quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Sexta-feira 01-12-2023

 

Sexta-feira, 01 de dezembro de 2023

 

“Montando a árvore de natal, podemos ver em cada bola um remontar, em cada adereço uma esperança, em cada lâmpada um caminho novo a seguir renovando as esperanças, e na estrela do alto um guia em novos caminhos. Essa árvore, por mais que seja bela, se vista por este ângulo, estará ainda mais bela por sua missão.” (Jean Carlos Sestrem)

 

 

EVANGELHO DE HOJE

Lc 21-29-33

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.­

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas

— Glória a vós, Senhor!

 

 

E Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”.

 

 

Palavra da salvação

Glória a vós Senhor.

 

 

 

MEDITAÇÃO DO EVANGELHO

Alexandre Soledade

 

Bom dia!

Continuando (…)

Sofremos, lutamos, levantamos e resolvemos continuar, Jesus a nossa frente a nos pedir que ergamos a cabeça que logo seriamos agraciados com a vitória, a conquista. Quem após uma grande turbulência ou adversidade não saiu melhor, mais forte, pronto a superar novos desafios?

O sofrimento trás sim transtornos a nossa vida e daqueles que nos cercam, mas esse duro aprendizado acaba quebrando a dormência de nossa vida. Entenda dormência um processo de “casulo” que toda semente tem, umas mais outras menos.

Uma semente ao cair no solo não germina de imediato, ela esta dormente. Algumas precisam apenas do contato com os nutrientes do solo e um pouco de água para despertar, outras, porém precisam de muito calor. Sementes do nosso cerrado só brotam depois que são queimadas, ou seja, aqueles incêndios que vemos acabam gerando vida após o sofrimento. Entenda nesse exemplo que a natureza, que existe bem antes de qualquer um de nós de certa forma ela consegue ver no sofrimento a própria vida.

Somos suscetíveis a dias bons e dias não tão bons, mas um dia teremos que crescer e ver as folhas brotar (nossos dons, carismas, talentos) e saber que chegou a hora – É verão. O Espírito Santo se revela na primavera, nas flores, na graça, na paz, na alegria (…). Ele nos torna graciosos aos olhos de Deus e dos irmãos. Quem passa por nós sabe que algo mudou. Chega o verão e é hora de revelar o quanto você melhorou, cresceu, mudou…

Sei que é uma canção batida, mas “Então é natal! O que você fez”?

O que mudou? O que vai mudar?

Em um dia, ou seja, 24 horas, podemos ter momentos. Amanhecer cabisbaixo num possível outono; empolgar numa primavera de sorrisos no trabalho; mostrar a tarde todo seu talento de verão e no fim do expediente voltar à realidade, num triste inverno, sozinho num quarto quase depressivo (a) esperando um novo dia amanhecer. Ou então amanhecer sorrindo de orelha a orelha (primavera), trabalhar pensando no intervalo do almoço (outono); passar a tarde reclamando da vida, da falta de oportunidades, de chances (inverno); e a noite, reunido com a família para o jantar (verão)

Durante esses dias, fases, intervalos (…) em que “estação” ou momento ou estado de espírito passamos mais tempo?

Domingo o advento inicia no clamor pelo perdão de nossas faltas, e finda no quarto domingo nos renovando a esperança. O advento, no coração de quem crê, é o fogo que precisávamos para quebrar a dormência do nosso agir. É a oportunidade de voltar a nascer depois de um erro, de uma tragédia, uma perca. É um tempo propício para refletirmos o que fizemos e como fizemos.

Nossa igreja se iniciou no sacrifício pascal de Jesus e continua ano após ano trazendo mensagens de um novo recomeço, de ressurreição, de vida. Se ainda vivemos (ou estamos vivendo) outonos e invernos, em nossa relação comigo mesmo e com os que nos cercam, é porque estou estendendo o sofrimento da cruz deixando “passar batida” a esperança que nasce no presépio.

Quem crê e vigia não precisa temer os evangelhos dessa semana ou tecer, como tantos cientistas, em cálcular o quando e como o mundo viria a acabar. Às vezes levamos 20, 30, 50 ,70 anos pra entender que o verão já chegou, e que esse fim de mundo acontece toda vez que resolvo dar um 180° na minha vida; todo vez que aquele que era torto na vida resolve endireitar, quando um mundo velho acaba e um novo recomeça… Um mundo novo nasce da mudança de atitude de uma única pessoa, pois o reino cabe dentro de um único coração.

 “(…) Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós”. (Lucas 17, 20-21)

De coração aberto, abra sua vida, sua casa, sua família ao advento.

 “(…) Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo“. (Apocalipse 2, 30)

Um imenso abraço fraterno.

 

 

 

 

MOMENTO DE REFLEXÃO

 

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.

Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

 

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.

Ah! Seria ótimo se os sonhos do poeta se transformassem em realidade.

Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço”- Carlos Drummond de Andrade

 

 

 

 

 

UM ABENÇOADO DIA PRA VOCÊ...

 

 

 

E até que nos encontremos novamente,

 

que Deus lhe guarde serenamente

 

na palma de Suas mãos.

 

 

 

 

 

 

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