segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Terça-feira 28-11-2023

 

Terça-feira, 28 de novembro de 2023

 

"O êxito é fácil de obter. O difícil é merecê-lo". (Albert Camus).

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Lc 21,5-11

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor!

 

 

Algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?”. Ele respondeu: "Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!', e ainda: 'O tempo está próximo'. Não andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim". E Jesus continuou: “Há de se levantar povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu”.

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Alexandre Soledade

 

Bom dia!

Quantas pessoas que conhecemos vivem uma visão apocalíptica da vida? Quantos parecem ter desistido de lutar em vida e passado a esperar o fim como salvação. Sim! Parece que seja esse o grande motivo de se desejar tanto o fim do mundo – um fruto amargo chamado insatisfação pessoal.

Estranhamente, vemos nessas pessoas, irmãos e irmãos de longa caminhada, a descrença quanto ao futuro em vista do seu ATUAL presente. Sei que é duro de falar nisso, mas todo aquele que se apega ao apocalipse esquece-se de viver a Páscoa. Como pode alguém convencer outro sobre a vida, a cura, de um milagre se no fundo deseja fugir?

Pensar no fim pode ser sim uma fuga da realidade. É querer como os apóstolos no monte Tabor, esquecer de voltar à realidade e ali montar suas tendas. É tentar “apressar” a volta de Jesus para enfim morar no paraíso. Todos queremos um dia sermos dignos do paraíso, mas creio que não é fugindo que o alcança.

Jeremias vivia exilado na Babilônia, Deus se fez revelar assim:

 “(…) Sei muito bem do projeto que tenho em relação a vós — oráculo do SENHOR! É um projeto de felicidade, não de sofrimento: dar-vos um futuro, uma esperança! Quando me invocardes, ireis em frente, quando orardes a mim, eu vos ouvirei. Quando me procurardes, vós me encontrareis, quando me seguirdes de todo coração, eu me deixarei encontrar por vós — oráculo do SENHOR. Mudarei vosso destino, vou reunir-vos de todos as terras e lugares por onde vos dispersei — oráculo do SENHOR —, e trazer de volta para este lugar do qual vos exilei”. (Jeremias 29, 11-14)

Esse pensamento apocalíptico é tão evidente em algumas pessoas que até se dão ao luxo de escolher datas como 2000, 2012, 2023, (…) ou quando vêem doenças novas surgir a anunciar o fim dos tempos. Lembro recentemente da gripe suína, conheço gente que não saia de casa esperando o fim do mundo (hunf). Isso não é brincadeira e sim fanatismo religioso baseado na imaturidade pessoal.

Não vejo Deus preocupado em destruir aquilo que pacientemente edificou. Jesus nesse evangelho profetisa o que realmente veio acontecer com Jerusalém e fatalmente aconteceria a todas as nações que assim se comportassem. Se cada um de nós não levantar a bandeira de defesa do meio ambiente, com certeza, um dia teremos problemas, pois isso é um fato; se não levantarmos a bandeira da defesa das famílias, do emprego, da dignidade humana, (…) também teremos problemas, mas as nossas dificuldades atuais não podem nos impor um regime de medo e tão pouco o direito de amedrontar as pessoas.

Deus anda conosco e sempre andará. Atitudes mudadas no presente podem nos garantir um futuro melhor. Não nos exilemos ou nos encarceremos pelo medo. “(…) Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação”. (II Timóteo 1, 7)

Como nosso frei Alceu diz: “fuja desse povo que vê o fim do mundo toda hora”.

Um imenso abraço fraterno.

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Fui ao consultório do Dr. Belt para um check-up apenas algumas semanas depois de minha cirurgia. Isso foi logo depois do primeiro tratamento de quimioterapia.

A cicatriz ainda estava muito sensível. A parte de baixo do meu braço estava dormente. Um conjunto de sensações estranhas e novas parecia compartilhar o espaço anteriormente conhecido como meus seios - agora amorosamente apelidado de "o seio e o tórax".

Como sempre, fui levada a uma sala de exames para que mais uma vez tirassem meu sangue - um processo aterrorizante para mim, que tenho tanto medo de agulhas.

Deitei-me na mesa de exames. Vestia uma camisa larga de flanela xadrez e um corpete por baixo. Era uma roupa estudada cuidadosamente que eu esperava fosse vista pelos outros como uma roupa esporte qualquer. O xadrez da camisa camuflava meu seio, o corpete o protegia e os botões facilitavam o acesso médico.

Ramona entrou na sala. Seu sorriso caloroso e brilhante era familiar e contrastava com meus medos. Eu a tinha visto pela primeira vez no consultório há algumas semanas.

Não foi a enfermeira que me atendeu naquele dia, mas lembrei-me dela porque estava rindo. A risada tinha um timbre profundo, rico, aveludado. Lembro-me de ter pensado no que poderia ser tão engraçado, atrás da porta do consultório.

O que poderia encontrar naquela situação para rir daquele jeito? Deduzi que ela não levava a coisa toda suficientemente a sério e que eu tentaria achar uma enfermeira que levasse. Mas eu estava errada.

Naquele dia foi diferente. Ramona já havia tirado meu sangue antes. Ela conhecia meu medo de agulhas e gentilmente escondeu toda a parafernália embaixo de uma revista com a alegre fotografia da reforma de uma cozinha. Quando abrimos a camisa e tiramos o corpete, o catéter no meu peito ficou exposto e, com ele, a recente cicatriz.

Ela disse:

- Como anda sua cicatrização? Respondi:

- Acho que bastante bem. Lavo em volta com cuidado todos os dias.

A lembrança da água do chuveiro atingindo a carne dormente passou pela minha mente.

Ela se debruçou e passou gentilmente a mão na cicatriz, examinando a textura da pele nova e procurando irregularidades. Comecei a chorar baixinho. Olhou para mim com olhos amigos e disse:

 

- Você ainda não a tocou, não é? E eu respondi:

- Não.

Então esta mulher maravilhosa e carinhosa colocou a palma de sua mão marrom-dourada em meu peito pálido e permaneceu com ela ali por muito tempo. Continuei a chorar baixinho. Com tom suave, ela disse:

- Isto faz parte do seu corpo. Isto é você. Você pode tocá-la.

Mas eu não podia. Ela a tocou para mim. A cicatriz. O ferimento que estava se curando. E, por baixo, tocou meu coração. Em seguida, Ramona disse:

- Eu seguro a sua mão, enquanto você a toca.

Colocou a mão ao lado da minha e ficamos as duas caladas. Este foi o presente que Ramona me deu.

Naquela noite, quando fui me deitar para dormir, botei delicadamente a mão no peito e a deixei ali até pegar no sono. Eu sabia que não estava sozinha. Estávamos todos juntos na cama, metaforicamente, meu seio, meu tórax, o presente de Ramona e eu.

 

(Betty Aboussie Ellis)

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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