar, se tivesse um) e sem rádio, a não ser no andar de baixo (onde a lista dos convidados da Associação era de certa forma assustadora), as noites devem ter sido realmente horríveis.

Previsivelmente, seu dinheiro minguou, assim como a lista de agências de emprego. Finalmente, em uma quinta-feira, chegou a vez da última agência de empregos da cidade, com menos no bolso do que precisava para pagar o abrigo naquela noite. Ela fez muito esforço para não pensar em passar a noite nas ruas.

Subiu penosamente vários lances de escada para chegar à agência, preencheu os formulários obrigatórios e, quando chegou sua vez de ser entrevistada, preparou-se para as más notícias. "Sentimos muito, mas não temos nada para a senhora. Quase não temos empregos suficientes para os homens que temos que colocar." Pois é claro que os homens tinham prioridade em relação a qualquer emprego disponível.

Minha mãe não sentiu nada quando se levantou da cadeira e se dirigiu para a porta. Entorpecida como estava, havia quase atravessado a porta quando percebeu que a mulher resmungara alguma outra coisa.

- Desculpe, não ouvi. O que a senhora disse? - perguntou. - Bem, sempre há George B. Buck, mas ninguém quer esse emprego. Ninguém fica muito tempo - a mulher repetiu, apontando com a cabeça para uma caixa de fichas em cima de um arquivo próximo.

- O que é? Conte-me a respeito - disse minha mãe ansiosamente, sentando-se com as costas apoiadas no encosto da cadeira de madeira. - Faço qualquer coisa.

Quando começo? Bem, é um emprego de contador, para o qual a senhora está qualificada, mas o salário não é bom e tenho certeza de que não gostaria - disse a agente, retirando a ficha relevante do fichário. Vamos ver, diz aqui que a senhora pode começar quando quiser. Suponho que isto signifique que poderá ir lá agora. Ainda é cedo.

Minha mãe contou que literalmente arrancou o cartão das mãos da agente e correu escada abaixo. Nem mesmo parou para tomar fôlego enquanto corria os vários quarteirões até o endereço escrito no cartão.

Quando se apresentou para o surpreso gerente de pessoal, ele decidiu que, sem dúvida, ela podia começar a trabalhar naquela manhã mesmo se quisesse, pois havia muito trabalho a ser feito. E era quinta-feira, dia de pagamento.

Naquele tempo, a maioria das empresas pagava seus empregados em dinheiro vivo pelo tempo trabalhado, incluindo o próprio dia de pagamento - portanto, miraculosamente, quando eram cinco horas, ela recebeu dinheiro vivo pelas cinco horas que trabalhara naquele dia. Não era muito, mas deu para que ela chegasse até a quinta-feira seguinte, depois à outra e assim por diante.

Mary Silver Johnson permaneceu em George B. Buck & Companhia por 38 anos, subindo para um cargo de grande respeito dentro da firma. Lembro-me de que ela tinha um escritório de esquina - o que não é pouca coisa no centro de Manhattan.

Depois de trabalhar lá por dez anos, ela foi capaz de nos comprar uma casa no subúrbio de Nova Jersey, a meia quadra de distância do ônibus para a cidade.

Hoje em dia, uma em cada duas casas parece ser comandada por uma mãe solteira e é fácil esquecer que já houve um tempo em que este tipo de vida era impensável.

Sinto-me tão humilde ao refletir sobre as realizações de minha mãe quanto orgulhosa o suficiente para estourar os botões da camisa!

Se cheguei até aqui, meu bem, foi porque fui carregada em grande parte pelos esforços de muitas, muitas outras mulheres antes de mim - com esta mulher admirável, minha mãe, liderando o caminho.

 (Pat Bonney Sheperd)

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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