Florescer Sempre: Segunda-feira 27-11-2023

Segunda-feira, 27 de novembro de 2023

“O trabalho irá esperar, enquanto você mostra às crianças o arco-íris, mas o arco-íris não espera enquanto você está trabalhando” (Patricia Clifford).

EVANGELHO DE HOJE

Lc 21,1-4

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor!

Ao levantar os olhos, Jesus viu pessoas ricas depositando ofertas no cofre. Viu também uma viúva necessitada que deu duas moedinhas. E ele comentou: “Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver”.

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Alexandre Soledade

Bom dia!

Duas moedas. Poderiam ser duas ofertas diferentes de uma mesma pessoa, mas ser ao mesmo tempo também quase tudo ou quase nada. Empenho e desmotivação; apatia e compromisso; indiferença e atitude (…) Duas moedas lembram também duas medidas, duas atitudes, duas condutas de uma mesma pessoa.

Convivemos com pessoas, por que então ouvimos algumas e deixamos de ouvir a outras se falam a mesma coisa? Por que a pessoa de fora fala ou faz melhor do que aquele (a) que convive conosco? Por que perdoamos facilmente algumas pessoas que temos pouca intimidade e contato, mas temos dificuldade em perdoar quem convive mais conosco? Por que emprestamos nosso sapato ou sandália nova para um (a) amigo (a), mas não emprestamos para o (a) irmão (ã)? Duas moedas!

Duas moedas podem ser também duas caras, duas opiniões, duas vidas, (…) de quem vive uma vida santa na frente dos outros e outra bem diferente longe dos olhos dos mesmos. Irmãos e irmãos como qualquer um de nós que na igreja é cristão e no lidar com as pessoas é “pagão”.

Quem não conhece ou conheceu alguém que foi “SALVO” pela igreja (risos)? Aquela pessoa que se diz cristão, católico, evangélico, crente, caridoso, mas somente dentro da igreja, pois fora dela ainda guarda um lado amargo, rancoroso, briguento, intolerante, preconceituoso, (…) Isso também são duas moedas.

“(…) Porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus. Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos”.(Tiago 1, 20-22)

Quando digo SALVO, dou graças a Deus por ela estar aqui. Ela pelo menos teve a atitude de dar suas duas moedas em querer algo mais. Ter uma religião, uma meta, um objetivo, uma crença é muito mais que uma forma de viver, é declarar que é mortal, que sonha, que espera, que esta em construção.. Mas não pode se acomodar nisso, pois se estou aqui dentro preciso me empenhar em ser melhor; parar de dar trabalho

Talvez não seja por nada que Jesus tenha perguntado, em outro momento, de quem era a face visível numa moeda – o que é de César a César e sendo dele deveria ser devolvida ao próprio. Jesus não quer essa moeda, essa face, esse orgulho, esse tipo de vida (…), Ele quer o pouco que temos; as espinhas do meu rosto; a minha dificuldade em falar em público; o medo de dizer que acredito Nele… Deus não quer o que sobra, mas o que sou de fato, sem máscaras, sem receios. Ele quer realmente as duas moedas.

“(…) Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade”. (I João 1, 8-9)

Deus pede a chave de nossa casa, do nosso coração, da nossa família. Ele pode e merece entrar sem bater em nosso viver, e se assim encararmos estaremos vivendo em comunhão. Sim, de vez em quando acontecem fatos e situações que nos forçam a trocar as fechaduras das portas como as decepções, frustrações, percas (…), elas sempre estão a nos rondar, mas é imprescindível que de tempos em tempos paremos e reflitamos, sempre deixando sempre uma cópia da chave sob o tapete de entrada para o autor da vida entrar.

Deus quer mudar algo em nossas vidas hoje. Deixe-O entrar! Entregue-se a esse amor. De suas duas moedas! Jesus abrirá o caminho! Sejamos humildes na presença da graça

“(…) Quem será digno de subir ao monte do Senhor? Ou de permanecer no seu lugar santo? O que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura para enganar seu próximo. Este terá a bênção do Senhor, e a recompensa de Deus, seu Salvador” (Salmo 23(24), 3-5)

Um imenso abraço fraterno.

MOMENTO DE REFLEXÃO

“O trabalho irá esperar, enquanto você mostra às crianças o arco-íris, mas o arco-íris não espera enquanto você está trabalhando” (Patricia Clifford).

Eu estava com pressa.

Passei correndo pela sala de jantar usando meu melhor vestido, concentrada em me preparar para um encontro de negócios noturno. Gillian, minha filha de quatro anos, estava dançando ao som de sua música favorita, Cool, do filme Amor, Sublime Amor.

Eu estava com pressa, à beira de chegar atrasada. No entanto, uma vozinha dentro de mim disse: "Pare".

Então parei. Olhei para ela. Aproximei-me, peguei sua mão e a rodopiei. Minha filha de sete anos, Caitlin, entrou em nossa órbita e eu também a peguei. Nós três dançamos alucinadamente pela sala de jantar até chegarmos à sala de estar. Ríamos. Rodopiávamos. Será que os vizinhos podiam ver a loucura pelas janelas?

Não tinha importância. A música chegou ao fim com um floreio dramático e nossa dança terminou com ela. Dei um tapinha em seus traseiros e mandei que fossem tomar banho.

Elas subiram as escadas, sem fôlego, seus risinhos ricocheteando pelas paredes. Voltei aos meus afazeres. Estava dobrada para a frente, enfiando papéis em uma pasta, quando ouvi a mais nova falar para a irmã:

- Caitlin, você não acha que a mamãe é a melhor de todas?

Congelei. Eu quase correra pela vida, perdendo aquele momento. Meu pensamento foi para os prêmios e os diplomas que cobriam as paredes do meu escritório. Nenhum prêmio, nenhuma realização que eu jamais alcançara, poderia se comparar a isso: "Você não acha que a mamãe é a melhor?"

Minha filha disse isso quando tinha quatro anos. Não espero que ela o diga com quatorze. Mas, aos quarenta, se ela se inclinar por cima daquela caixa de pinho para dizer adeus para o recipiente descartado da minha alma, quero que o diga.

"Mamãe não é a melhor?"

Não combina com meu currículo. Mas quero isso gravado na minha lápide. (Gina Barrett Schlesinger)